Fanfics Brasil - Capitulo 30 Planos de sedução AyA (Adaptada)

Fanfic: Planos de sedução AyA (Adaptada) | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 30

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A casa de Ma Battle era de um inusitado colorido. A sala de visitas estava apinhada de objetos de decoração dos mais diversos tipos, ocupando cada superfície lisa disponível. Uma das paredes ostentava uma estante em­butida, as prateleiras repletas de livros variados, bibelôs e canecas comemorativas. A mobília era confortável e uconchegante, com destaque para um grande sofá de es­tampa florida. Outro detalhe que chamava a atenção era uma mesa de jantar a um canto, pois estava coberta de pilhas altas de papéis e pastas.


—  É apenas papelada da Associação de Senhoras — explicou a mulher, apontando naquela direção. — E é, claro, canhotos e cópias dos formulários dos concursos em que entro. Já ganhei algumas coisas ao longo dos anos. Afinal, todas as pessoas acabam tendo sorte em alguma ocasião. Vários desses objetos ao redor são brin­des que consegui... como o copo em que está bebendo. — Ma Battle pusera um copo de chá gelado na mão de Anahi praticamente no momento em que a convidara a entrar. — É de cristal legítimo.


— Realmente — assentiu ela, bebericando do copo. — E, sim, você tem coisas interessantes aqui.


— Oh, obrigada. Sabe, esses concursos acabam sendo um ótimo passatempo para alguém que já teve uma casa tão cheia quanto era a minha. Tenho cinco filhos e quinze netos. Nenhum mora perto, mas quando vêm me visitar, as crianças fazem uma festa com todas essas bugigangas. Ora, mas não lhe pedi que viesse até aqui para ouvir minhas tagarelices. Na verdade, quero lhe mostrar onde os livros da biblioteca estão guardados. Bessie me ligou e disse que você vai reabri-la.


— Com alguma ajuda.


—  Claro! Mal posso esperar para começar a reunir o pessoal. O que precisa ser feito primeiro?


— A limpeza do interior do prédio.


— Concordo plenamente. Poderíamos fazer isso neste próximo fim-de-semana. Vou me certificar de que todo mundo esteja lá com baldes e vassouras em punho. Ah, o antigo fichário está aqui num quarto extra da casa. E um belo móvel de carvalho maciço com seis gavetas cheias de fichas com os antigos controles da biblioteca. Os livros estão guardados em três porões, os três mais secos da cidade... o meu, o de Hazel Rue e o de Lillie Montgomery.


— Puxa, você conseguiu incluir ambas as famílias no assunto? Pensei que tivessem uma desavença.


— Bem, ainda têm, por assim dizer. Não tão acalorada como antigamente, claro. Mas de qualquer modo, jamais tomei partido entre as duas famílias. Assim, se Lillie ficou incumbida de guardar livros, o mesmo também foi concedido a Hazel.


O comentário levou Anahi a concluir que era uma grande honra ali ser solicitado a guardar o acervo da biblioteca.


— De quantos livros estamos falando?


— Não sei ao certo. Nunca chegamos a contá-los. Mas eu diria que tenho umas vinte ou trinta grandes caixas cheias e as outras duas senhoras têm mais ou menos a mesma quantidade.


— Então, vamos nos concentrar em preparar o prédio primeiro e, depois, começaremos a levar os livros de volta para lá. A princípio, a biblioteca permaneceria aberta por algumas horas do dia a estipular, nas quais eu pu­desse ficar lá trabalhando — sugeriu Anahi, colocando os pensamentos em voz alta.


— Claro, como você achar melhor!


A pergunta que ficou no ar foi a do que aconteceria com a biblioteca depois que ela retornasse a Chicago. Anahi estivera envolvida com serviços comunitários antes. Sabia que, em geral, bastava alguém ter a inicia­tiva para desenvolver algo e, assim, motivar os demais envolvidos no projeto. Então, uma vez que o mesmo es­tivesse quase completo, os residentes locais podiam con­tinuar mantendo-o por conta própria. Isso acontecera em alguns bairros de Chicago quando fizera serviço volun­tário lá. E também aconteceria ali em Lonesome Gap. Claro que poderiam se arranjar muito bem sem ela.


Mas e quanto a si a própria, conseguiria se arranjar sem eles?


— E então, como vão as coisas aí na Carolina do Norte? — perguntou Dulce, a cunhada de Anahi.


— Bem — respondeu ela automaticamente. Telefona­ra-lhe do celular porque precisava desesperadamente de uma mulher de sua idade para conversar.


— Está se mantendo ocupada?


— Pode se dizer que sim. Adotei uma mamãe gato e seus dois filhotes. Estão vivendo na cabana agora e eu pedi a uma veterinária que viesse vê-los. Esteve aqui há umas duas horas para examiná-los e disse que estão em perfeita saúde.


— É a minha imaginação, ou você já está pegando um pouco do sotaque sulista?


— Deve ser sua imaginação, sim.


— Então, o que mais tem feito, além de abrigar gatos desamparados?


Anahi decidira não contar a Dulce sobre o projeto para reabrir a biblioteca. Afinal, nada de concreto fora feito ain­da. Antes de comentar a respeito, esperaria para ver o que aconteceria durante a operação de limpeza no sábado.


— Na verdade, andei fazendo alguns desenhos, o que é um tanto curioso considerando que nunca tive um pingo de talento artístico antes. Deve ser o cenário inspirador aqui das montanhas.


— Ou poderia ser a caixa mágica cigana — sugeriu Dulce. — Você se lembra de quando mencionou que Christopher não levava muito jeito com bebés? Pois então. Depois que re­cebeu a caixa, ele soube lidar tão bem com Hope! E não apenas isso. Agora, a cada lugar que vamos, bebés estendem os bracinhos até ele e fazem de tudo para chamar sua atenção e se aproximar. E algo incrível de ver.


— E acha que a caixa pode estar me ajudando a de­senhar? Mas por quê? Havia um motivo prático para Christopher aprender a lidar com um bebé, o que explicaria a "interferência" da caixa para que adquirisse essa "ha­bilidade". Afinal, foi algo que ajudou a unir vocês dois. — Anahi mal podia acreditar que realmente estava falando de magia de maneira tão casual. Bem, havia sido criada de forma a acreditar em possibilidades.


— Não sei ao certo por que o fato de desenhar seria importante para você com relação a esse aspecto da caixa. Apenas você pode saber. Isso mudou algo na sua vida?


— Desenhar fez com que eu começasse a prestar mais atenção às coisas ao meu redor — admitiu Anahi. — A notar pequenas coisas da vida que são tão bonitas. Quando você desenha algo, é necessário enxergar para valer o que tem diante de si. Entende o que quero dizer?


— Claro.


— Ouça, Dulce... Na verdade, estou ligando porque pre­ciso da opinião de outra mulher quanto a um certo assunto.


—  Um problema com um homem? — indagou a cu­nhada, num tom simpático e solidário.


— Sim. Sabe, essa é uma das coisas que gosto tanto em você — declarou Anahi, com franqueza. — Você tem grande percepção para entender as pessoas e seus sentimentos. Até soube como decifrar Christopher. E olhe que ele é um tanto complicado.


— Sim, sem dúvida — concordou Dulce, com uma risada descontraída. — Mas tive um pouco de magia cigana me ajudando. Foi o que aconteceu com você? Está tendo algum problema com um homem por causa da caixa mágica?


— Eu gostaria que fosse assim tão simples.


— Oh, não me diga que... O que aconteceu quando você abriu a caixa? Você já a abriu a esta altura, não foi?


— Claro. Mas nada aconteceu.


— Não viu ninguém quando a abriu?


—  Eu vi um velhote qualquer que acabou desapare­cendo pelo bosque. Vestia molambos, como se fosse um mendigo, ou algo assim.


— Oh, não!


— Mas, felizmente, acho que ele não me viu. O lado bom é que eu nunca mais vi esse velho. O lado ruim é que estou... sentindo algo... por outro alguém.


— Quem?


— Alfonso Herrera.


— O antigo amigo de Christopher?


—  Isso mesmo. E não sei o que fazer a respeito.


— Mas qual é exatamente o problema? Ele é casado, ou já está envolvido com alguma mulher?


— Não. Alfonso já se divorciou há cinco anos, embora Christopher nunca tenha se dado ao trabalho de me contar.


— Ainda estou tentando aperfeiçoar as habilidades de comunicação de seu irmão.                       


—  A propósito, onde ele está no momento? Sei que estaria resmungando ao fundo se estivesse em casa.


— Levou Hope para passear na praça aqui perto.


— Ótimo. Assim, você pode me dar alguns conselhos femininos sem que ele ouça. O que acha que devo fazer em relação a Alfonso?


—  Sim, mas primeiro me diga onde acha que está o problema.


A indagação da cunhada fez com que Anhahi se desse conta de algo de repente. Não haveria como responder diretamente sem confessar sobre o ataque na escola e as verdadeiras razões para ter tirado aquela licença por tempo indeterminado. E se Brett soubesse, teria que con­tar a Christopher. Assim, ela precisaria contornar o assunto como pudesse.


— Acontece que... Acho que poderia se dizer que estou numa espécie de crise existencial no momento e não sei o que vou fazer da minha vida. Estou de licença do meu trabalho... e não tenho mais certeza quanto ao que quero fazer... em relação a nada. É como se eu não soubesse mais quem sou.


—  Quando diz que não tem certeza quanto ao que quer fazer, isso inclui Alfonso também?


— Não. Na verdade, me sinto tentada a ficar nos braços dele para sempre—confessou Anahi, com um riso nervoso.


—  E o que haveria de errado nisso?


— Muitas coisas. O fato de que talvez ele não corres­ponda aos meus sentimentos; de que talvez só esteja olhando por mim porque sou a "irmãzinha" de seu melhor amigo, e Christopher lhe pediu que o fizesse. Alfonso sempre teve uma natureza solidária; jamais daria as costas a alguém que visse precisando de ajuda. E também há o detalhe de que é um xerife.


— E todas essas coisas assustam você?


—  Sim.


— Ouvi muito "talvez" nisso que você disse. Há também a possibilidade de que Alfonso corresponda aos seus sen­timentos — declarou Dulce , num tom encorajador. — Já parou para pensar a respeito?


— Ultimamente, sim, pensei. E por isso que estou li­gando para você.


— E quanto ao fato de Alfonso ser xerife. O que é que a incomoda nisso?


— Para ser mais exata, não é que me incomode; é algo que me assusta. Sei de todos os argumentos lógicos; que estamos numa cidadezinha pacata e tranquila da Carolina do Norte; que não se trata do tipo de perigo ao qual um policial de Chicago estaria exposto. Mas ainda assim... Oh, céus, detesto essa sensação de ser tão medrosa!


—  Não a conheço há muito tempo, claro — começou Dulce—, mas eu não diria que é uma pessoa medrosa. Aliás, todos na família a descrevem como sendo a Janos mais corajosa.


—  Isso foi antes desta minha... pequena crise. Como me descreveria neste momento?


—  Talvez como alguém que tenha perdido seu rumo temporariamente.


— Bingo — sussurrou Anahi, com um quê de deso­lação na voz.


— Gostaria de conversar sobre isso?


— Não agora. Mas obrigada por oferecer o ombro amigo.


— Sempre que quiser. A oferta continua sendo man­tida. Se chegar o momento em que desejar me contar mais a esse respeito, basta me ligar.


— Sim, ligarei.


—  Certo, mas o que ainda nos deixa com o dilema referente a Hunter. Está apaixonada por ele?


—  Bem, eu me apaixonei por Alfonso quando tinha treze anos. Era uma daquelas paixões adolescentes ar­rebatadoras. Ele tem cinco anos a mais do que eu. Fre­quentou a academia de polícia, trabalhou como policial em Chicago, casou-se e acabou se mudando.


— E você o esqueceu?


—  Mais ou menos. Pelo menos, disse a mim mesma que tinha conseguido esquecê-lo. Agora, não tenho tanta certeza. Acho que talvez eu tenha comparado os homens com quem saí ao longo dos anos com Alfonso.


— E os outros nunca chegaram aos pés dele, certo?


— Como adivinhou?


— Pelo tom da sua voz. Você tem uma voz bastante ex­pressiva, sabe? E quando diz o nome de Alfonso soa como...


— Se eu estivesse apaixonada por ele? Bem, eu estou. É, porém, um tanto assustador admitir isso em voz alta — confessou Anahi com outro risinho nervoso. — Aliás, é a primeira vez que faço isso.


— "Assustador" nem sequer chega perto para descrever isso. Eu fiquei petrificada na primeira vez em que admiti em voz alta o que sentia pelo seu irmão.


— Mas entre vocês foi amor à primeira vista.


—  Sim, foi. Apenas não reconhecemos nossos senti­mentos logo de início. É uma pena que não tenha sido Alfonso que você viu quando abriu a caixa cigana pela primeira vez. Tentou abri-la outra vez perto dele?


— Não, mas Alfonso viu-a num dia desses. Quando lhe perguntei, disse que não notou nada de incomum na caixa.


— E na ocasião, você notou?


— Nem sequer consigo raciocinar com clareza quando Alfonso está por perto.


— Se você se sente assim em relação a esse homem, o que a impede de lutar pelo que quer?


—  Eu... — Anahi ficou pensativa por alguns mo­mentos, enquanto as palavras da cunhada lhe davam uma idéia. Sim, e se parasse de se preocupar em fugir de seus medos e passasse a se concentrar na busca por seus objetivos?


— O que quero dizer — prosseguia Dulce, animadora — é que você nunca saberá até o dia em que tentar, certo?


— Sim, acho que tem razão. E você acaba de me dar uma ótima idéia. Já sei o que vou fazer.


— Que bom! E pode me contar?


— Eu vou seduzir Alfonso Herrera. Tem alguma sugestão para mim?



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Autor(a): steph_maria

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Oi meninasss enfim voltei, com a semana santa acabei me esquecendo daqui, e tambem comecei a ler a série 50 tons de cinza e viciei só descansei em quanto terminei de ler os tres livros e fiquei naquela depressão de quando se acaba uma série =/ mas enfim estou de volta em breve vou começar a postar outra web junto com está agora que m ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 40



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  • tinkerany Postado em 08/09/2016 - 03:43:43

    Fanfic Maravilhosa! Li ela em dois dias 😍 obrigada por está história.

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 13:24:01

    muito linda a fic* amei ;)

  • franmarmentini Postado em 29/04/2014 - 12:51:52

    *-*

  • bellaherrera Postado em 29/04/2014 - 09:04:45

    Eu confesso que irei sentir muitaaa falta dessa web já que ela é a minha favorita de todas que vc ja postou,porem eu sei vira muitas webs suas otimas pela frente!Eu ja suspeitava que a Annie nao viu um mendigo quando abriu a caixa magica!!Amei ver a Anahí finalmente declarar para o Poncho!Amei muito a cena final *--* Foi um final perfeito para uma web perfeita <3 sentirei falta dessa web!!!Continue sempre postando webs e deixando feliz!Beijoss

  • portillas2 Postado em 27/04/2014 - 17:12:50

    Sério que já tá no final? vou sentir falta :( sei que tava sumida mas acompanhei capítulo por capítulo só que pelo celular é péssimo para comentar e enfim vou acompanhar a sua nova bjus :)

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 21:02:10

    ai meu deus o que poncho fez???? ;(

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 20:57:43

    será que poncho não vê que any ama ele desesperadamente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 19:57:11

    dios mio any era virgem!!!!!! :o

  • franmarmentini Postado em 26/04/2014 - 17:10:46

    *-*

  • bellaherrera Postado em 26/04/2014 - 12:27:03

    Anemm nao acredito que essa web ja esta chegando ao final ; / mas por outro lado espero que o casal AYA terminem juntos em!!!Ainda bem que tem a sua outra web para eu ler kkk Posta mais,bjs!!!


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