Fanfics Brasil - Capitulo 14 Planos de sedução AyA (Adaptada)

Fanfic: Planos de sedução AyA (Adaptada) | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 14

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Era curioso, pois nunca tivera muita habilidade para desenhar antes. Na verdade, aquilo se tornara até uma espécie de troça na escola, onde seus desenhos sofríveis eram superados pelos de qualquer aluno.


Havia muitas coisas que sentia falta em relação a le-cionar... a sensação de que podia fazer alguma diferença na vida dos outros, a interação com as crianças, a ex­pressão interessada nos olhos de seus alunos enquanto ouviam suas explicações de ciências ou matemática. Pela primeira vez em um longo tempo a ideia de lecionar outra vez não a deixava tomada por um pânico irracional. Ainda não estava preparada para retornar; não, em absoluto. Sentia, no entanto, que a serenidade daquele lugar co­meçava a lhe produzir algum efeito relaxante.


Ao menos estaria um pouco mais confiante para lidar com a persistência de Alfonso em tentar descobrir algo sobre o que a afligia. Será que ele apareceria naquela noite, conforme sugerira?, perguntou-se. Afinal, não lhe dissera que na noite seguinte, ela prepararia o jantar para ambos? E o conhecia o bastante para saber que não o teria dissuadido da ideia com sua resposta pouco de­licada de que não tinha ido às montanhas para cozinhar. O sol começava a se pôr, e com a vista privilegiada da cabana no alto da colina, Anahi podia contemplar os etéreos rastros alaranjados no horizonte. Alfonso de­veria estar voltando do trabalho logo.


Ao final, porém, acabou não aparecendo naquela noite para saborear o suflê de queijo que ela fez. Na verdade, não voltou para casa, ao menos Anahi não ouviu o carro dele subindo pelo caminho de cascalho até as quatro da madrugada; horário em que, enfim, acabou adormecendo.


Na manhã seguinte, ela acordou com o canto dos pássaros e saiu para uma caminhada. Não teve a intenção de seguir na direção da cabana de Alfonso . Os pés apenas a conduziram até lá, quase como que por vontade própria, embora nunca tivesse estado no lugar antes. O estilo da cabana era igual ao da de Christopher , com a adição de uma chaminé de pedra numa das extremidades.


O carro dele não estava parado em frente, e não havia ninguém em casa. Tentou não se preocupar, lembrando-se que o homem estivera cuidando de si mesmo muito bem já havia anos.


Mas as dúvidas surgiram de qualquer modo. E se algo tivesse lhe acontecido? Teria havido algum problema sé­rio no trabalho? Sabia que sua preocupação não era ló­gica. Como ele mesmo dissera, ali não era Chicago; per­seguições policiais cinematográficas e tiroteios não acon­teciam em Lonesome Gap.


Deu-se conta de que estava um tanto trémula quando retornou pelo caminho de cascalho. Como saberia se acon­tecera algo com Alfonso? Não havia telefone na cabana, e ela não lhe dera o número do celular que o irmão in­sistira para que levasse consigo na viagem.


Pare com isso!, ordenou a si mesma, exasperada. Não acontecera nada com ele. Céus, que tipo de medrosa es­tava se tornando, afinal?


Sua ansiedade só serviu para lembrá-la que não se achava em condições de lidar com o perigo envolvido na vida de um representante da lei, e detestava estar tão enfraquecida.


Sim, Alfonso merecia alguém tão forte quanto ele.


Ela acabava de sair do chuveiro quando ouviu uma batida à porta da cabana. O coração disparou de imediato.


—  Anahi, sou eu. — Era a voz possante de Hunter soando na varanda.


Esquecendo-se que estava usando apenas seu roupão rosa, Anahi correu para atender. Alfonso parecia exausto.


— Desculpe-me, mas não pude aparecer ontem à noite para aquele convite para jantar.


—  Oh, tudo bem. — Ela deu de ombros, fingindo in­diferença e indicou-lhe que entrasse. — Não foi um con­vite de verdade, afinal. Na verdade, você se convidou e, depois, eu tentei dissuadi-lo.


—  Sim. Bem, houve problemas na cidade.


—- O que aconteceu? Você se machucou? — Desta vez, Anahi não pôde ocultar a ansiedade da voz.


— Um idiota dirigindo uma caminhonete resolveu cor­rer feito um louco pela rodovia principal no sentido de Summerville. Só que na contra-mão. Decidiu desafiar um pequeno caminhão repleto de fertilizante que vinha pela pista certa, naquele jogo estúpido de ver quem é o "me­droso" que desvia primeiro. Ambos os veículos desviaram para evitar um acidente e, felizmente, em direções opos­tas. Como resultado, a caminhonete parou numa vala além do acostamento, e o caminhão de fertilizante tom­bou. Depois de se certificar que o motorista do caminhão estava bem, meu ajudante aproximou-se da caminhonete. E acabou levando um tiro no pé.


— Céus, ele foi baleado!


— Exatamente.


— E vai ficar bem?


— Sim. — Com um suspiro cansado, Alfonso desabou no sofá. — Considerando onde poderia ter sido atingido, até que teve sorte demais.


— Você não está me soando muito solidário.


— E nem poderia. Passei a noite completando o resto do turno dele e, depois, fiz o meu.


— Não foi culpa do pobre homem por ter sido baleado!


— Pois eu lhe digo, a culpa foi toda dele.


— Como assim?


— Meu ajudante, Christian Chavez , atirou no próprio pé — explicou Hunter, desgostoso. — Estava se aproxi­mando da caminhonete e se preparando para sacar a arma do coldre quando tropeçou em algo na relva à beira da estrada, um pedregulho, ou sei lá o quê. O dedo es­corregou no gatilho e atirou no próprio pé. E, ainda por cima, o tolo não estava usando os sapatos do uniforme, que são mais resistentes. Quando o socorri, estava san­grando muito, mas pareceu mais grave do que realmente era. Quanto àquele outro miolo mole, o motorista da ca­minhonete, está numa cela aguardando transferência para a prisão do condado.


Sangrando muito... Anahi empalideceu com as palavras.


— Você não me parece muito bem — notou Alfonso, preocupado. — Não vai cair desmaiada no meio da sala, ou algo assim, não é? — Levantando-se depressa, passou um braço forte em torno da cintura dela e á amparou com gentileza de encontro ao peito.


Com a proximidade, Anahi deu-se conta de uma reação instantânea em seu íntimo. Sua respiração ficou em suspenso, e pode sentir o calor se irradiando do corpo dele. Estava usando o uniforme de xerife, composto de uma jaqueta de couro preto, calças da mesma cor e camisa azul. O cinto largo abrigava os apetrechos de aspecto oficial, como as algemas e a munição. Agora que o ob­servava mais de perto, ela viu que, na verdade, a calça era um jeans preto. O modelo ajustado delineava-lhe o corpo forte, destacando o vigor das pernas, a figura atlé­tica, proporcional.


Pare! Ordenou a si mesma, zangada por cair vítima de suas próprias emoções por aquele homem. Eram emo­ções que pertenciam ao passado, não ao presente, tratou de se lembrar.


— Você está tremendo. — O tom de Alfonso era de incredulidade. Estreitou o olhar para fitá-la. — Esta reação tem algo a ver com o que aconteceu com você, não é?


— Não quero falar sobre isso.


—  Talvez seja melhor me contar. Sabe que não vou desistir de arrancar a verdade de você. É uma questão de tempo.


Furiosa, Anahi lançou-lhe um olhar faiscante.


— O que lhe dá o direito de...


Alfonso não a deixou terminar.


—  Isto dá. — E selou-lhe os lábios com um beijo.


 



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Autor(a): steph_maria

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • tinkerany Postado em 08/09/2016 - 03:43:43

    Fanfic Maravilhosa! Li ela em dois dias 😍 obrigada por está história.

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 13:24:01

    muito linda a fic* amei ;)

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 12:51:52

    *-*

  • bellaherrera Postado em 29/04/2014 - 09:04:45

    Eu confesso que irei sentir muitaaa falta dessa web já que ela é a minha favorita de todas que vc ja postou,porem eu sei vira muitas webs suas otimas pela frente!Eu ja suspeitava que a Annie nao viu um mendigo quando abriu a caixa magica!!Amei ver a Anahí finalmente declarar para o Poncho!Amei muito a cena final *--* Foi um final perfeito para uma web perfeita <3 sentirei falta dessa web!!!Continue sempre postando webs e deixando feliz!Beijoss

  • portillas2 Postado em 27/04/2014 - 17:12:50

    Sério que já tá no final? vou sentir falta :( sei que tava sumida mas acompanhei capítulo por capítulo só que pelo celular é péssimo para comentar e enfim vou acompanhar a sua nova bjus :)

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 21:02:10

    ai meu deus o que poncho fez???? ;(

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 20:57:43

    será que poncho não vê que any ama ele desesperadamente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 19:57:11

    dios mio any era virgem!!!!!! :o

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 17:10:46

    *-*

  • bellaherrera Postado em 26/04/2014 - 12:27:03

    Anemm nao acredito que essa web ja esta chegando ao final ; / mas por outro lado espero que o casal AYA terminem juntos em!!!Ainda bem que tem a sua outra web para eu ler kkk Posta mais,bjs!!!


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