Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Ucker – mas é isso que torna a história bonita... – não pra mim – O amor deles ser tão grande a ponto de darem a vida por ele... – Me deu uma pontada no peito, como se pudesse me colocar no lugar deles.

Dulce – Mas um amor de quantos dias? O quanto cada um sabia do outro? O quanto cada um sabia da vida? Caramba, a Julieta tem 14 anos! – Ela disse como se estivesse num debate, num tom de indignação.

Ucker – é por causa da época, isso aí não foi escrito no século XXI cabecinha...

Dulce – de boa, isso não justifica a falta de... – ela pausou como se procurasse pela palavra. – criatividade desse cara! – Ainda estamos falando de Sheackspeare? – O tema principal da história não é ruim, mas foi muito mal colocado no papel, ficou sem sentido, exagerado, enrolado, e totalmente fora da realidade! – Assim como o amor.

Ucker - Vai ver o cara tava apaixonado u.u’ – Ela bufou, e colocou o dedo na boca outra vez. Olhei pra ela balançando a cabeça. – Não implique com Sheackspeare ok? Muitas pessoas te fuzilariam se ouvissem o que está dizendo... – Ela riu. – E depois, ele vai nos salvar duma recuperação... – Sorri de maneira gentil. Ela ficou me olhando. Seus olhos eram atentos, expressivos, investigadores. Ela sempre parecia me analisar, e isso me deixava sem graça. Ela tinha um sorriso sapeca no rosto(sorriso pelo qual eu era apaixonado), como uma criança quando estava prestes a aprontar uma das suas.

Dulce – nunca se queixa de nada? – Claro que sim, mas...hã?

Ucker – não entendi por que a pergunta... – Ela apoiou a cabeça na mão.

Dulce – desde que estamos fazendo o trabalho, você não reclama de nada! Até quando te fiz dançar você aceitou numa boa, mesmo morrendo de vergonha você se esforçou pra aprender a coreografia... - Ela ficou pensativa. – E você fez a maior parte do trabalho, e em vez de reclamar sempre me incentiva e diz coisas legais pra me motivar... – Ela ainda estava me encarando, e tive vontade de me esconder.

Ucker – bom... É que eu sei que pra você isso é chato, não me custa nada te ajudar...

Dulce – mas pra você fazer trabalho também é chato... – Olhei pras mãos. Eu tinha mesmo que dizer o que estava pensando?

Ucker – é que... Bom... – Apertei os olhos, precisava pensar mas não conseguia. – É que pra mim fazer esse trabalho com você foi a melhor coisa que já me aconteceu... – A olhei rapidamente, apenas pra ver como estava seu rosto. Seu sorriso se transformou num ar surpreso, ou sem jeito, não sei. Encarei os papeis na minha mão. – Eu sempre estou escrevendo, ou desenhando só pra passar o tempo, fazer a maior parte teórica do trabalho não me custou nada...

Dulce – e... e a parte prática? Encenar, dançar?

Ucker – é tudo fichinha perto da vontade de te ver todos os dias... Não posso reclamar de nada, se tudo isso me faz bem... – respondi automaticamente. Eu estava meio trêmulo, e suava frio. Não conseguia levantar o olhar.

Dulce – jura que não se irrita com o meu jeito? – Sorri de lado. Pra mim parecia uma ironia que ela me perguntasse isso.

Ucker – claro que não... Eu... – suspirei fundo. – eu adoro você... - Ela sentou na cama. Eu já tinha dito ‘eu adoro você’, mas agora ela entendia o verdadeiro sentido da palavra ‘adorar’ e isso mudava um pouco as coisas.

Dulce – Uncker você ta bem? – Ela tocou a minha mão, e meu coração disparou novamente. Olhar pra ela foi um impulso, e logo me perdi em seu olhar atencioso e nervoso.

Ucker – tô eu tô bem...

Continua...