Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Ucker – é verdade... – A olhei, confesso que surpreso. Só um mês? Parecia que a conhecia desde que nasci.

Dulce – você acha que vale a pena se sacrificar por alguém que só conhece a um mês? – Sorri de lado, concluindo que a doida era ela, por que ela só me conhecia a um mês, e resolvi que já era hora de revelar alguns detalhes, que talvez ela não soubesse.

Ucker – faz muito tempo que eu te amo, Dul... Não é de agora... – Ela riu.

Dulce – que exagerado, a gente nem se falava antes...

Ucker – É, parece meio louco... Mas eu te amei desde que você entrou naquela sala de aula... Com aqueles cabelos vermelhos, aquela roupa colorida sem pé nem cabeça... – Rimos juntos.

Dulce – que mentiroso, você me encarou como se eu fosse um ET...

Ucker – encarei nada...

Dulce – é claro que encarou, você me deu medo sabe? – Virei um pouco a cabeça de lado pra poder encarar seu rosto.

Ucker – Dul, você nem sabia da minha existência há um mês atrás, como pode lembrar se eu te encarei ou não? – Ela deu uma gargalhada gostosa.

Dulce – é claro que eu sabia Uncker! No começo eu achava que você era esnobe, você sentava no fundão, com seus dois amigos desmiolados, não falava com quase ninguém, só eles que faziam piadas super bobas e você metido a sério... E ainda me encarava como se eu fosse um ET... – Não pude controlar o riso.

Ucker – esnobe? Por que eu esnobaria alguém?

Dulce – por que você é o mais bonito da sala, por que ninguém nunca conseguiu ficar com você, por que você era super inteligente... – Tive que rir mais ainda.

Ucker – você está brincando não é?

Dulce – é claro que não! Você tinha que ver, May e Angie zombando de mim quando souberam que estudaríamos juntos... – Isso me fez lembrar minha própria desgraça quando Jack e Chris souberam, e a surpresa de dominou por completo. Quem diria?

Ucker – eu não te encarava como se você fosse um ET... Desde sempre eu sou maluco por você... Chris e Jack viviam de tirar sarro comigo, era por isso que eu ficava sério... Não podia ajudá-los a rir de mim, não acha? – Rimos juntos, e então ela me de um beijo demorado. Não sabia como conseguiria viver sem ela, depois de tanta coisa que vivemos, antes e depois de nos conhecermos.

Pegamos um táxi e fomos pra cidade vizinha, onde era perto o bastante pra ir e voltar no mesmo dia. Passeamos pela cidade, almoçamos, depois voltamos pra pousada pra descansar, de noite jantamos à beira mar e caminhamos descalços na areia da praia, cada segundo se passava tão rápido e conforme o tempo passava, mais apreensivo eu ficava. Queria que nossa despedida fosse perfeita, era o mínimo que eu podia fazer por enquanto... Deixá-la feliz... Quando voltamos pra pousada pra pegar nossas coisas e voltar, decidimos prolongar só um pouquinho mais o nosso momento, e ficamos por lá...

Nos amamos naquela noite, a amei muito mais do que da primeira vez. Todo o sentimento que eu já tinha por ela, só parecia crescer... Assim como a admiração, e o desejo... Muita gente nos julgaria mal por isso, mas quem ligava? Eu não me esqueceria daquele dia, e desejava com todas as minhas forças, que ela também não.

Fui deixá-la em casa, tomei banho e voltei pra lá, iria deixá-la no aeroporto, mesmo contra a vontade geral da nação. Sua mãe estava lá também, mas seu pai não. Durante a despedida, foi a primeira vez que vi sua mãe demonstrar algum sentimento. Ela a abraçou em lágrimas, enquanto as minhas também já me assaltavam. O abraço foi demorado, e eu estava com o coração tão ou mais partido que o da mãe dela.

Continua...