Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

May – hello pessoas... – Disse sentando justo entre Chris e Jack. Angelique fulminou Maite com o olhar, e sentou entre Jack e Ucker.

Angie – como estão meninos?

Jack – falaê...

Chris – estamos ótimos... – Sentei finalmente, entre Chris e Ucker. Ele me seguiu com o olhar, e por um longo instante não soube o que dizer, estava tão boba...

Ucker – e aí?

Dulce – oi... – Desviei o olhar pras meninas, preocupada com seus respectivos bocões.

May – então, Uncker, nós estávamos conversando outro dia sobre o aniversário... – Me contive pra não chutá-la por debaixo da mesa.

Angie – é, e a gente tava pensando em irmos os seis juntos... – Que vergonha...

May – é, como três casais... Eu e Jack, Angie e Chris, você e Dul... – Cobri o rosto com uma mão, balançando a cabeça. Não entendia bem por que de repente tinha ficado encabulada, mas o fato é que estava.

Angie – mas é claro que como amigos né, May? Não interpretem mal... – Como se alguém fosse acreditar nas boas intenções delas.

Jack – claro, pela gente tudo bem... – E nem na deles!

Chris – tudo ótimo... – Eles dois olharam pra Ucker, e segui o olhar deles. Ele parecia perdido, e logo ficou vermelho.

Ucker – você quer ir comigo? – Balancei a cabeça, covarde demais pra dizer "sim". De vez em quando ele me olhava, e não sabia interpretar muito bem o que lia ali. Na saída, não via a hora de ir com ele, e então o estraga-prazer do meu irmão foi me buscar na escola./

Fiquei encarando o anel no meu dedo por alguns instantes, e quando olhei pra cima vi que ainda me olhava. Parecia nervoso, e eu não sabia se o vermelho das bochechas se devia ao calor ou à vergonha. Christopher era tímido e esse tipo de coisas sempre seria difícil pra ele. Ele segurou minha mão, hesitante, e olhei mais uma vez pra baixo, pras nossas mãos. A dele enorme em contraste com a minha. A dele branquinha como a de um bebê e a minha levemente bronzeada.

Ucker – Dul, pode parecer louco, precipitado, e... Todas essas coisas... Mas... – Ele baixou o olhar, estava gelado, e agora eu também.

Dulce – mas...?

Ucker – quer casar comigo? – Eu sabia que era isso, mas ouvir as palavras foi bem diferente, fez um frio percorrer todo meu corpo. Olhei pra ele sem reação, sem palavras. – Eu sei que todo mundo vai dizer coisas, e vão nos desencorajar, por que somos muito novos, e vão ter razão em muitas coisas, mas Dulce eu te amo desde o dia em que eu te vi, e cada dia longe de ti me pareceu uma eternidade... Muitas vezes tive medo de te perder, tive medo que cansasse de esperar por mim, tive medo que pudesse pensar que eu havia desistido e... Agora que eu estou aqui eu tive certeza de algo que eu já desconfiava a algum tempo... Nem a eternidade seria suficiente pra matar a saudade que eu sinto... Quanto mais eu te tenho, mas eu te quero... E eu não sei como se sente com relação a isso agora, e eu vou entender se... – Interrompi todo aquele discurso com um beijo. Puxei o rosto dele, de maneira um pouco brusca, e o beijei. Ele já estava gelado de nervosismo e sua mão tremia sobre a minha, eu estava numa situação parecida, então o melhor a se fazer era calá-lo. Sentir seus lábios contra os meus dessa vez, foi como todas às vezes, mas com uma emoção diferente... Me fez lembrar o nosso primeiro beijo de verdade, depois de termos colocado os pingos nos is.

Dulce – é claro que sim... É claro que eu quero... – Ele abriu um sorriso largo, e deixou escapar um "ufa". Abraçou-me com força, ainda tremulo.

Flashback:

Como se ir me deixar e buscar na escola já não fosse o suficiente, meu irmão fazia questão de me atormentar no caminho.

Poncho – aquele cara chegou perto de você? – Estava se referindo ao Pablo.

Dulce – Não.

Poncho – por que se ele tiver chegado perto de você eu vou lá pessoalmente saber qual é a desse cara! – Bravata vazia. Estávamos enrolados com a família dele, não podíamos fazer nada.

Dulce – eu já disse que não, não ouviu? – Resmungou alguma coisa e ficou calado por alguns instantes, mas não o suficiente pra que eu pudesse comemorar.

Poncho – Você e o primo da Anny estão sempre grudados ou é impressão minha?

Dulce – não estamos sempre grudados... – Ele me olhou cético.

Poncho – Você passa o dia inteiro na aula com ele, quando vou te pegar estão conversando na portaria, e você ainda fica na casa dele a tarde inteira, até de noite...

Dulce – Está sendo injusto! Você sabe muito bem que estudamos na mesma sala, é obvio que ficamos o dia inteiro perto um do outro! E de tarde ficamos fazendo trabalho da escola... Somos obrigados a passar um bom tempo junto, isso nos fez amigos... Qual o problema de conversar com ele na portaria? – Ele começou a rir.

Poncho – ah, cara, fala sério...

Dulce – do que ta rindo?

Poncho – de você, de quem mais?

Dulce – não to vendo nada de engraçado...

Poncho – você quer mesmo que eu acredite que ficam a tarde inteira só fazendo trabalho?

Dulce – você sabe que é só isso, você leu meu diário! – Disse em tom acusador.

Poncho – ah é, como foi que você descreveu ele...? – Disse fingindo ter esquecido. Bati nele com o caderno.

Dulce – para ta? Não temos nada!

Poncho – A cada dia penso que ele seja mais lindo! Ele fica uma graça com as bochechas vermelhas de vergonha! – Comecei a bater com mais força. Só de lembrar o que ele tinha lido, tinha vontade de cavar um buraco e me enterrar nele.

Dulce – chega! Eu sei o que eu acho dele, não preciso que me diga! – Como esperado ele não parou de zombar de mim, citando toda e qualquer passagem que lhe veio à cabeça.

Poncho – Cara, como você pode gostar dum cara só por causa da bunda?!

Dulce – Não é só por causa disso ok?! – Ops!

Poncho – ah, então admite que gosta hein? – respirei fundo, e apressei o passo.

Dulce – Tchau Alfonso Herrera, eu estou me demitindo! Não sou mais sua irmã... – Ele continuou rindo atrás de mim, e tive que fingir não ouvir.