Fanfic: ∞ Quase por Acidente ∞ Terminada | Tema: Vondy

Jack – vem, Chris, deixa ele...

O pior de tudo foi na saída, quando tive que engolir ele abraçando-a, e agarrando-a feito um polvo. Nojento, desprezível... Doloroso. Eu corri, corri entre todo mundo sem ligar se me achavam um louco, e só parei quando notei que já estava na minha rua. Como cheguei lá nem sei, acho que tem haver com aquele lance de subconsciente.

Minha mãe não fez muitas perguntas, e graças a deus não tentou me consolar, eu não gostava muito. Preferia ficar trancado onde ninguém precisasse ver como eu realmente estava. Anahí almoçou conosco, não falou muito e depois saiu. O clima estava péssimo onde quer que eu fosse.

No outro dia, minha mãe não me deixou ir tarde pra escola, e sofri antecipadamente durante o caminho até a escola. Não queria vê-los juntos de novo... Mas quando cheguei, Dulce ainda não estava. O sinal tocou e ela não apareceu. O medo foi dando lugar a apreensão. Queria saber onde estava, por que não chegava logo! Eu era masoquista? Olhei ao redor e vi Pablo.

Pela primeira vez em dias o nó em minha garganta não quis me estrangular. Só Deus sabe o alivio que senti. Era estúpido por que eu sabia que ele estava com ela, mas de qualquer forma, não gostava de imaginar, ver, pensar!

Durante toda a semana foi assim. Eu chegava bem cedo, e Dulce só chegava na segunda aula. As vezes ela ia embora antes que acabasse... E cada dia que se passava, me sentia menos vivo... Meu único consolo foi escutar anunciarem as últimas semanas de aula! Logo estaríamos de férias e essa tortura teria fim. (?) O problema era que precisávamos entregar o trabalho. Juntos.

Na quinta-feira, véspera da entrega, eu precisava falar com ela. Esperei acabar a aula, deixei que todo mundo saísse, e quando vi que ela acompanhava a enxurrada de alunos, a segurei pelo braço. Ela parou bruscamente e se virou. Senti como se minhas veias congelassem, e as borboletas invadiram meu estomago com força total, como não faziam a tempos. Ela me olhou com uma expressão espantada, e não consegui reagir de imediato. Sentia tanta falta dela...

Ela piscou algumas vezes, mas não disse nada. Ela esperava que você dissesse alguma coisa, né babaca? Exalei fundo, tentando manter minha respiração controlada.

Ucker – ér... É só pra falar sobre o trabalho... – Disse soltando-a imediatamente. Ela pertencia a outro, e depois do que tinha feito estava claro que não me considerava nem mesmo um amigo. Engoli seco, mas antes de continuar fui interrompido pela voz irritante do Pablo.

Pablo – ele ta te incomodando, amor? – Só Deus sabe a força que tive que fazer pra me controlar e não dar um soco naquele cara.

Continua...