Fanfic: Good To You | Tema: Rebelde, Ponny

- Any? - A morena resmungou cobrindo os olhos impedindo a claridade do sol - Vamos Any - Dulce estava sentada ao lado da amiga na cama, tentando acordá-la. Já era segunda feira, o fim de semana foi lentamente doloroso para Anahi, não saia da cama, não fazia nada, exceto quando Maite chegou no sabado e as três foram assistir um filme.

Alguns minutos de paz, que passou assim que o celular de Dulce tocou. Era Alfonso. Depois do ocorrido, ele tinha se livrado de Ashley de qualquer jeito, e foi até o apartamento de Anahi exatamente como ela pensava que ele faria, mas não a encontrou, assim esperou até o outro dia, mas ela não voltou pra lá, então decidiu ligar pra todos os amigos atras dela.

Dulce despistou Alfonso, dizendo que estava de plantão o fim de semana inteiro e que não sabia nada de Anahi, ele acreditou. Já com Maite foi diferente, a morena não se segurou e foi logo xingando o outro, que em vão tentava se explicar.

- Maite, me diz onde esta a Anahi, porfavor! - Alfonso pediu pela milésima vez naquela noite.

- Já disse que não sei - Maite roia uma das unhas entediada. Anahi e Dulce a olhavam esperando pra ver como ela se safaria daquela.

- Mas você sabe o que Anahi acha que aconteceu, então você deve saber de alguma coisa. Pelo amor de Deus! - Alfonso puxava o cabelo exasperado, queria gritar e matar Maite.

- Ela só me falou o que aconteceu, não me disse pra onde ia. Te juro - Maite falou sério e Dulce soltou um riso, Anahi bateu em Dulce pra ela não fazer barulho. Alfonso suspirou e não disse mais nada, apenas desligou.

- Any, você não acha que deveria conversar com ele? - Dulce perguntou depois de alguns minutos caladas.

- Talvez um dia, Dul, daqui a um tempo - Anahi ficou triste novamente, lá se foi os poucos minutos de leveza. Anahi voltou pro quarto de hospedes, onde ficou até agora, segunda feira.

- Você precisa ir pro trabalho - Dulce tentou mais uma vez, sem resposta.

- Não quero - Anahi resmungou.

- Pelo menos liga para Christian avisando que não vai. Toma - Dulce pegou o celular de Anahi que estava no silencioso, e entregou a ela. Ignorando todas as chamadas e mensagens perdidas, Anahi discou o numero de Christian.

- Oi gata - Christian atendeu no primeiro toque - Cadê você?

- Oi Chris - Pela voz tristinha dela ele logo deduziu que tinha algo de errado - Eu não vou hoje, e acho que nem amanhã, você pode dizer que eu fiquei doente e cuidar das coisas por ai?

- Claro, Any, fica tranquila. Mas o que foi que aconteceu?

- Não quero falar sobre isso no telefone. Depois conversamos, sim? Não to no clima - Ela logo cortou

- Mas você tá em casa? - Christian perguntou preocupado.

- Não, estou na Dulce - Eles se despediram, mas antes de Christian desligar Anahi o chamou - Chris, mais uma coisa, se por um acaso Alfonso aparecer por ai, em hipotese nenhuma lhe diga onde eu estou, porfavor - Ele concordou e não decidiu perguntar mais nada.

Dito e feito, Christian mal tinha desligado quando Alfonso adentrou no local.

- Cade ela? - Alfonso perguntou, passando direto pra sala de Anahi. Christian foi logo atras, viu quando Alfonso se sentou na cadeira vazia dela e colocou o rosto apoiado nas mãos. Christian se deixou observar ele por um instante, e sentiu pena. Cabelo emaranhanado, uma camisa qualquer amassada, olheiras profundas, como se não dormisse a um mês ou mais, muito diferente do CEO que era acostumado a aparentar.  

- Não sei, Alfonso, desculpe - Ele sentou na cadeira de frente para Alfonso.

- Porque ela não quer falar comigo, Christian? Porque? - Ele olhou desolado, como se Christian soubesse de todas as respostas.

- Dê tempo a ela - Christian disse simples.

- EU NÃO CONSIGO! - Alfonso esbravejou. Não podia dar tempo, não queria dar tempo. Queria ela nesse exato momento.

- Tente. Ela vai perdoar, e nesse tempo, talvez vocês consigam resolver as coisas que fazem vocês brigarem tanto. Aprenderem com seus erros, pra quando voltarem, dessa vez ser pra sempre - Alfonso encarou Christian, era o primeiro conselho que prestava que tinha. Christopher estava viajando, Dulce e Maite não queriam falar com ele. E Anahi...

- Você acha?

- Sim - Alfonso acenou com a cabeça e se levantou, precisava pensar.

- Obrigada, Christian.

- De nada. E Alfonso - Alfonso que já estava quase na porta, se virou para olhar Christian - Eu sou gay, caso você ainda não tenha percebido.

Anahi não foi pro trabalho a semana inteira, a desculpa era que tinha pegado uma virose. Alfonso continuava a ir todos os dias até o trabalho de Anahi na hora em que ela costumava chegar e a sair, esperando por ela, mas não aconteceu.

Na semana seguinte, Anahi já estava se sentindo menos pior, não chorava mais, mas sentia um mal estar que parece que nunca passava. Mesmo assim, teve que voltar ao trabalho, Alfonso continuou a observando de longe, mas nunca se aproximava. Era dificil, mas queria dar um tempo para ela pensar em tudo. Anahi não sabia ao certo o que sentia, cada dia que Alfonso não a procurava.

Nas semanas que se passaram, tudo igual, Anahi tinha colocado toda sua mente no trabalho, vieram varios novos projetos, e como o fotografo oficial da empresa já tinha voltado, não teve mais problemas como aquele do outro dia. Todos eram um sucesso, Nataniel Archibald não cansava de dizer o quanto a empresa tinha dado um salto na produtividade com Anahi na diretoria.

Por isso, que um dia, quando ele a chamou em sua sala, Anahi não estava nem um pouco preocupada, com certeza não seria nada demais.

- Srta. Portilla, entre - Ele sorriu assim que ela apareceu em sua porta.

- Tudo bem Sr. Archibald?

- Sim sim, é rapido o que tenho pra falar, mas sente - Anahi concordou e sentou no lugar onde foi mandado.

- Você sabe que a muitos anos tentamos abrir uma extensão da empresa em Los Angeles, pense como seria um sucesso! 

- Sim, sei disso - Anahi confirmou. Ela sabia mesmo, a anos tinha esse boato que a empresa de publicidade ia se expandir, porém só a poucos meses atrás que a ideia tinha saido do papel.

- Então, o contrato foi fechado ontem de manhã. Eu separei alguns dos nossos funcionarios para irem, até conseguirmos nos manter por lá e conseguir empregados qualificados por lá. Decidi perdoar minha filha, acho que vai ser uma boa experiência para ela ir, quem sabe se torna mais responsável - Anahi escutava tudo atentamente, uma ideia se formando em sua cabeça.

- Sr. Archibald... E se eu fosse no lugar de Hanna, e ela voltasse para cá?