Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Dulce María

Dulce estava no sofá, procurando uma posição confortável. Estava orgulhosamente enorme em seu sétimo mês de gravidez, mas ao contrário dos outros dias, em que reclamava muito, estava muito calada. Anahí, que estava praticamente morando com eles, passou por ela rebolando-se como sempre, e sentou no sofá ao lado.

- Aqui, trouxemos iogurte, quer? – Disse, se referindo as compras que acabara de fazer com Alfonso. Dulce fez careta ao ver que era light.

- Se você for buscar... – Replicou meio azeda, apesar das terem declarado trégua. Não estava com humor para ser simpática.

- Ô Poncho, traz mais iogurte quando vier... – Gritou ela, abrindo seu próprio iogurte. Logo Poncho apareceu na sala e entregou uma embalagem de cor roxa à Dulce, e foi se deitar no sofá, colocando a cabeça no colo da namorada.

- Você está muito quieta hoje, Dul... – Comentou Anahí. Alfonso ergueu a sobrancelha.

- É verdade... – Ela respirou fundo e acariciou o ventre.

- Ela está muito quieta... – Disse dando ênfase a "ela".

- Não se preocupe, é normal que mexam menos nessa época, não? Deve estar apertado aí dentro... – Dulce assentiu, não muito segura, mas ninguém insistiu no assunto.

De noite todos já tinham ido deitar, Alfonso e Anahí já estavam quase adormecidos quando ouviram um grito afogado.

- É Dulce! – Disse Alfonso, jogando as cobertas de lado. Saiu correndo na frente e Anahí o seguiu. Encontraram Dulce apoiada na pia do banheiro, muito curvada, com o rosto escondido pela massa de cabelos. No chão, sem dúvidas o motivo do grito: Sangue. Poncho foi até ela e apoiou as mãos em seus ombros sem saber se deveria dizer alguma coisa. Ela se curvou um pouco mais, como se seu toque lhe tivesse dado um choque.

- Dulce...

- Dói... – murmurou ela, levantando o rosto banhado de lágrimas. – Dói muito...

- Anny vai chamar um táxi, vou levar você pra cama, não vai acontecer nada está bem? – Ela negou com a cabeça, sem acreditar nele, enquanto ele a guiava até a sala, onde estariam mais perto da porta.

- Não, não está na hora! E... E, tem sangue! – Gaguejou ela entre os soluços. Eram apenas algumas gotas de sangue, mas todos concordavam que algo estava muito errado.

- Não vou chamar um táxi, vou chamar uma ambulância! – Decidiu Anahí ao tirar o telefone do gancho, tão assustada quanto Alfonso, que abraçava a irmã.

- Calma Dul, tenta ficar calma, não vai acontecer nada... – Fez com que ela sentasse no sofá. Devido ao seu volume era impossível ficar mais desconfortável. Alfonso apoiou uma almofada detrás de sua cabeça, inclinando-a mais pra trás.

- Assim está melhor? – Ela não disse nada, apenas se encolheu como podia, sem soltar o ventre. Anahí voltou, estalando os dedos magros em ansiedade.

- Estão vindo...