Fanfic: Good To You | Tema: Rebelde, Ponny

- EU JURO QUE NÃO É O QUE VOCÊ PENSA! PAPAI! – Hanna saiu de seu escritório ainda acabando de arrumar os botões da blusa, toda descabelada.

- Eu não quero escutar, eu vi claramente – O Sr. Archibald saiu na frente, nem se importando com os olhares a sua volta – Você vai pra casa, conversaremos lá.

- Mas papai... – Hanna insistiu, correndo atrás do pai, que só lhe emitiu um olhar frio. O trabalho inteiro olhava abismado pra confusão, alguns tentavam se controlar para não rir. Anahi observava de longe, Christian do lado dela gargalhava alto.

Mario saiu uns dois minutos depois, vermelho igual um pimentão. E foi ai, que todo mundo entendeu qual foi o real motivo do barraco. Em uma das “fugidinhas”, Mario se esqueceu de trancar a porta, Sr. Archibald chegou para chamar a filha para almoçar bem na hora e encontrou os dois em uma posição bastante comprometedora.

Sr. Archibald voltou para a sala de Hanna e se trancou lá, Hanna foi embora humilhada, Mario ninguém soube o paradeiro. Tudo começou a se acalmar, e aos poucos todo mundo foi retornando pras suas atividades, mas a fofoca durou horas e horas, ninguém sabia o que aconteceria ali pra frente.

Uns achavam que o pai iria perdoar, outros achavam que Hanna não voltava mais pra direção, e se não voltasse, quem ficaria no lugar? 

- Sério? – Alfonso gargalhou do outro lado da linha, enquanto Anahi contava a historia pra ele.

- Serissimo! Tinha que ver a cara dela, e o Mario? Foi muito engraçado – Anahi continuava falando sem parar, agora que a confusão tinha passado ela não conseguia parar de rir.

- Ei amor, eu preciso desligar agora – Alfonso tinha uma reunião em quinze minutos, todos já estavam esperando por ele – Mas vamos ao cinema mais tarde? Podemos ir jantar depois – Alfonso perguntou

- Mas hoje é quarta feira, não é melhor no fim de semana? – Anahi rabiscava qualquer coisa aleatória em um papel.

- Sim, vamos? Depois da minha reunião te encontro lá.

- Tudo bem então, mas nós vamos ver Rio – Anahi sorriu e Alfonso revirou os olhos, o que ele não fazia por ela? Combinaram tudo direitinho, antes de finalmente desligarem, o celular de Alfonso acabou a bateria. 

Anahi pegou um taxi na frente do prédio onde trabalhava, não há quem a fizesse andar no próprio carro em nova York. Seu chefe não deu nenhuma noticia de como seria dali pra frente, não deu nem as caras, ainda estava trancado até essa hora.

Mandou uma mensagem pra Alfonso avisando que já estava a caminho, e quase uma hora depois chegou ao shopping. Comprou os ingressos, e se sentou em uma lanchonete pra comer alguma coisa. 

Alfonso continuava em uma maçante reunião, era final do mês e como sempre nesse período, eles faziam um planejamento para o mês que estava chegando.

- Sr. Herrera, Walsh está querendo falando com você – Walsh era o diretor da fabrica dos cosméticos Herrera que ficava em Los Angeles, tinha varias ao redor dos Estados Unidos.

- Tudo bem, pode passar a ligação – Bernardo ligou a tela plana, e logo Walsh apareceu do outro lado.

- Boa noite – Walsh cumprimentou com um aceno de cabeça formalmente – Tivemos um problema em uma das maquinas, não tivemos como fazer a entrega.

- Como assim? – Alfonso aumentou o tom de voz – E agora que você vem me informar? Não é possível – Ele passou as mãos pelo cabelo, em um clássico movimento de nervosismo – Isso vai nos render uma multa!

- Foi no final do período, Sr. Herrera, mas não foi o suficiente pra fechar o que tinha sido planejado.

Anahi entrou na fila do cinema faltando quinze minutos pro filme começar e nem sinal de Alfonso chegar. A sala foi liberada e pouco a pouco as pessoas começaram a entrar. Estava bem lotado para um dia de semana.

- Cadê? – Ela murmurou para ela mesma, apertando no verde para ligar e novamente caiu na caixa postal. Anahi deixou varias pessoas passarem em sua frente, pra ver se ele chegava.

Enquanto isso, ainda na empresa Herrera, Alfonso acertava as ultimas coisas com Walsh, finalmente tinha chegado a uma solução do que fazer, Alfonso tinha conseguido um prazo maior para a entrega e já havia mandado alguém pra consertar a maquina, se não teriam que comprar outra.

Ele massageou as têmporas quando desligou a vídeo conferencia, arrumando mais uns últimos detalhes antes de guardar seus pertences e ir embora.

Na saída de seu escritório, estava tudo escuro e um senhor de meia idade já limpava por ali. Alfonso procurou o celular no bolso para ver as horas, e lembrou-se que tinha acabado a bateria.

- Que horas são?

- 20:15 senhor – O homem da limpeza o informou.

- Merda – Não tinha mais como chegar a tempo.