Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy
Alguns dias depois...
Peguei minha filha no colo pela primeira vez. Ela é linda e saudável apesar de tudo, graças a Deus. Não consigo explicar como me sinto, parece que só agora caiu a ficha de que sou mãe. É muita responsabilidade, e eu sei que vai ser difícil, mas não vou deixar a minha idade ser uma desculpa pra desempenhar mal o meu papel, como muitas fazem. Hoje, olhando pra carinha da Cecília, eu me perguntei como tem mães que não são capazes de dar amor a eles. Minha filha roubou meu coração de uma maneira avassaladora, e vou dar a ela tudo o que me faltou dos meus pais. Não é justo que alguns descontem nos filhos suas frustrações, e eu sei bem o que isso. Não me importa o que aconteça, eu vou dar minha vida por ela...
- Amor?
Olhei em direção a porta sobressaltada, e encontrei Christopher de pé bem no meio dela, com algumas flores na mão. Ele olhou pra elas encolhendo os ombros.
- Trouxe pra você... – Fechei o caderno que eu estava usando como diário e coloquei ao meu lado, cobrindo com a colcha.
- Obrigada... – Ele colocou no vaso ao lado da cama, substituindo as antigas pelas novas.
- Como se sente? – Perguntou, voltando-se pra mim e sentando na beira da cama.
- Cansada de tanto ficar deitada... – Ele sorriu, pousando a mão de leve no meu braço, como se eu fosse quebrar.
- Você precisa, você está se recuperando da operação...
- Eu sei, mas não quero estar aqui, quero estar com minha filha!
- Ela vai ter alta ainda essa semana, precisamos ter um pouco de calma... É pro bem dela, ela precisa...
- Não gosto de estar longe dela... – Insisti, ele continuou sorrindo e beijou minha testa.
- Já vi que você vai ser daquelas mães bem grudentas...
- Você está dizendo isso por que pode ir vê-la quando quer! – Reclamei, fazendo bico.
- Ok, talvez seja um pouquinho, mas eu estou tentando deixar você melhor... – E me dei outro selinho. Virei o rosto fazendo birra, em seguida lembrei que em breve ele iria embora, e eu iria ter minha filha, mas ele não. Por que eu não podia ter os dois ao mesmo tempo?
- O que foi? Que carinha é essa?
- Nada, não é nada não... – Ele abriu a boca pra falar, mas nesse momento entrou uma enfermeira. Hora de tirar leite...
Ele ficou olhando com atenção enquanto eu tirava o leite pra nossa filha. Eu já estava me acostumando com aquilo, mas não via a hora de poder amamentá-la pessoalmente. A senhora não parava de repetir o quanto eu tinha sorte por que muitas mães tinham problema pra amamentar no começo, outras nem tinham leite e precisavam fazer tratamentos, faltou muito pouco pra ela me comparar com uma vaca, mas não me importei. Vários minutos depois e eu tinha mais da metade de uma mamadeira pequena cheia. A enfermeira se afastou e eu suspirei, começando a me sentir uma vaca mesmo. Queria minha filha e estava ficando cada vez mais inquieta.
- Isso foi interessante... – Comentou ele, e ergui uma sobrancelha enquanto voltava a me cobrir.
- Ah, sim?
- Sim... Nunca vi uma mulher fazendo isso... – Deu de ombros, e eu ri.
- Você não deve ter conhecido muitos recém nascidos então... – Ele desceu o olhar pelo meu corpo rapidamente, depois voltou a olhar pro meu rosto.
- É verdade... Mas de qualquer forma você seria a mais bonita delas...
- Ah, claro... Eu devo estar linda assim... – Difícil manter a pose naquelas condições de hospital, operada, desinchando aos poucos, meio pálida... Ele sorriu como se estivesse lendo meus pensamentos.
- Você é sempre linda meu amor... – E passou uma mecha do meu cabelo, agora totalmente castanho, pra detrás da minha orelha. – Agora, mudando um pouco de assunto... – Sua expressão ficou levemente séria, mas tinha a sombra de um sorriso em seu olhar. – Minha mãe me ligou hoje pra dizer que... Pablo foi preso.
Fiquei calada pelo que pareceu uma eternidade, olhando pra ele e tentando digerir a notícia e ler seus pensamentos ao mesmo tempo.
- está falando sério? – Ele meneou a cabeça. – Isso é realmente bom...
- Sério... também estou surpreso, eu não esperava por isso, na verdade nem sei o que pensar direito... – Soltei o ar, começando a ficar apreensiva.
- Ótimo por que também não consigo pensar em nada...
- Dulce... – Disse, segurando minhas mãos com o olhar cheio de expectativa. – Agora você pode voltar! Podemos ir embora daqui e criar nossa filha onde fomos criados e ficar juntos! – Soltei suas mãos devagar e segurei a barra do lençol.
- Eu não posso voltar, Ucker... – Desviei o olhar de seu rosto; não gostava de ver a decepção nele.
- Por que não? Vocês vão estar seguras, eu prometo! E tem suas amigas lá, elas vão adorar ficar com você e o bebê... – Respirei fundo, e falei algum tempo depois.
- Não vai ser a mesma coisa, Ucker... Elas vão sair no fim de semana com os namorados e eu vou estar em casa trocando fraudas, elas não vão abraçar a minha realidade por mim! – Falei de modo mais ríspido do que desejava, e ao ver que ele se retraía senti uma pontada no peito. Não podia chorar, não podia chorar...
- Eu... Eu pensei que queria voltar... – Ficamos num silêncio incomodo, e ele ficou encarando o nada por bastante tempo antes de levantar e voltar a falar. – Eles seriam tios maravilhosos... Todos quatro, sabe? Foi até emocionante o jeito que eles correram pro aeroporto pra me emprestar o dinheiro pra que eu pudesse estar aqui com você... É claro que não tomariam nossa responsabilidade pra eles, mas fomos nós que escolhemos isso não foi? – Havia ressentimento em sua voz, e me arrependi enormemente do que eu tinha dito. – Se você ficar aqui elas vão sair pra balada do mesmo jeito, meus amigos vão jogar futebol no fim da tarde... Do mesmo jeito! A diferença é que você vai cuidar da minha filha sem mim, eu vou estar a quilômetros daqui!
- Eu sei disso... – Desviei o rosto de seu olhar, sem conseguir me controlar. Seu rosto, que estava tenso de irritação se aliviou como num passe de mágicas, e ele se sentou na cama novamente, procurando minha mão freneticamente.
- O que é então, Dul? São as dividas do seu pai? Nós podemos ajudar ele a quitar tudo...
- Como? – Perguntei com a voz embargada.
- Eu vou trabalhar, se estivermos lá minha mãe pode nos ajudar, e também tem o dinheiro que meu pai deixou pra mim... Não é muito, mas já é alguma coisa, e logo logo vou poder tirar da conta... – Solucei como uma criança e cobri o rosto com as mãos. Não era possível que ele pensasse em ajudar meu pai, mesmo depois de tudo. Mas a bondade dele, ainda era fascinante.
- Ao inferno com meu pai, está bem? – Funguei, certa de que estava com o rosto vermelho. Ele me olhava com um misto de confusão e preocupação.
- Está bem.
- Meu pai não me quer em casa, esse é o problema... Ele não quer uma filha solteira com uma criança recém-nascida pra sustentar... Me desculpa... – Ele me abraçou, me apertando com força.
- Ei, não fica assim, não chora... Nós mandamos seu pai à merda se você quiser, mas não fica assim, faz mal pra vocês duas... – Ri entre as lágrimas, pelo jeito que ele falou, e me sentei só pra poder apoiar a cabeça em seu peito. – Eu vou comprar a nossa casa, nem que eu passe cem anos pagando, e eu vou voltar pra pegar vocês duas... E a gente vai criar ela juntos, com nossos amigos e quem mais você quiser por perto... Está bem? – Balancei a cabeça sem conseguir falar e o apertei com mais força.
Nada podia deixar Dulce mais feliz do que voltar pra casa, poder amamentar Cecília e comer comidas de verdade, e não aquelas coisas insossas que serviam no hospital. Christopher fora buscá-las, e os três chegaram logo depois de Anahí e Alfonso, que carregavam várias sacolas do supermercado. Dulce fez questão de carregar sua filha o tempo inteiro, e Christopher ia logo atrás, com a bolsa dela e a do bebê.
- Vou deixar essas coisas no quarto e preparar alguma coisa pra você comer... – Disse Christopher passando à frente, enquanto ela murmurava coisas para o bebê.
- Olha filhinha essa é a casa do tio Poncho e da tia Anny, olha como eles são bagunceiros...
- Eu escutei isso hein? – Disse Poncho ao passar por ela direto para a cozinha. Christopher voltou feito um furacão.
- Você não deve ficar tanto tempo em pé, você está operada...
- Faz quase um mês... – Disse ela, apesar de sentir uma leve pontada onde tinha sido feita a cirurgia. Ignorando, Christopher a deixou na porta do quarto e foi para a cozinha.
Autor(a): roo_niazikilam
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 231
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stellabarcelos Postado em 13/09/2015 - 21:57:32
Que fanfic linda! Um amor puro e verdadeiro sem rancor e ódio só amor! Parabéns
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gabivondy Postado em 14/07/2014 - 10:07:18
humm acabo :(( ja to sentindo saudades :( mas o final foi muito perfeito parabens <3 ai ainda nao caiu a ficha que ja acabo :(
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vondyfforever Postado em 14/07/2014 - 01:54:04
Parabens pela web vou ficar com saudades queria ver o crescimento da cecilia mas fooi muito lindo o final parabens mesmo aos 2 q escreverao bjooos e ja to com saudade ;((
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gabivondy Postado em 30/06/2014 - 15:31:36
hey cade vc volta por favor vai nao aguento mais ficar sem os posts :(
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firegirl_b Postado em 22/06/2014 - 23:05:29
oi amore, eu sumi né? mas estou de volta e anciosa pra você continuar *---* to com saudades da sua web! hahhaha não acredito que eles vão mesmo se separar D:
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camillatutty Postado em 18/06/2014 - 14:19:12
Aaaaaaah, para tudo! Esse bb não pode ser do pablo. Estou adorando a web. Triste porque eles tem que se separar, mas vai ser melhor assim.
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gaelli Postado em 17/06/2014 - 00:47:41
aHHH CONTINUA , ANSIOSA PELOS PRÓXIMOS CAPS. UCKER VAI MESMO EMBORA? ESSE FILHO É MESMO DO PABLO? E E PABLO VAI PERTUBAR A DUL? CARA É MUITAS QUESTÕES QUERO RESPOSTAS
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vondyfforever Postado em 16/06/2014 - 15:11:38
Posta maaais *-*-*
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vondy_eterno Postado em 16/06/2014 - 13:31:18
Estou mega ansiosa para mais capis da 2 parte. Amando muito sua fic e aiiii...muito curiosa.Posta mais!!!
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gabivondy Postado em 16/06/2014 - 12:05:59
ahh amei posta mais tomara que ela agora tenha paz por que nossa tudo que ela passo :( quero ela logo com o uncker pára eles serem muito felizes <3 (esse pablo nao vai voltar nao né? ja basta tudo que esse infeliz fez o casal passar