Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Dulce – desculpa a demora, Poncho ficou me segurando em casa... rs... – Ela riu e subimos.

Ucker – sem problemas... – Meu coração estava batendo tanto quanto quando ela veio pra cá à primeira vez. Era normal ser tão nervoso? Não precisam responder, eu sei que a resposta é não! Talvez se algum ser humano normal ficasse pelo menos cinco minutos na minha cabeça, me indicaria na hora um psiquiatra ou algum internamento urgente, mas eu só faria isso se eu quisesse realmente me livrar da minha fascinação pela Dulce, e não era o caso. Assim que entrou no meu quarto, ela soltou a bolsa no canto da porta e sentou na minha cama, deixando o corpo cair pra trás.

Ucker – aconteceu alguma coisa? – Ela me olhou, e balançou a cabeça, fazendo uma careta.

Dulce – não, é só que eu tô muito cansada, com muito sono, e com muita preguiça... – Ela se espreguiçou. Ri, balançando a cabeça, e sentei ao contrário na cadeira. Ela sabia agir naturalmente, era espontânea e me divertia com suas caras e bocas, e até com suas reclamações. – O Poncho é uma peste...

Ucker – o que ele fez dessa vez?

Dulce – ele ronca, rs.. – Ela riu, colocando a mão na testa. Ri também, e apoiei os braços no encosto da cadeira.

Ucker – é, isso com certeza é um problema...

Dulce – sim, um grande problema! Eu tenho o sono leve... – Ela bocejou, cobrindo a boca com a mão, antes de terminar de falar. Eu ri ainda mais, e girei a cadeira pegando os papéis. Ela fez careta pra mim. – ah não...

Ucker – se saiu muito bem ontem, e falta muito pouco pra gente acabar... – Ela me olhou de maneira dengosa. Era linda! De qualquer maneira era linda, de qualquer maneira me encantava. Não conseguir disfarçar o sorriso abobado não foi exatamente de propósito, na verdade demorei a perceber como eu estava. O olhar dengoso logo deu lugar a um sorriso simples e terno. Um olhar compreensível e calmo, sem birras nem objeções. Ela esticou a mão pedindo os papeis, e demorei um pouco pra voltar à realidade.

Ucker – aqui, esses daqui... – Me atrapalhei um pouco ao entregar os papeis, por não querer desviar o olhar de seu rosto. Meu coração palpitava de alegria agora, vê-la daquele jeito depois de tudo o fazia feliz. Ela riu pelo meu jeito atrapalhado, e virou os papéis. Eu já sabia tudo de cor, e fiquei olhando enquanto ela lia. Ela sempre roia a unha quando estava nervosa, pensativa, ansiosa, concentrada, ou entediada. Minha duvida estava entre concentrada e entediada.

Dulce – o Romeu era ridículo, como a Julieta pode se apaixonar por ele? – Eu ri.

Ucker – aonde estão seu romantismo e sua sensibilidade feminina? – Ela riu, virando de lado.

Dulce – Estão reservados pra contos que valham a pena! Que tenham sentido, emoção, muito romance e muita sensualidade! – Acho que Sheackspeare tinha essa intenção quando escreveu a peça de teatro, que logo depois virou esse livro chato. – Nessa história o Romeu se apaixona pela Julieta apenas de vista, ele nem conhece a garota!

Ucker – não acredita em amor a primeira vista?

Dulce – acredito em atração a primeira vista... Mas um amor tão grande a ponto de dar a própria vida? Isso não!

Ucker – mas é isso que torna a história bonita... – não pra mim – O amor deles ser tão grande a ponto de darem a vida por ele... – Me deu uma pontada no peito, como se pudesse me colocar no lugar deles.

Continua...

Postei meninas :)