Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Chris – o que foi cara? Aconteceu alguma coisa?

Ucker – não, nada, é só que eu tô ocupado e preciso subir... – Eu que não ia parar pra fofocar no telefone que nem mulherzinha em vez de desligar logo!

Chris – o que foi? Pode confiar... – É incrível como quando a gente tem pressa, a vida parece enrolar a gente... – Não vai dizer que o conselho não deu certo!

Ucker – não, Chris... Estava dando certo até você ligar! – Ele começou a rir do outro lado da linha.

Chris – eu não disse, cara? O Chris aqui se garante meu chapa!

Ucker – tá Christian valeu, mas eu preciso mesmo ir... – É horrível quando se tem que agradecer a alguém que se quer matar...u.u’ Eu era grato ao Chris, mas eu já estava pagando pelo favor com a minha paciência, por que ela estava lá, e ele me segurando aqui embaixo!

Chris – por que? Vocês tão se pegando é? – Passei a mão na testa, ficando nervoso. – aah, tá pegando a Durci né? – Desejei poder socá-lo pelo tempo que estava me fazendo perder e por ter me interrompido, mas ouvir ele dizer isso sabendo que era verdade me deixava controlado o bastante pra tentar ser educado.

Ucker – depois a gente se fala ok? Falou... – Desliguei sem esperar a resposta. É claro que ele me acusaria de ter desligado na cara dele depois, mas poderíamos sobreviver aquilo. Subi depressa pro quarto, parando bruscamente ao chegar na porta. Respirei fundo, e a lembrança recente do que tinha acontecido me fez entrar com um sorriso bobo de orelha a orelha.

Ucker – desculpa a demora, o Chris sempre quer falar demais...

Dulce – ah então ele e Angie vão se dar muito bem! – Ela riu. Estava sentada na minha cadeira agora, com a cabeça apoiada na mão, e a cabeça meio de lado. Estava linda é claro! Sentei na cama, de frente a ela. – quando ela me liga fica horas falando sem parar! – Eu ri também. E aí então ficamos calados. Ela mexia a cadeira devagar (dum lado pro outro, sem rodar completamente o assento.), e apenas me olhava sorrindo. Parecia tímida agora. Depois de uns longos segundos tomei a iniciativa de falar.

Ucker – amanhã eu vou matar o Chris... – Ela riu.

Dulce – coitado...

Ucker – eu sou o coitado... rs... – hesitei um pouco antes de continuar. – Ele me interrompeu justo quando você... a gente... se beijou... – Fiquei sem graça em dizer. Ainda parecia mentira! Ela riu, sem surpresa por que já sabia o que eu ia dizer. Ela concordou com a cabeça, e revirou os olhos, bem humorada.

Dulce – é... Ele carimbou justo o primeiro! – rimos juntos, ainda numa certa distância, embora estivesse óbvio que queríamos nos aproximar. Embora eu tenha ficado preocupado com sua tranqüilidade. Tive medo de que ela tivesse se arrependido, até que ela disse o resto... – Mas ele não vai ter tanta sorte assim daqui pra frente... – levantei a cabeça surpreso. Seu sorriso estava abrindo mais aos poucos, embora fugisse do meu olhar. Ela estava sem graça, e isso era um ótimo sinal!

Ucker – isso quer dizer o que exatamente? – Ela passou a mão no cabelo, e pensou um pouco antes de responder.

Dulce – eu não sei exatamente... Só sei que esse beijo foi o primeiro... E não quero que seja o último... – Ela mordeu o lábio debaixo. Respirei fundo, com o sorriso cada vez maior no rosto, se é que ainda tinha espaço pra isso. Meu coração estava feito um louco, e parecia que meu corpo era pequeno demais pra suportar tanta felicidade. Não conseguia imaginar que alguém pudesse sentir mais alegria do que eu naquele momento! Nunca nada me fez sentir o que ela, o que um beijo, um toque, ou apenas algumas palavras conseguiam! Eu só não sabia se amá-la era a causa ou a conseqüência de tudo aquilo.

Continua...