Fanfic: Good To You | Tema: Rebelde, Ponny

No outro dia após o jantar, Anahi e Alfonso foram deixar os pais dela no aeroporto. Hoje, passado um pouco mais de dois meses, Anahi estava agora com quatro meses de gestação, não mudou muita coisa desde então.

A noticia da gravidez fora comemorada em uma noite simples no apartamento de Maite, que até Christian compareceu, eles brindaram menos Anahi que não podia beber. Mas entre Anahi e Alfonso as coisas continuavam na mesma, ele sempre a acompanhava nas consultas e de vez em quando aparecia com alguma coisa pro bebê. Ele jurava que era um menino.

Em uma sexta feira de tarde, Anahi e Alfonso chegavam no apartamento dela cheio de sacolas com roupinhas, mamadeiras e etc, e os carregadores vinham atrás trazendo um berço para ser montado, uma iluminária, tudo necessário pra fazer o quarto da criança. Eles tinha combinado que o bebê teria um quarto tanto quanto no apartamento de Anahi, quanto no apartamento de Alfonso.

Anahi se jogou no sofá e colocou seus pés pra cima da mesinha de centro, no quarto mês os enjoos tinham diminuido consideravelmente, mas agora o problema era a queda de pressão, principalmente quando ela passava muito tempo sem comer ou quando Nova York estava muito quente.

- Você está sentindo alguma coisa? - Alfonso tinha ido preparar um sanduiche natural pra ela, o trazia junto com um copo de água.

- Minha cabeça dói - Ela levou uma mãe até a barriga já protuberante por de baixo do vestidinho florido solto que ela estava usando - Está uma delicia, obrigada.

- Você já pensou em algum nome de menino? - Alfonso se sentou do lado dela, Anahi revirou os olhos.

- Porque você tem tanta certeza que é um menino? É uma menina, posso sentir - Anahi afirmou, agora foi a vez dele revirar os olhos. A conversa durou varios minutos como era de costume quando começavam a falar sobre isso, durou tempo suficiente pro homem da loja ter montado o berço e ir embora.

- Eu realmente acho que você deveria vim morar comigo - Eles não tinham tocado no assunto todo esse tempo, mas quando ele viu Anahi jogar a cabeça pra tras passando mal, ele sabia que era melhor morarem juntos.

- Já disse que não, Alfonso - Anahi disse seria, se levantando.

- Anahi, você não está pensando! - Alfonso levantou-se também - Se você passar mal eu vou estar lá pra ajudar, e quando não estiver a empregada vai ficar com você.

- NÃO! - Anahi gritou - Pare de insistir - As mudanças de humor também eram constantes - Você quer que eu vá morar contigo só pra controlar minha vida como sempre fez, não vou cair nessa.

- Não é verdade! - Alfonso rebateu.

- Claro que é! Você me quer por perto pra poder mandar em mim. EU NÃO VOU!

- Mas que porra* - Alfonso socou a parede - Eu não dou a minima pra você, eu só me importo com o meu filho! - Levar um tapa na cara acho que doeria menos em Anahi, mas Alfonso nem se importou, deu a meia volta e saiu dali, deixando Anahi sozinha, chorando.

Depois de se acalmar um pouco e parar de chorar, ela decidiu ir tomar um banho. A dor de cabeça tinha aumentado bastante depois da discussão, e agora ela suava frio. Anahi respirou fundo ao entrar no box, mas uma tontura forte lhe bateu e ela não consegiu se segurar. Caiu. Ela ainda tentou proteger a barriga, porém não tinha como, ela tentou se levantar mas estava sem força.

- Socorro - Ela tentou. A voz saiu fraca e não tinha ninguém para ajudá-la.

Alfonso entrou no carro dele que estava esperando na rua.

- Pra onde senhor? - Josh perguntou.

- Um minuto - Alfonso respirou fundo, se acalmando. Anahi o tirava completamente do sério. Ele resmungou algo consigo mesmo e saiu de novo do carro sem dizer uma palavra. Anahi tinha liberado a entrada dele de novo, então ele apenas subiu sem precisar interfonar.

Em alguns minutos Alfonso entrava no apartamento, estranhando a calmaria e o silêncio.

- Anahi? - Ele tentou. Sem respostas.

- Anahi? - Ele tentou de novo, e escutou um `aqui` fraco. Alfonso foi de cômodo em cômodo procurando por ela, até encontrá-la no banheiro.

- Any - Ele murmurou, correndo até ela - Vem aqui, calma, ta tudo bem - Ele tentou acalmá-la porém ela chorava descontroladamente. Piorou quando viram um pequeno fio de sangue escorrendo - Vou te tirar daqui.

- Nosso filho... - Ela chorava enquanto ele correndo a envolvia em um roupão e a carregava dali. A sorte era que o transito estava brando e avançaram todos os sinais vermelhos, logo chegavam ao hospital.

Anahi foi levada a uma sala para ser observada e Alfonso ficou andando na sala do hospital, esperando por motivias. Depois de uma hora mais ou menos, o médico obstetra de Anahi foi até Alfonso.

- Doutor? - Alfonso levantou da cadeira onde estava sentado - Como está Anahi? E o bebê?

- Se acalme, eles estão bem - O médico o confortou e Alfonso pôde respirar.

- Posso vê-la?

- Sim, mas ela está dormindo, precisa descançar, por isso preciso que ela fique aqui no máximo uns dois dias, para fazermos alguns exames mais a fundo, saber o sexo da criança e etc.

- Mas ela estava sangrando - O lembrou.

- Sim, mas nada prejudicial, vocês vieram a tempo o que não a fez perder muito sangue - O doutor levou Alfonso até o quarto onde Anahi descançava, estava um pouco pálida mas nada muito preocupante. O médico saiu, os deixando sozinhos.

- Any - Ele deu um beijo na testa dela e segurou uma de suas mãos. Alfonso ficou horas ali, velando o sono dela, até não aguentar e ele mesmo dormir.

Anahi acordou mais tarde, a mão que Alfonso não estava segurando indo direto a barriga, ela suspirou aliviada ao ver que ainda estava ali, seu filho estava vivo, tudo estava bem. Anahi percebeu Alfonso dormindo ali no seu lado, e ele acordou com o movimento dela.

- Meu amor, nosso filho está bem, você está bem, foi só um susto - Ele deu um beijo na testa dela.

- Eu me senti mal... Eu cai - Ela contou lembrando, as lagrimas temendo em cair de novo.

- Foi minha culpa, me desculpa - Alfonso disse sincero, ele se sentia culpado, se não tivevesse brigado com ela, ela não teria passado mal.

- Não foi sua culpa - Anahi o confortou, acariciando ternamente o rosto dele - Eu passei quanto tempo dormindo? - Ela agora olhava o quarto, sentia o corpo todo dormente.

- Umas três horas mais ou menos.

- E você, todo desconfortável ai - Anahi se mexeu deixando um espaço pra ele - Deita aqui comigo.

- Eu posso te machucar.

- Não, deita aqui - Alfonso deitou e a abraçou. Ela apoiou a cabeça no peito dele, e ele a apertou mais contra si.

- É claro que eu me preocupo com você - Ele sussurrou depois de algum tempo em silêncio - Tanto quanto me preocupo com o nosso filho, você sabe, não é?

- Eu sei - Anahi disse, mas ao mesmo tempo se sentiu muito feliz por ele ter falado aquilo. Alfonso segurou o rosto dela, e Anahi fechou os olhos, estavam muito próximos, próximos como não estavam a muito tempo.

O médico entrou no quarto e eles se separaram, Alfonso queria chutar a cara dele.

- Vamos fazer um exame? Está na hora de escutarmos o coraçãozinho do seu bebê, e dependendo da posição em que se encontra, podemos saber até o sexo agora - Alfonso saiu da cama e uma enfermeira entrou no quarto ajudando Anahi a ir a outra sala para fazer a ultrassom.

Anahi vestiu a roupa e se deitou na cama, Alfonso logo estava lá segurando a mão dela enquanto o médico passava um gel gelado na barriga nua dela. A tela preta ligou, aparecendo alguns sinais que nem Anahi e nem Alfonso conheciam, em breve um som alto encheu a sala.

- Esse é o coração do seu neném - O médico informou e Alfonso apertou mais a mão de Anahi que já estava chorando. Alguns segundos depois, outro barulho apareceu, Anahi olhou Alfonso estranhando e o doutor sorriu - Ora ora ora, o que temos aqui? - O médico continuou passando a maquina. Dois corações batiam agora, forte, nitido - Gemêos - O médico confirmou o que Anahi e Alfonso estavam pensando.

Alfonso também chorava agora. Gêmeos. Meu Deus. Anahi sorria entre as lagrimas e Alfonso a abraçou, depositando um pequeno selinho nos labios dela, apenas pra sentir.

- Aqui está - O médico apontou alguma coisa na tela e Anahi e Alfonso o acompanharam, dava pra ver agora claramente os dois fetos.

- Temos aqui um menino - Alfonso gargalhou e Anahi revirou os olhos, mas sorria também - E aqui temos... Uma menina - Agora foi a vez dela de sorrir convencida.

Tanta discussão se era menino ou menina, que acabaou sendo: os dois.