Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Depois de tomar um banho demorado e comer, fiquei seguindo a pobre da Deise pelo minúsculo apartamento, puxando conversa sobre assuntos variados. No começo ela pareceu estranhar, mas depois se mostrou muito simpática. Eu me sentia muito sozinha e a Deise foi uma bênção, já que ela falava bastante e me poupava o trabalho de puxar assunto.

Inquieta como eu estava, acabei metendo o nariz no trabalho dela, e comecei a ajudar, ou a tentar já que ela era toda nervos.

Deise – não, pelo amor de Deus, se o "seu" Alfonso sabe, é capaz de me despedir! – Ela tinha um sotaque nordestino bem engraçado, e que eu passei a adorar. Deise seria minha amiga, prometi a mim mesma.

Dulce – não se preocupe, ele não vai saber! - Arranquei o pano de sua mão e comecei a espanar os móveis.

Depois de toda a faxina, fomos pra cozinha. Nessa área eu realmente tinha que me manter longe, se não quisesse matar ninguém envenenado. Fiquei sentada enquanto via ela preparar tudo rapidamente.

Quando o telefone tocou, saí disparada pra sala. Eu conhecia aquele toque.

Dulce – amor?! Como você ta meu bebê?! – Me joguei no sofá.

Ucker – com saudades né? Aqui ta uma chatice, não sei como vou agüentar ficar tanto tempo aqui! – Mordi o lábio, com o sorriso se alargando no rosto.

Dulce – por que não me contou que estava vindo pra cá? – me esforcei pra me fazer de irritada, mas não deu muito certo.

Ucker – o que? Como...? Alfonso idiota, ele não devia ter te dito, isso era uma surpresa?

Dulce – é, eu sei, ele não falou mais do assunto, acho que saiu sem querer... Mas mesmo assim, eu ia acabar morrendo de angústia até domingo! – Ele riu.

Ucker – é claro que não, se você morrer eu vou te matar... Eu, Anny, May...

Dulce – que bobo Uckermann! – Sim, era bobo, mas cada palavra que saía daquela boca era maravilhosa, então não pude deixar de rir. – Sabe em que eu tava pensando agora?

Ucker – não, em que?

Dulce – na sua boca... – Ele riu.

Ucker – eu penso em ti o tempo todo, em você todinha... – Mandei língua pro vento, como se ele pudesse ver.

Dulce – é claro que eu só tenho pensado em você, até adoeci sabia? – fiz um bico, mais uma vez, como se ele estivesse lá, e ele resmungou como se tivesse visto.

Ucker – poxa amor, você não pode fazer essas coisas. O que vai ser da gente sem você hein? Trate de ficar boa logo, por que senão eu vou aí pra colocar uma intravenosa em você pessoalmente! – Fiz uma careta.

Dulce – não que horror! Sem agulhas, please!

Ucker – vai ficar boa? – Disse com voz serena, que me fez arrepiar.

Dulce – um-um, só quando estiver aqui comigo...

Ucker – nesse caso vou ter que assaltar algum banco e contratar um jato particular, você não acha isso algo muito extremo?

Dulce – um... – Murmurei pensativa. – Talvez... Mas extrema é essa saudade bebê! – Ele começou a rir mais uma vez.

Quando eu vi a Deise me olhar da cozinha corei até as orelhas. Me senti muito ridícula, falando, rindo, e fazendo caras & bocas ao telefone com meu namorado. Desde quando eu era tão boba, tão melosa, tão babona?