Três meses depois...
Eu era uma menina do sul. Isso era óbvio. Mesmo amando o tempo em Nova York, eu estava feliz por estar de volta para casa, onde poderia encontrar chá gelado doce quando quisesse. Alfonso tinha sentido falta de Rosemary também. Eu poderia dizer.
Estávamos desempacotando todas as roupas e brinquedos que tínhamos comprado para o bebê, que ainda não tinha nome, e colocando no berçário. Tinha sido divertido pendurar as roupas no armário e dobrar os cobertores e alinhar todos os seus sapatinhos. Tínhamos exagerado um pouco na compra de roupas. Grant tinha parado para levar Alfonso para um momento de homens no campo de golfe logo após a chegada, então decidi ir fazer uma visita.
Não havia nada para comer aqui e eu estava morrendo de fome. Indo ver se Cheia estava no clube trabalhando e recebendo algo para comer, eu mataria dois coelhos com uma cajadada só. Peguei minhas chaves e fui para o meu carro... ou SUV... ou o que fosse.
Não o tinha dirigido ainda. Alfonso o tinha estacionado na calçada quando chegamos em casa. Tudo que eu sabia era que era um veículo utilitário da Mercedes Benz. Eu estava feliz por ele não ter me dado uma minivan. Aparentemente, este era um dos carros mais seguros na estrada. Ele me deu um longo discurso de vendas sobre ele, então me disse que se eu não gostasse poderia levá-lo de volta e conseguir o que eu queria.
Era um Mercedes, pelo amor de Deus. Eu não torceria meu nariz para isso. É claro que estava feliz com isso. Eu só precisava descobrir como dirigi-lo.
Olhei para a chave que ele me deixou. Havia indicações que ele me deu. Era para apenas colocar essa coisa que definitivamente NÃO é uma chave na minha bolsa e levá-la comigo. Quando tocasse a maçaneta da porta ela iria automaticamente se destrancar desde que a chave estivesse no meu corpo. Então eu colocaria o pe no freio e precionaria o botao "on" no volante para acionar o carro todo resto deve ser fácil o suficiente. Sim, claro. Fiz o que me foi dito e me acomodei no carro, o que não é fácil quando sua barriga está enorme. Depois de afivelar o cinto de segurança, consegui pôr em marcha o carro sem a chave estranha. Eu nem sequer tentei tocar nas coisas do painel. Parecia um avião. Eu não entendi nada daquilo.
Abri minha bolsa e peguei minha arma, coloquei debaixo do meu assento. Eu não a estava carregando comigo porque estava sempre com Alfonso. Mas agora que eu tinha meu próprio carro novo e estaria sozinha, e logo com o meu bebê, eu queria alguma proteção escondida em algum lugar. Depois que o bebê estivesse maior, ia ter que encontrar outro lugar para escondê-la. Eu não queria isso em qualquer lugar que ele pudesse encontrar. Isso era algo que eu precisava falar para Alfonso.
Chegar ao clube foi bastante fácil. O carro desligava com um simples toque no botão e eu tranquei as portas com a coisa que Alfonso chamava de chave e entrei. Assim que fui para a sala de jantar, Chris saiu da cozinha e seus olhos encontraram os meus.
Um sorriso lento se espalhou pelo seu rosto.
— Olhe para você, mamãe quente. Você pode fazer até uma barriga de grávida do tamanho de uma bola de praia parecer sexy. Entre e me espere na cozinha. Eu já volto - disse Chris com um aceno de cabeça.
Ele estava carregando dois copos de água que entregaria rapidamente. Abri a porta da cozinha e entrei. Vários dos cozinheiros me saudaram e acenei para eles tentando me lembrar de tantos nomes quanto eu poderia.
— Por favor, me diga que você está de volta em Rosemary para morar agora. Não vai mais correr ao redor do mundo. Eu senti sua falta - lamentou Cheia, me puxando para um abraço.
— Não pretendo ir a qualquer lugar por enquanto - assegurei a ele.
— Deus, Anahi sua barriga está enorme. Quando é que esse bebê vai sair? - Chris perguntou e começou a esfregar minha barriga. - Você não pode ficar ai para sempre, rapaz. É hora de você vir para fora. Sua mãe não é tão grande, ela não pode esperar muito mais. - A porta da cozinha se abriu e eu levantei meus olhos para ver um novo rosto. Ela tinha o cabelo castanho escuro e estrutura óssea excelente.
Estava assistindo Chris falar com a minha barriga com um sorriso curioso.
— Olá - eu disse, e seus olhos saíram da minha barriga para atender meus olhos.
Ela tinha olhos lindos também. Onde Dereck havia encontrado ela e ele a contratou por causa de sua aparência? Porque conhecendo Dereck ele tinha notado.
— Olá - ela respondeu com um sotaque grosso do sul que me surpreendeu.
A menina não era de Rosemary. Chris se levantou e sorriu para a menina. Ele gostava dela. Isso foi um bom sinal.
— Fico feliz que você esteja de volta, menina. Ontem foi uma merda sem você - disse-lhe, em seguida, olhou para mim. - Della, esta é Anahi. Ela é minha melhor amiga que fugiu e me deixou por outro homem. Mas eu não posso culpá-la, porque ele é um pedaço quente de bunda*. Anahi, este é Della. Ela pode ou não estar transando com o chefe.