Fanfics Brasil - Capitulo 16 Planos de sedução AyA (Adaptada)

Fanfic: Planos de sedução AyA (Adaptada) | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 16

14 visualizações Denunciar


Alfonso pegou-lhe a pequena mão num gesto reconfortante.


— Pode me contar.


—  Ouça, eu... Antes de poder lhe falar o que houve, preciso da sua promessa solene de que não vai contar ao meu irmão, nem a mais ninguém. — Anahi notou que ele estava prestes a protestar e libertou a mão abrup­tamente. Encarou-o, esquecendo-se da decisão de segun­dos atrás de não fitá-lo nos olhos. A raiva ajudou-a a não vacilar. — Estou falando sério.


— Está bem.


— Prometa.


— Eu prometo.


— E que... — Ela hesitou, colocando o cabelo para detrás da orelha antes de prosseguir. — Algo aconteceu na escola. Eu fui assaltada por um ex-aluno. A culpa foi minha...


— A culpa foi sua por ter sido assaltada?


— Fiquei no prédio da escola até mais tarde, horas a mais do que já havia ficado em alguma outra ocasião. Já tinham ocorrido problemas antes... estamos falando de uma escola numa parte violenta de Chicago. Não que o ambiente de trabalho ou os arredores fossem assim tão pesados. Apenas acontece que se aprende a tomar certas precauções. Não tomei esses cuidados naquele final de tarde.


— Foi ferida? — perguntou ele, de imediato. Anahi  tocou a cicatriz imperceptível na garganta enquanto sacudia a cabeça.


— Na verdade, não. Duane segurou a faca de encontro à minha garganta... era apenas um garoto e estava fora de si por causa das drogas. Eu não sabia o que seria capaz de fazer naquele estado. Dei-lhe o pouco dinheiro que tinha comigo, e ele me largou. Reconheci-o quando o vi fugindo. Chamei a polícia...


— Então, como foi que Christopher não ficou sabendo?


— Porque me certifiquei de que a polícia não lhe con­taria. Meu irmão já estava envolvido demais com os pró­prios problemas na ocasião. Não precisava ter que ficar se preocupando comigo.


— Alguém deveria.


Ela lhe lançou um olhar atravessado.


— Está bem, está bem. — Alfonso ergueu as mãos no ar para indicar que conteria a língua, por enquanto. — Continue. Pegaram o garoto?


—  Ele... morreu no dia seguinte. Vi no noticiário da tevê. Duane estava fugindo a pé, a polícia o perseguia, e ele correu na frente de um ônibus. Morreu instanta­neamente. — Anahi não pôde dizer mais nada. Não conseguia falar sobre todo o sangue, nem suportar o lam­pejo de memória.                                 •


— E você vem tentando lidar com tudo isso sozinha? — O tom de Alfonso soou um tanto severo.


— Não. Quando comecei a chorar sem parar, eu com­preendi que precisava de ajuda. Fui me consultar com um psicanalista em seguida. Logicamente, sei de todas as razões que me fazem sentir como estou. Só preciso de algum tempo para superar esse choque.


— E foi por isso que veio até aqui?


—  Sim.


—  Ora, foi uma tolice de sua parte tentar lidar com uma situação dessas sozinha — declarou ele com a típica franqueza. — Deveria ter contado à sua família e aos seus amigos.


Anahi irritou-se com aquele tom de "irmão mais velho",


— Uma amiga minha em Chicago sabe o que aconteceu. Divido um apartamento com ela perto de Lincoln Park. Tive que explicar por que iria me ausentar por algumas semanas. Antes de partir, deixei paga a minha parte do aluguel até o final do período letivo, quando termina nos­so contrato com o dono do imóvel. Eu já estava com a situação sob controle antes de você aparecer. — E de me enlouquecer de paixão com seu beijo, acrescentou uma voz traiçoeira em sua mente. — Tudo vai ficar bem depois que eu tiver descansado e me recuperado. Venho lecio-nando há sete anos. É provável que eu estivesse preci­sando parar um pouco. Talvez tenha sido a mão do destino que me forçou a uma pausa necessária.


Alfonso estudava-a atentamente.


— Você não está achando que tem alguma culpa na morte daquele garoto, certo?


— O que o faz perguntar isso?


— Conheço você.


— Não tão bem quanto pensa.


— Talvez não. Mas eu a conheço bem o bastante para saber que você é do tipo de mulher que lamentaria pela perda de uma vida, fosse qual fosse, quanto mais a de alguém que tivesse sido seu aluno. Christopher já comentou como você sempre fez questão de trabalhar horas extras na escola, de usar seu próprio dinheiro para comprar materiais, de dedicar tempo e esforços para fazer com que as crianças se sentissem importantes.


—  Elas são importantes. As crianças são a nossa es­perança para o futuro. Em resposta à sua pergunta, eu sei, racionalmente, que não fui responsável pela morte de Duane. — Quanto a emocionalmente falando, já era uma outra história, pensou Anahi. Recusava-se a con­fessar sua culpa, o medo secreto de que se tivesse feito algo diferente, se não tivesse ficado até tarde na escola naquele dia, Duane Washington talvez ainda estivesse vivo agora. Essa era uma realidade com a qual continuava tentando lidar. A polícia lhe dissera que se não houvesse denunciado Duane, alguma outra pessoa acabaria por fazê-lo. Quando a assaltara, o garoto não estivera come­tendo o seu primeiro crime. — Eu só gostaria de ter podido fazer algo para evitar o que houve. Mas você sabe como eu sou determinada. Logo estarei de volta às minhas aulas. — Disse as palavras automaticamente, querendo que Hunter parasse de se preocupar a seu respeito. — Só preciso de uns dias tranquilos agora, de tempo para relaxar, desfrutar a paz das montanhas, desenhar um pouco.


— Não sabia que você desenhava.


—  Nem eu — declarou ela com um pequeno sorriso. — Nunca fui capaz de desenhar nada que prestasse antes. Talvez só estivesse me faltando a inspiração. Puxa, mas aqui há beleza o bastante para inspirar qualquer um.


—  Tem toda a razão — concordou Hunter, fitando-a fixamente enquanto falava.


Anahi afastou uma mecha de cabelo do rosto com nervosismo. Sentia-se emocionalmente exposta, e não es­tava sendo nada fácil desvendar tanto de sua alma.


—  Acho que se pode dizer que perdi o meu posto de pessoa mais destemida da família. — Apesar da tentativa de amenizar a revelação com um quê espirituoso, acabou terminando com um sussurro sombrio: — Não tenho mais certeza sobre quem eu sou.


Alfonso sabia quem ela era e trataria de provar-lhe que era uma mulher muito especial. Não lhe disse isso no momento, sabendo que Anahi não acreditaria em suas palavras. Podia ver a vulnerabilidade que tentava desesperadamente esconder, ler o medo profundo nas en­trelinhas. Não, meras palavras não o dissipariam. Teria que lhe demonstrar o quanto era extraordinária.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): steph_maria

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

  Na verdade, ele próprio ainda estava descobrindo o quan­to... o beijo que haviam partilhado o afetara, mas de um jeito muito bom! Não podia mais afirmar que queria aju­dá-la apenas porque era a irmã de Christopher . O contato dos doces lábios dela de encontro aos seus havia eliminado tal pretexto por completo. O que se dava ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • tinkerany Postado em 08/09/2016 - 03:43:43

    Fanfic Maravilhosa! Li ela em dois dias 😍 obrigada por está história.

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 13:24:01

    muito linda a fic* amei ;)

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 12:51:52

    *-*

  • bellaherrera Postado em 29/04/2014 - 09:04:45

    Eu confesso que irei sentir muitaaa falta dessa web já que ela é a minha favorita de todas que vc ja postou,porem eu sei vira muitas webs suas otimas pela frente!Eu ja suspeitava que a Annie nao viu um mendigo quando abriu a caixa magica!!Amei ver a Anahí finalmente declarar para o Poncho!Amei muito a cena final *--* Foi um final perfeito para uma web perfeita <3 sentirei falta dessa web!!!Continue sempre postando webs e deixando feliz!Beijoss

  • portillas2 Postado em 27/04/2014 - 17:12:50

    Sério que já tá no final? vou sentir falta :( sei que tava sumida mas acompanhei capítulo por capítulo só que pelo celular é péssimo para comentar e enfim vou acompanhar a sua nova bjus :)

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 21:02:10

    ai meu deus o que poncho fez???? ;(

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 20:57:43

    será que poncho não vê que any ama ele desesperadamente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 19:57:11

    dios mio any era virgem!!!!!! :o

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 17:10:46

    *-*

  • bellaherrera Postado em 26/04/2014 - 12:27:03

    Anemm nao acredito que essa web ja esta chegando ao final ; / mas por outro lado espero que o casal AYA terminem juntos em!!!Ainda bem que tem a sua outra web para eu ler kkk Posta mais,bjs!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais