Fanfic: The girl from Ipanema | Tema: The Maine

Eram onze e meia da manhã e o boeing 777-200 tinha acabado de pousar no Galeão. Eles tinham saído do aeroporto de Heathrow, em Londres, trocado de aeronave no aeroporto de Dulles, na capital Washington, e depois de uma viagem de mais de um dia de duração, finalmente chegaram na Cidade Maravilhosa.

John acordou com o tapinha de Pat em seu antebraço.

- Chegamos, cara. - Pat disse antes de se levantar para pegar as coisas no compartimento interno do avião.

John desligou a música do Ivory que escutava e tirou os fones de ouvido que serviram de companhia durante grande parte do percurso Washington-Rio.

A banda tinha feito seu show mais recente em Nottingham e agora estava em solo brasileiro para se apresentar em quatro capitais do país: Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

John se levantou, pegou suas coisas e dirigiu-se à fileira composta por seus amigos, que iriam até o freeshop do aeroporto.

Enquanto Garrett e John ocupavam seu tempo escolhendo whisky na seção de bebidas, Nick, Jared, Kennedy e Pat se divertiam experimentando óculos e roupas femininas.

Depois que pegaram suas malas e saíram da área de desembarque, procuraram em meio aos abraços lotados de saudades e beijos mais verdadeiros do que os vistos em certos casamentos, qualquer estande de aluguel de carros. Eles acharam, alugaram um Doblô com GPS e entraram no carro.

Jared no volante. John no carona. Nick, Pat, Garrett e Kennedy espremidos no banco de trás porque as malas ocuparam todo o porta malas e eles não tiveram como utilizar do sexto banco. 

- Da próxima vez traga menos calcinhas, Nick. - foi o que Pat disse sobre o assunto.

John colocou o cd `Icon`, lançado em agosto de 2010 que reúne as faixas de maior sucesso do Nirvana, e os meninos cantaram You Know You`re Right enquanto passavam por alguns cartões postais da cidade.

Quando enfim chegaram no hotel graças a quase divina atenção que Jared deu aos comandos do GPS, cada um foi para o seu quarto, deitou em sua respectiva cama e adormceu. Bem, menos John. John havia dormido tempo suficiente no avião e não estava bem equilibrado espiritualmente. Não que John acredite nessa coisa de alma e equilibrio espiritual, ele acha toda essa coisa uma baboseira sem fim, mas ele não estava bem há um bom tempo.

Enquanto Nick dormia em uma das camas de solteiro do quarto em que os dois dividiriam, John abriu um pouco a cortina para ter uma visão do Arpoador. Não pensou duas vezes, colocou uma bermuda e camisa e foi até a praia.

John tirou seu coturno preto, sentou na famosa pedra do Arpoador, sentiu o vento que vinha do meio oeste bater em sua face, ouviu as ondas beijarem a areia, observou os pescadores, com extrema paciência, esperarem que os peixes caiam em suas armadilhas e fisguem o anzol. John esqueceu seus problemas, finalmente estava realmente calmo em anos. Não pensava mais em Emma, ou em Linsday, em Willow ou em qualquer garota certa que ele tenha feito a coisa errada. Ele estava em paz.

Quando o sol já indicava que eram quatro horas da tarde, John saiu do transe, calçou seu coturno e se levantou.

Um pedaço de papel vinha voando em sua direção, mais um presente trazido com o vento, assim como as borboletas - que são flores que o veno tirou para dançar. Lentamente, o papel ia caindo no chão. John pegou a folha e leu o que, em belos garranchos, estava escrito.

"Et iuravit ei numquam dicere"

Continua...