Fanfic: Good To You | Tema: Rebelde, Ponny

Alfonso tinha acabado de dá o nó na gravata quando passou pelo quarto de Anahi, ele ficou ali parado alguns minutos a olhando. Anahi estava toda jogada na cama, com o lençol embolado entre as pernas, meio de lado já que a barriga não permitia que ela dormisse do jeito que mais gostava: de bruços. Ele sorriu analisando cada detalhe.

Acontece que desde o incidente do hospital, ela finalmente tinha dado razão a ele e se mudou indo morar com Alfonso, porém em quartos separados. Naquele dois dias que ela passou no hospital, ele não saiu do lado dela.

- Vê se essa é a ultima vez que nos encontramos no hospital - Christian brincou quando todos eles chegaram pra visitá-la naquele dia. Logo quando Anahi saiu do hospital foi direto pro apartamento de Alfonso, Dulce e Maite foram pegar as coisas dela já que não podia fazer esforço.

No dia seguinte, Dulce, Maite e o resto do grupo foram ao apartamento de Alfonso para uma reunião que rendeu muitas risadas e muitas lembranças, por ultimo pra completar a festa: Dulce e Christopher anunciaram que tinham ficado noivos, se casariam daqui a três meses.

Desde então a relação de Anahi e Poncho era um pouco inconstante graças a mudança de humor que a gravidez lhe proporcionava, brigavam por besteira, varias vezes Alfonso a pegou chorando assistindo algo na televisão, uma das vezes ele até assistiu com ela. Alfonso estranhou quando Anahi se estreitou perto dele, mas não se opos, a vontade de beijá-la era grande, mas ele não ia estragar fazendo alguma besteira. Com certeza, não ia reclamar.

Alfonso saiu pra trabalhar aquela manhã depois de ficar assistindo dormir por um tempo, mandou a empregada preparar um bom café da manhã pra Anahi e saiu pra trabalhar. Aquele dia seria longo.

- Mãe, não posso falar agora - Alfonso estava no meio de uma reunião importante quando sua mãe ligou.

- Meu filho - Ela chorava contida, a tremedeira na voz a denunciava - É seu pai.

Eram 22:00 horas e Alfonso ainda não tinha chegado em casa, Anahi disse pra si mesma que não estava preocupada. A relação deles ia bem, mas ela não entendia porque ele nunca mais tinha tentado nada com ela. Mas então deu meia noite e ele continuava fora, Anahi estava morrendo de sono, mas não queria ir dormir, queria esperá-lo, ela assistia televisão na sala depois de comer três tortinhas de chocolate quando adormeceu.

Alfonso chegou minutos depois e um sorrisinho escapou de seus lábios, sua mulher, na sua casa, gravida de seus filhos, esperando por ele, era mais do que ele podia sonhar. Anahi dormia toda desconfortável no sofá, tinha a testa enrugadinha de preocupação com algo que acontecia em seu sonho. Alfonso tirou a blusa que devia estar só virus do hospital onde esteve a tarde toda, ele se aproximou passando um braço por de baixo das penas dela para carregá-la quando Anahi acordou.

- Oi, você chegou - Ela sorriu acariciando o rosto dele de leve - Tudo bem?

- Vai ficar. Vem, vou levar você - Ele fez menção de levantá-la.

- Não precisa, sou pesada agora - Disse segurando a barriga e ele sorriu.

Alfonso foi direto pro seu quarto, estava tão cansado! Só percebeu que ela tinha o seguido quando ela falou sentada na cama dele.

- Seus olhos estão vermelhos, você chorou? 

- Preciso de um banho - Ele comentou ignorando o assunto, mas Anahi o conhecia melhor do que ninguém, de jeito nenhum ela conseguiria dormir sem saber o que ele tinha, obviamente aconteceu algo. Ela esperou o chuveiro desligar e mais alguns minutos pra dá tempo dele se vestir e entrou no banheiro. Alfonso estava acabando de escovar os dentes, ela apareceu por tras dele.

-Quer me contar agora? - Alfonso suspirou.

- Meu pai - Ele desabafou - Passou mal, minha mãe pensou que a doença podia estar voltando - Anahi o abraçou por trás preocupada. (Uma pequena observação: eu comentei que o pai do Alfonso teve cancer a alguns anos atrás, eu fui atras de algo pra explicar legal pra vocês porque eu não entendia nada sobre isso, me perdoem se eu estiver errada). O pai dele tem cancer de esofago, hoje em dia se o cancer for descoberto cedo e a doença não se espalhar pra outros lugares do corpo tem grandes chances de cura com o tratamento certo, esse cancer do pai dele é de dificil tratamento mas tem como diminuir os riscos, só que há chances de em alguns anos o cancer voltar a piorar - Papai teve um problema no estomago e acabou vomitando um pouco de sangue, um dos sintomas da doença que ele teve. Porém, depois de varios exames foi comprovado que não era nada demais, alarme falso.

- Que bom, amor - Anahi nem percebeu de que o chamou, apenas saiu - Amanhã eu vou com você ao hospital, sim?

- Acho melhor não, lá é cheio de virus e você pode adoecer, não quero isso.

- Mas eu quero ir - Ela o abraçou mais forte por trás, fazendo um carinho no peito desnudo dele, a posição não era muito legal já que a barriga grande ficava entre os dois.

- Então nós vamos - Alfonso sorriu olhando pra ela através do espelho, segurando as duas mãos dela antes de se virar de frente, segurando-a pela cintura.

- Eu gostaria que você tivesse me avisado... Fiquei preocupada - Anahi desviou o olhar pro chão e ele suspendeu o queixo dela de novo com a mão para que voltasse a olhá-lo.

- Obrigado por se preocupar - Ela levou uma das mãos até os olhos dele que ainda estavam vermelhos pelo choro, acariciou o rosto dele até chegar nos labios, o olhar dela caiu até onde sua mão estava. Anahi se aproximou até subtituir a mão com seus próprios labios, mordendo devagar o labio inferior dele. Alfonso até então que estava só observando, levou uma de sua mãos até o cabelo dela, emaranhando ali, puxando para mais perto do jeito que podia.

Anahi passou os braços em volta do pescoço dele, suspirando entre o beijo, o que começou com um selinho aos poucos ganhava vontade, tesão prendido por tanto tempo, ela acariciava os musculos da costa dele de forma pregada, enquanto ele a segurava pelo cabelo mantendo-a no lugar para beijá-la como bem entendia. Quando Anahi começou a tentar empurrá-lo pra fora do banheiro, para o quarto, ele parou.

- Que foi? - Ela tentou voltar a beijá-lo, os hormonios a flor da pele, mas ele se manteve.

- Melhor não, Any, hoje não - Alfonso precisou de toda sua força para não continuar com aquilo.

- Ta me recusando? - Ela perguntou ultrajada.

- Nunca. Mas não quero fazer nada que vamos nos arrepender depois, desculpe - Ele acariciou o rosto dela de leve, e ela entendeu. Não gostou, mas entendeu.

- Boa noite, meu amor, dorme bem -Anahi deu um selinho breve nele, e saiu indo para o seu quarto, o deixando sozinho.