Fanfic: Good To You | Tema: Rebelde, Ponny

Na manhã seguinte, Alfonso acordou mais cedo como de costume, e desceu para pegar o café da manhã deles. Dona Rosa já havia preparado tudo, então ele apenas arrumou tudo em uma bandeja, colocou um pequeno vaso com uma rosa vermelha. Todo mundo adora um bom clichê romântico.

Anahi despertou com a falta do corpo dele, tateou toda a extensão da cama de olhos fechados, abrindo apenas um quando a porta se abriu. Ele se dirigiu até ela, deixando a bandeja no criado mudo e se deitando ao lado dela.

- Procurando por mim? – Alfonso a envolveu em seus braços, beijando-lhe a bochecha e ela se enrolou mais a ele manhosa.

- Hum... – Ela murmurou afirmando.

- Olha o que eu trouxe pra você – Ele se levantou e Anahi resmungou algo. Ela sentou na cama enquanto ele trazia a bandeja.

- Obrigada, meu amor – Anahi sorriu, dando um selinho em seguida.

- Ah, espera! – Alfonso foi até sua mala e tirou uma caixinha azul de lá – Feliz três meses – Ele a entregou, voltando a sentar do lado dela.

- Alfonso, isso é lindo! – Anahi suspirou encantada. Era um cordão de ouro, com um pingente em forma de um “A”.

- “A” de Anahi, de Alfonso, de amor... – Ela virou-se de costas pra ele suspendendo o cabelo para ele poder colocar em seu pescoço. Alfonso não tinha ideia de como seria o futuro, só tinha certeza de uma coisa: Queria ela para sempre.

No final da tarde chegaram em Nova York, como o transito não estava cheio por ser domingo, logo já paravam em frente ao prédio de Anahi.

- Você quer descer pra eu poder lhe entregar seu presente? – Acontece que como Anahi não sabia que eles iriam viajar, não tinha levado assim não podendo lhe dar.

- Eu adoraria, Any, mas preciso resolver umas coisas pra amanhã, tudo bem? – Alfonso estava sentado de frente pra ela no banco de trás, com o braço apoiado no encosto do banco acariciando o braço desnudo dela levemente com as pontas do dedo.

- Tudo bem – Ela disse triste, porém o entendia. Ela sempre o entendia.

Se despediram com um beijo longo, já morrendo de saudades um do outro.

No outro dia, Anahi saiu atrasada de casa porque sua irmã havia ligado e quando Neni ligava não tinha quem a interrompesse. Pra pegar taxi foi uma loucura, até chegar lá com o transito que estava foi uma luta. Diferente da outra vez que havia chegado tarde ela não teve tanta sorte agora, seu chefe lhe esperava na frente da sala dela.

- Portilla, preciso falar com você um instante – Sr. Archibald disse sério andando para sua sala e ela o seguiu. Anahi olhou brevemente pra Christian que olhava nervoso, e sorriu para tranquiliza-lo, apesar de que ela mesma não se sentia em nada tranquila.

Sr. Archibald fez sinal para que ela se sentasse na cadeira de frente pra ele, Anahi fez o que ele mandou, olhando-o apreensiva.

- Anahi, você já trabalha aqui faz certo tempo, e nunca conseguiu um projeto de grande importância – É agora que eu vou ser demitida, pensou. Ele continuou:

- Estamos precisando fazer certas mudanças aqui dentro, com o ocorrido da quarta passada – Se referia ao incidente com Hanna e Mario – Primeiramente, eu iria assumir o lugar de minha filha, voltar a cuidar da minha empresa, mas apenas com dois dias aqui vi que isso não é mais pra mim. Não sou mais um jovem, isso é obvio – Ele soltou um sorrisinho amigável, e Anahi finalmente soltou o ar que ela tinha prendido desde quando entrou ali até aquele momento.

 - Analisando o histórico que temos aqui, você seria a pessoa mais qualificada para assumir esse trabalho – Sr. Archibald terminou seu discurso.

- Eu? – Anahi perguntou surpresa. Ela sabia que era competente e que Hanna lhe tirou muitas oportunidades, mas não tinha certeza se daria certo como administradora.

- Sim, Anahi. Você aceita?

- Claro! – Ela respondeu rapidamente com um sorriso de orelha a orelha.

- Temos aqui um contrato, leia, leve o tempo que quiser, se achar que será capaz, assine. Eu ficaria muito feliz – Sr. Archibald sorriu encorajador, ele sabia que ela estava nervosa, mas sabia também, que ela faria um bom trabalho.

Anahi leu uma, duas vezes, perguntou o que não entendia, o que lhe foi respondido com todas as explicações necessárias por ele. Por fim, assinou, recebendo um grande aperto de mão.

Mais ou menos uma hora depois os dois saíram da sala, Christian esperava ansioso do lado de fora.

- Sr. Chavez – Sr. Archibald chamou ele – Aviso a todos para reunirem aqui, tenho um comunicado – Christian acenou com a cabeça indo fazer o que lhe foi mandado, alguns minutos depois todos estavam reunidos.

- Quero informar a todos vocês que minha filha Hanna não será mais a diretora da empresa, por ser meio afastado daqui não tinha noção dos problemas que tínhamos. Mas agora, Anahi assumirá, e eu tenho certeza que ela fará um ótimo trabalho. Parabéns – Ele se virou para ela, cumprimentando-a de novo com um aperto de mão e todos aplaudiram. Anahi era uma pessoa querida ali, mas claro que como sempre, tinha os invejosos que não pouparam alguns comentários desnecessários.

- Isso se chama recalque, queridas – Christian comentou debochado, logo correndo para abraçar Anahi.

- Quando eu vi ele te chamar, jurava que era algo ruim – Christian soltou Anahi.

- Eu também, Chris.

A comemoração não durou muito, Anahi estava louca para começar. Fez a mudança de sala, nomeou Christian como seu assistente numero um, e prestou muita atenção em cada explicação que Sr. Archibald dava.

O trabalho dela agora seria conversar com o cliente, saber suas preferencias e suas ideias, acrescentar as melhorias, fazer os planejamentos, supervisionar todas as seguintes áreas depois do contrato fechado, após iria para a área de criação responsável pela elaboração das idéias que serão utilizadas nas campanhas (anúncios impressos, filmes para televisão, etc.). Engloba também a produção, que materializa, ou seja, dá vida aos anúncios, que era o que Anahi fazia antigamente. E por ultimo, o departamento de mídia onde se estuda e indica os melhores meios, veículos, volumes, formatos e posições para veicular as mensagens publicitárias.

Anahi ligou para Alfonso assim que teve um tempinho livre, ele não atendeu. Ligou de novo, e ele não atendeu novamente. Mandou um mensagem avisando o que tinha acontecido, ficou tão ocupada o resto do dia que nem saiu para almoçar, Christian que trouxe um salgado qualquer da rua pra ela não ficar com fome.

- Precisamos comemorar direito – Christian entrou na sala dela, sem bater, no final do expediente.

- Intimidade é uma merda – Anahi comentou divertida. Christian continuou sem se importar:

- Já que seu namorado atrapalhou nossos planos de sexta, devemos sair hoje. Não me importa o que você diga.

- Ok, tudo bem. Mas preciso passar em casa antes, tomar um banho... – E assim foi feito. Anahi pegou sua bolsa e ambos sairam.

- Não vai chamar Alfonso? – Christian perguntou quando eles chegaram ao prédio dela.

- Eu liguei um monte de vezes, mandei mensagem e ele não me respondeu, deve estar ocupado – Anahi deu de ombros procurando as chaves na bolsa, abrindo a porta logo em seguida.

- Surpresa! – Dulce, Christopher, Maite e Alfonso gritaram.