Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Saí de casa o mais tarde possível, embora minha mãe fosse contra eu não me importava se perderia a primeira aula morgando na crdenação. Pelo menos assim, eu teria tempo pra me preparar. Quer dizer, eu nunca estaria preparado pra ver Dulce com outro, mas pelo menos na sala eles estariam bem longe um do outro... Até o intervalo. Respirei fundo, e fui caminhando devagar.

Como esperado, quando cheguei já havia tocado e os corredores estavam vazios. Fui direto pra crdenação, e ao entrar a primeira coisa que tive que encarar foi o olhar severo de Rose. Entrei devagar, tentando ignorar.

Ucker – Desculpe pelo atraso eu acordei tarde... – Minha voz saiu mais mórbida do que o esperado, mas tudo bem. Fiquei parado esperando por sua resposta, mas ela demorou alguns instantes me encarando.

Rose – Uckermann, eu vou perdoá-lo apenas por que isto não acontece com freqüência! Mas seus problemas pessoais não devem interferir na escola! Da próxima vez voltará para casa... – Ela se esticou olhando algo atrás de mim, e só então soube que alguém mais havia chegado atrasado, mas não me virei. – Isto serve pra você também Saviñón... – Senti todo o corpo congelar, e o coração disparou. Pela primeira vez tentei evita-la, e não consegui. Irônico demais...

Dulce – sim senhora... – Disse ela em voz baixa.

Rose – vai ficar ai parado feito uma estátua Uckermann? – Vociferou ela, mas eu não podia virar e ver seu rosto.

Ucker – eu posso esperar o toque lá fora?

Rose – Faça como quiser... – Virei e saí, mas foi impossível não ver seu rosto. Quer dizer, estava escondida nos cabelos, amuada na cadeira do canto, e não soube decifrar sua expressão, já que não estava vendo seus olhos.

Sentado no banco, os 50 minutos pareceram dias incontáveis... Nunca havia desejado tanto desaparecer, nem mesmo quando... Nem mesmo quando descobri que meu pai havia viajado para sempre. Procurei espantar os pensamentos, por que definitivamente eu não precisava ficar pior.

Tocou e disparei pra sala de aula, só pra não correr o risco de olhar pra trás, e me deparar com seu lindo e ultimamente mórbido rosto. Aquela expressão dela estava me assustando, será que ele continuava machucando-a? Será que ele a fazia sofrer? Doía pensar nisso, e doía pensar mais ainda que ela preferisse ficar com ele nessas condições, do que comigo. Eu devia ser mesmo um estorvo!

A professora me olhou com o canto do olho, nem um pouco satisfeita, e depois olhou pra Dulce, que vinha atrás de mim. Parei de frente a carteira, depois tomei coragem e voltei, indo até a professora.

Ucker – Professora... – Ela virou pra mim. – é que... Eu queria saber se eu posso mudar de lugar...

Alana – Não Christopher, os lugares são permanentes, sabe disso...

Ucker – ok... – Disse respirando fundo, eu já esperava pela resposta. – Não custava nada tentar, né? – Ia virando quando ela me chamou.

Alana – Christopher? – Voltei a olhá-la.

Continua...