Fanfic: Planos de sedução AyA (Adaptada) | Tema: AyA

Percebendo que Anahi não estava propensa a par­tilhar de seus pensamentos mais íntimos, Hunter esco­lheu um assunto mais brando.

— Diga-me, como vai o restante de sua família?

— Bem. Dylan foi a Chicago para o casamento. — Se seu aventureiro irmão caçula não tivesse planejado pegar um avião de volta ao oeste na manhã seguinte à festa, era provável que ela tivesse adiado por um dia ou dois a partida para as montanhas. Não vira Dylan durante um ano inteiro.

— O que ele tem feito ultimamente? Andou pegando a sua mania de viajar pelo mundo?

—  Dylan prefere mais o lado oeste do país, mas com toda a certeza não fica num lugar só por muito tempo. Ele tem trabalhado no circuito de rodeios de lá. Até ganhou alguns campeonatos. E você soube que Christopher e Dulce adotaram uma garotinha de nove meses, chamada Hope?

— Ele mencionou algo quando nos falamos por telefone. Parece que está exultante com o fato.

— Sem dúvida. Hope é um bebé adorável.

— A propósito, achei que você já teria formado uma família própria a esta altura.

— Poderia dizer o mesmo sobre você.

— Bem, é difícil conciliar a vida de policial com uma família. Eu me mudei para cá porque minha mulher, Trícia, andava muito preocupada com o fato de eu ser um policial no esquadrão especial de Chicago. Achei que seria mais fácil se eu trabalhasse para o departamento de segurança deste condado, e me designaram como o xerife da região. O perigo envolvido no trabalho é bem menor aqui numa área rural do que era na cidade grande.

— Mas ainda há perigo?

Poncho deu de ombros.

— A própria vida já é perigosa. Mas não foi apenas o perigo que afundou meu casamento. Ironicamente, foi o fato de que minha ex-mulher detestava morar aqui. Dizia que acabaria enlouquecendo neste fim de mundo e coisas assim. A última notícia que tive foi a de que ela havia se mudado de volta para Chicago e se casado outra vez, com um encanador, acho eu.

— Ao que me parece, você teve sorte de se livrar de uma cabeça-de-vento dessas. Você nunca teve mesmo muito bom gosto em relação às mulheres — disse-lhe ela, sem cerimônia. — Lembra-se daquela ruiva tola com quem você namorou no colegial? "Sindy com S, viu?".

—  Eu não estava saindo com ela por causa de suas habilidades em soletrar.

— Isso era óbvio.

— Fico surpreso que ainda se lembre de Sindy.

—  Uma exibicionista como aquela é difícil de se es­quecer — declarou Anahi, secamente. — Mas, sabe, eu tenho certeza que você deve ter se esquecido de muitas coisas dos velhos tempos.

— Eu não me esqueci de você.

— Oh, sim. Tenho guardados todos os cartões e cartas que você me mandou ao longo dos anos — disse ela, zombeteira.

Dessa vez, ele pareceu um tanto embaraçado.

—  Bem, você sabe que não mandei nenhum porque não levo muito jeito para esse tipo de coisa.

Poncho estivera casado na época, assim Anahi não esperara ter notícias suas, não quisera tê-las. Quisera esquecê-lo, e conseguira durante boa parte do tempo.

Certo, talvez uma pequenina parte em si tivesse com­parado os namorados que tivera com Poncho, e nenhum dos rapazes da cidade vencera ao serem confrontados com o magnetismo dele. Mas não estivera infeliz com sua vida. Longe disso.

Recentemente, porém, sua vida desmoronara, ficara em frangalhos.

Seu grande bocejo afastou-lhe os pensamentos sombrios.

— Acho que essa é a minha deixa para ir embora para que você possa dormir — notou ele, num tom seco.

—  Desculpe — murmurou Anahi, cobrindo a boca com a mão. — Não é a companhia. Só estou cansada.

— Posso ver.

— Obrigado por ter vindo, mas estarei bem. De verdade.

— Sei que estará — assentiu Poncho. O que não men­cionou foi que pretendia manter-se por perto para se certificar disso.

Continuem comentando meninas!! bjos