Fanfics Brasil - Capitulo 27 Planos de sedução AyA (Adaptada)

Fanfic: Planos de sedução AyA (Adaptada) | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 27

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—  Estou tentando decidir qual desses dois arranjos devo levar... o de flores vermelhas, ou o de botões cor-de-rosa... — comentou Anahi com Alfonso. Ele insistira em acompanhá-la na caminhada por Lonesome Gap du­rante o restante de seu horário de almoço. E enquanto estivesse a seu lado, ela sabia que não conseguiria obter mais nenhuma informação sobre a biblioteca.


Achara que a melhor maneira de fazê-lo voltar logo ao escritório seria submetendo-o a algumas compras na Galeria dos Presentes, a única loja do género na cidadezinha. Mas sua estratégia não funcionara. Na verdade, a loja se parecia realmente mais com uma galeria, cons­tituída de boxes individuais com trabalhos de uns dez ou quinze artesãos da região. Em exposição e à venda havia quase de tudo, desde esculturas e utensílios de madeira e arranjos de flores de seda até pinturas das montanhas e belas colchas de retalhos.


Anahi não estivera "fazendo compras" descontraidamente havia algum tempo, algo que costumara apre­ciar antes do ataque na escola. O lugar estava vazio, exceto por ela, Alfonso e a proprietária, que acabou sendo ninguém menos do que Ma Battle.


— Gosto de me manter ocupada — explicou ela, com seu jeito expansivo. — Puxa, Alfonso, eu não via você aqui há séculos.


—  Estou mostrando nossa tranquila cidadezinha a Anahi.


— Bem, então, quer dizer que vai levá-la até o prédio da biblioteca, certo?


— Não, senhora.


— Oh, eu adoro quando ele fica todo formal e respeitoso — disse a mulher a Anahi, com um sorriso. — Isso me lembra da época em que eu era a professora da escola dominical e costumava apanhá-lo grudando goma de mas­car no cabelos das coleguinhas de classe.


— Ele ainda não havia perdido esse hábito quando se mudou para Chicago — revelou Anahi. — Fez isso no meu cabelo também. Mas foi apenas uma vez.


—  O pai dela me disse que me jogaria uma terrível praga cigana se eu tentasse fazer aquilo outra vez. — Alfonso abriu um sorriso, recordando-se nitidamente do episódio, apesar de terem se passado vários anos desde então. — Nunca mais fiz, claro.


Enquanto a conversa com a expansiva Ma Battle pros­seguia, Anahi acabou decidindo levar os dois arranjos de flores, além de uma adorável colcha de retalhos e um pote cerâmico azul e branco, achando que dariam um toque especial à cabana. Era curioso como já a vinha considerando como um lar, como parecia já estar criando raízes na re­gião... Afastou os pensamentos abruptamente, achando um tanto perigoso examinar seu apego ao lugar muito de perto. Estava ali apenas de passagem, lembrou a si mesma. A vida que deixara em Chicago estava simplesmente à espera de que se sentisse refeita para retomá-la.


Minutos depois, ela e Alfonso deixavam a Galeria dos Presentes com os pacotes nos braços. Na verdade, ele carregava a maioria das coisas, insistindo em acompa­nhá-la até o carro. Deixara-o estacionado na frente do Pit Stop, com a permissão dos Twitty.


Por que seu carro vermelho, de modelo compacto, pa­receu-lhe ainda menor quando Alfonso parou ao lado da porta?, Perguntou-se de repente. Na verdade, pareceu quase íntimo enquanto ambos esbarravam o ombro um no outro, ao guardarem as compras no banco de trás e no porta-malas.


— Obrigada pela ajuda. — Por pouco, Anahi não prendeu a mão dele no porta-malas na sua ansiedade de fechá-lo e se pôr a caminho. Não estava tendo um acesso de pânico como o que tivera em consequência do ataque em Chicago. Não, esse caso de nervosismo era provocado exclusivamente por hormônios e pela presença de Alfonso. Tinham estado juntos durante a última hora ou mais, e era de admirar como ela tivesse conseguido se abster de cometer alguma bobagem, como, por exemplo, deixar es­capar o quanto se sentia afetada por ele. Sentia uma atração tão poderosa por aquele homem que seu coração disparava a cada vez que lhe fitava os olhos verdes, que lhe ouvia a voz possante. O desejo èra tamanho que a fazia sonhar acordada com ele, que a levava a querer beijá-lo até que ficassem sem fôlego. Aliás, bastava re­cordar dos poucos beijos que já haviam trocado para que uma espécie de febre a consumisse; sim poucos mas tór­ridos o bastante...


Céus, tinha que subir a montanha antes que acabasse bancando a tola e se atirando naqueles braços!


— Obrigada pela ajuda — repetiu, depressa. — A gente se vê...


— Eu apreciaria uma carona até o escritório — inter­rompeu-a ele.


— Não é assim tão longe... Não pode ir caminhando?


— Fiquei esgotado carregando todos esses seus pacotes.


— Sei — murmurou ela, desdenhosa. Inevitavelmente, seu olhar pousou nos bíceps que as mangas curtas da camisa do uniforme de xerife mal podiam ocultar. Des­viou-o abruptamente.


— Bem, se for incômodo para você... — Alfonso apelou para uma expressão tão desconsolada que Anahi teve que sorrir, embora relutante.


— Está parecendo o Bo Regard, ali na porta do Pit Stop.


— Não vai me dobrar com elogios.


— Está bem, vamos. Eu lhe dou uma carona.


Na ansiedade de fugir o quanto antes da tentação, Anahi teria até excedido os limites de velocidade um pouco se não fosse pelo fato de haver um homem da lei sentado no banco do passageiro. Ainda assim, o curto trajeto foi percorrido em menos de cinco minutos.


— Pronto, chegamos! — anunciou ela, com forçada jo­vialidade. — Serviço de motorista de porta a porta.


Em vez de descer de imediato, Alfonso sugeriu-lhe:


— Já que está aqui, por que não aproveita e vem co­nhecer o meu ajudante? Vai ficar magoado se souber que você esteve na porta e nem quis lhe dizer um "olá".


A esperança de uma rápida retirada estava cada vez mais distante. Além do mais, Anahi lembrou que ainda não tivera a oportunidade de verificar o prédio abando­nado da biblioteca. E quanto mais Alfonso tentava desviar sua atenção disso, mais determinava ficava a encontrá-lo. Talvez não nesse dia, mas em breve, sem dúvida.


O ajudante de xerife, Christian Chavez , revelou-se um rapaz bastante polido e um tanto tímido, que, na verdade, estava mais interessado em sair para sua hora de almoço do que em qualquer outra coisa.


— Estou indo almoçar, Alfonso. É o meu dia de ir ao Hazel`s Place.


— O que ele quis dizer com isso? — perguntou Anahi, depois que Christian se foi, apoiando-se em sua bengala.


— Nós costumamos nos alternar entre os dois restau­rantes. Dessa maneira, ninguém se sente ofendido.


— Quer dizer por causa da desavença entre os Rue e os Montgomery?


— Ah, então você já ouviu falar a respeito?


— Já, sim.


Em vez de entrar em maiores detalhes sobre o antigo caso, ele mudou de assunto.


— Então, o que acha das minhas humildes instalações?


— Pregue alguns pósteres na parede e isto aqui ficará igual à sua casa na árvore.


Alfonso riu do comentário mordaz. Essa era a Anahi que conhecia e amava. Alto lá!, ordenou a seus pensa­mentos errantes. Amava? De onde surgira aquela idéia? Seria isso que estava errado com ele? De jeito nenhum! Apaixonar-se por ela seria desastroso. Sabia que a veria voltando para Chicago cedo ou tarde. Portanto, tinha que manter a cabeça no lugar, ou acabaria sendo tolo o bas­tante para se expor a um sofrimento desnecessário.


Mas, puxa, Anahi ficava estonteante naquele jeans...


— E, então, vai me mostrar suas armas? — perguntou ela, zombeteira. — Ou isso só está incluído no pacote turístico mais caro?


Alfonso, porém, continuava observando-lhe as curvas bem-feitas. Seu olhar deteve-se naquelas mãos macias e delicadas e imaginou-as deslizando por seu corpo.


Notando que ele parecia um tanto aéreo, Anahi fran­ziu o cenho, preocupada.


— Ei, você está se sentindo bem?


— Claro que sim. — Havia um ligeiro quê de incerteza na costumeira voz confiante de Alfonso. — Quer ver mi­nhas algemas? — Abriu a primeira gaveta da mesa e sacudiu-as no ar.


— Posso usá-las em você?


Suspeitando do brilho sugestivo nos olhos castanhos de Anahi, pois não sabia se era causado por paixão ou pela expectativa de se vingar daquela goma de mascar nos ca­belos de tantos anos atrás, Alfonso ouviu-se dizendo:


— Apenas se estivéssemos na cama.


Ela arregalou os olhos, surpresa. Será que ele estava falando sério, ou aquilo não passava de troça? O sorriso maroto que lhe iluminava o rosto másculo e atraente tornava impossível descobrir.


Desviou o olhar, tentando disfarçar o quanto estava desconcertada.


— Não está se saindo assim tão bem como meu guia turístico, sabe?


— Desculpe. — Alfonso guardou as algemas na gaveta e fechou-a. — Não há tanto assim aqui para ver, na verdade. Este é o escritório, comum o bastante. Duas mesas, telefones, uma máquina de fax-símile, arquivos, além do restante do material necessário. Temos uma cela vazia nos fundos... — Abriu uma porta para mostrá-la. — Aquela outra porta ali adiante leva ao banheiro. E a sala do rádio é aqui... aliás, é mais como uma cabine de rádio. E isso é tudo.


Anahi fora ficando cada vez mais silenciosa, na me­dida em que o "tour" progredia. Vê-lo naquele ambiente de aspecto oficial trazia à tona o fato de que aquele era um homem que portava uma arma para ganhar a vida.


— Algo errado?


— Não. — Ela sacudiu a cabeça, lembrando a si mesma que Lonesome Gap não era Chicago e que ali Alfonso não estava exposto aos perigos e à violência da cidade grande. Ainda assim, no entanto, tudo o quanto bastaria era uma pessoa descontrolada e...


Fechou os olhos e procurou recompor-se, afastando os pensamentos sombrios.


— Está planejando voltar diretamente para a cabana ago­ra? — perguntou ele, notando-lhe a mudança na expressão.


Abrindo os olhos, ela assentiu.


—  Talvez eu vá vê-la mais tarde, então. — Aproxi­mando-se mais, Alfonso afagou-lhe a face com gentileza, os dedos roçando-lhe a pele numa carícia terna.


Quando deixou o escritório, Anahi perguntou-se se ele fizera aquilo apenas para distraí-la. Se fora essa a intenção, funcionara.



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Autor(a): steph_maria

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • tinkerany Postado em 08/09/2016 - 03:43:43

    Fanfic Maravilhosa! Li ela em dois dias 😍 obrigada por está história.

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 13:24:01

    muito linda a fic* amei ;)

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 12:51:52

    *-*

  • bellaherrera Postado em 29/04/2014 - 09:04:45

    Eu confesso que irei sentir muitaaa falta dessa web já que ela é a minha favorita de todas que vc ja postou,porem eu sei vira muitas webs suas otimas pela frente!Eu ja suspeitava que a Annie nao viu um mendigo quando abriu a caixa magica!!Amei ver a Anahí finalmente declarar para o Poncho!Amei muito a cena final *--* Foi um final perfeito para uma web perfeita <3 sentirei falta dessa web!!!Continue sempre postando webs e deixando feliz!Beijoss

  • portillas2 Postado em 27/04/2014 - 17:12:50

    Sério que já tá no final? vou sentir falta :( sei que tava sumida mas acompanhei capítulo por capítulo só que pelo celular é péssimo para comentar e enfim vou acompanhar a sua nova bjus :)

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 21:02:10

    ai meu deus o que poncho fez???? ;(

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 20:57:43

    será que poncho não vê que any ama ele desesperadamente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 19:57:11

    dios mio any era virgem!!!!!! :o

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 17:10:46

    *-*

  • bellaherrera Postado em 26/04/2014 - 12:27:03

    Anemm nao acredito que essa web ja esta chegando ao final ; / mas por outro lado espero que o casal AYA terminem juntos em!!!Ainda bem que tem a sua outra web para eu ler kkk Posta mais,bjs!!!


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