Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Ucker – valeu... Agora deixa eu subir... Quero ficar só... – Ela me encarou, de modo severo outra vez.

Ale – dessa vez vou deixar passar, por que sei que está muito triste... Mas não vou permitir que fique faltando aulas, precisa encará-los por mais que doa!

Ucker – eu sei... – Depois disso fui pro meu quarto. Fiquei lá a manhã toda, ignorando as chamadas do celular e mantive o computador desligado, pra não ver nada com relação a ela, precisava tira-la da cabeça! Precisava dar um basta nisso tudo! Precisava parar de viver de um amor platônico, por alguém que jamais poderia me amar! Precisava disso com urgência, senão eu ficaria louco. Depois de muito tempo pensando nisso, e no pior, em como fazer isso, acabei adormecendo. Acordei de tarde, com fome e com a cabeça doída. De primeiro pensei em ignorar isso, mas depois desci pra comer alguma coisa. Se eu tinha que dar a volta por cima, não morrer de inanição era um bom começo. Jamais poderia culpar Dulce por não me amar, me sentia traído, mas não haviam promessas entre nós. Precisava ocupar minha cabeça com qualquer coisa, precisava sair com pessoas novas e... E isso foi tudo o que consegui pensar, mas enquanto pensava em como esquecê-la, indiretamente estava pensando nela, e quer saber? Isso de esquecer é uma droga! Voltei pro meu quarto, tentei jogar videogame, mas eu não conseguia passar de nenhuma missão, não conseguia me concentrar! Tentei estudar pras provas que estavam por vir, mas as letras pareciam dançar no papel. Depois de muitas horas rolando de um lado pra outro, algumas frases soltas começaram a surgir na minha mente. Frases bem interessantes até, e eu não pude ignorá-las. Peguei meu caderno e comecei a escrever, reescrever, mudar uma palavra ou outra, mudar as frases de lugar pra que soasse mais bonito, e depois de muito tempo ao violão tentando pôr a melodia, a música ficou pronta. Talvez minha composição mais rápida, e é claro que seria aperfeiçoada depois. Anny entrou no quarto, no momento em que guardava o violão.

Anny – que música bonita primo... Já até sei pra quem é... Ops... Não devia ter dito nada...

Ucker – começou... – Respirei fundo e deitei na cama.

Anny – relaxa, não vim te encher... Olha o que eu trouxe? – Ela mostrou uma garrafa de uísque, que trazia nas costas.

Ucker – que bonita garrafa... – Disse em ironia. Ela riu e sentou na cama.

Anny – Olha, eu já sei o que aconteceu, sei de tudo! E sei que deve estar muito mal! Mas não é algo pra se envergonhar, acho que já vi garotos em estado pior... – Ergui uma sobrancelha.

Ucker – esse papel não combina com você, Anny, diz logo o que quer...

Anny – quero que me faça companhia esta noite...

Em qualquer dia em meu estado normal, teria começado a rir, ou me estressado e a mandado ir embora, por que afinal a situação chegava a ser ridícula! Mas naquele dia eu fiquei calado... A olhei da cabeça aos pés. Era muito bonita, com curvas perfeitas, e sua roupa muito curta mostrava de tudo um pouco. Mas nunca senti a menor vontade em tê-la... Não sentia vontade de acariciar seu corpo, de fazê-la se entregar, de possuí-la... Como havia feito com Dulce. Ela começou a servir duas taças, e reunindo toda minha coragem, levantei. Encarei a porta por alguns instantes, ainda em dúvida sobre o que deveria fazer, depois acabei trancando-a. Anny me encarou com um largo sorriso satisfeito, se aproximando. Ainda estava incerto, mas nada que o álcl não resolvesse. Enquanto virava a taça duma vez só, lembrei de Dulce em meus braços, e ao imaginá-la nos braços do maldito Pablo, senti uma mistura de ódio e dor. Anny riu.

Anny – Nossa, eu não sabia que seria tão fácil desta vez...

Ucker – cala a boca... – Murmurei enquanto ela abandonava a taça em cima do meu criado mudo, e me envolvia lentamente. Passou os braços ao redor do meu pescoço, e devagar, começou a mordiscar meu lábio. Nos beijamos pela primeira vez, e por mais que eu buscasse, não conseguia sentir nenhuma das sensações deliciosa que beijar Dulce causava. Procurei bloquear esses pensamentos, envolvendo seus cabelos com uma mão, e percorrendo seu corpo com a outra, mas logo senti, que sua pele não tinha a mesma textura da de Dulce. Me afastei e busquei pela garrafa de uísque. Ela não disse nada, mas parecia satisfeita. O liquido descia queimando pela minha garganta, enquanto ela acariciava minha nuca, mordiscando meu pescoço. Soltei a garrafa e me afastei dela, tirando a blusa. Ela se inclinou sobre mim, me fazendo cair na cama. Sentou em cima dos meus quadris e inclinando-se, começou a acariciar meu peito, ombros e barriga, intercalando com pequenos beijos e mordidas nos mamilos. Fechei os olhos, começando a ficar excitado pela fricção de nossos corpos. Por alguns instantes me senti meio entorpecido, e só percebi que ela havia se afastado, quando senti seu corpo se unir ao meu novamente, desta vez sem o tecido da blusa entre nós. Senti seus firmes e arredondados seios esmagarem-se contra meu peito, enquanto ela se movia lentamente, fazendo o contato intimo se tornar ainda mais forte. Deslizei as mãos por suas costas até mais embaixo, apertando-a contra mim, em seguida deslizei uma delas pra frente, chegando a um de seus seios. A acariciei, fazendo pequenos círculos em seus mamilos, estavam rígidos e mesmo com minha pouca experiência sabia que estava excitada também. Como se automaticamente, lembrei dos gemidos de Dulce quando a acariciei, e só a lembrança de sua expressão extasiada, as palavras sussurradas, os movimentos sutis, foram o suficiente para me instigarem com força violenta. Afastei Anny e levantei, me livrando o mais rápido possível da calça. Por pouco não me machuquei enquanto descia o zíper apressado, escorreguei a cueca junto, e então me voltei para Anny que sorria com um brilho malicioso de desejo.

Continua...