Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Ucker – ela deve estar sentindo pena... Talvez um pouco de culpa, mais nada... – Ela não respondeu. – Eu não sei como esse vídeo foi parar na minha mochila! Eu não posso ter confundido os dois DVDs, não posso... – Repeti pra mim mesmo, pela milésima vez, e ela apenas continuou me olhando.

Xxx – Olha, me desculpa, mas acho que está sendo um bobo... Desde que isso aconteceu, eu te vejo pelos cantos, sem falar com ninguém, longe dos seus amigos, das aulas...

Ucker – você anda me espionando por acaso?! – Ela respirou fundo, e depois encolheu os ombros.

Xxx – Bom... Desde que cheguei aqui tenho reparado em você, mas você nunca virou a cabeça pra olhar pra mim... – Estremeci. Por essa eu não esperava. – Quer dizer, você nunca virou a cabeça pra parar de olhar pra Dulce... É claro que até vocês ficarem juntos ninguém tinha notado, mas eu sempre te observava então eu já tinha percebido... – Continuou ela, visivelmente encabulada. – Olha ta sendo difícil pra mim te dizer isso... Mas você precisa lutar por ela Christopher... – Hã?

Ucker – Dulce ama Pablo...

Xxx – Tem tanta certeza assim?

Ucker – do que está falando? – Ela respirou fundo, e quando a vi limpar o rosto percebi que ela estava chorando, e isso mexeu comigo. Não gostava de sentir culpa.

Xxx – É que... – Ela falou como se estivesse tomando coragem pra continuar. – Ontem, depois que você saiu, eu ouvi Pablo e Dulce discutindo... Na verdade, ela não dizia quase nada, por que ele parecia enlouquecido... Depois o zelador entrou e ele praticamente arrastou ela pra casa dele... – Ela pareceu corar mais. – Eu fiquei muito curiosa, e acabei seguindo eles dois...

Ucker – e o que você viu? – Ela demorou um pouco antes de continuar.

Xxx – Durante o caminho, ele ficou xingando ela... Disse coisas horríveis, disse que se ela chegasse perto de você outra vez, ele contaria pra toda a escola que... Ai meu Deus, eu não posso dizer isso...

Ucker – Fala, por favor... – Disse, sem me agüentar de ansiedade, segurando em suas mãos. Ela pareceu estremecer, e não olhou pra mim antes de continuar.

Xxx - Ele estava tão nervoso que ignorou completamente qualquer pessoa que estivesse passando na rua. Puxou ela pelo braço, e quando ela relutou ele segurou nos cabelos dela.

Pablo – Sua vadia imunda, você pensa que eu não notei? Você pensa que eu não vi o jeito que você olhou pra ele? – Ela gemeu de dor, sem conter mais as lágrimas.

Dulce – Pablo você está louco, está fora de si!

Pablo – Fora de si estava você quando se deitou com aquele maldito! – Ele a empurrou pra dentro da casa, e então trancou a porta. Foi aí que tudo piorou.

Pablo – O mínimo que você me deve é fidelidade! Ou você esqueceu é graças a mim que seu pai não está na cadeia? – Não tive que me aproximar muito pra ouvir melhor, mas cheguei mais perto da casa quando ouvi o estalo de alguma coisa contra o corpo dela, seguido de um grito. – Se não fosse por mim aquele desgraçado iria apodrecer por lá!

Dulce – Pablo eu não tenho culpa disso, eu não tenho nada haver com essa dívida! – Gritou ela, meio que implorando, mas ele não parou e logo ela gritou de novo.

Pablo – Por que se esqueceu eu vou fazer você lembrar de novo! Se você chegar perto do Uckermann outra vez, eu vou contar pra escola inteira quem é o teu pai e quem é você! – E mais estalos, e mais gritos. Tive que me controlar pra não entrar lá correndo, por que apesar de não sermos amigas é horrível presenciar algo assim e não poder fazer nada.

Dulce – Para, Pablo, pelo amor de deus... Se não for por mim, para por essa criança! – Disse entre soluços, foi tudo chocante demais, confesso que fiquei sem reação.

Pablo – Eu espero que não se esqueça disso!

Continua...