Fanfic: Planos de sedução AyA (Adaptada) | Tema: AyA

franmarmentini: Sim a Anahi era virgem, todos esse anos ela sempre mesmo sem perceber continou apaixonada por Poncho *--*

portillas2: pois é tbm amo essa web mas já chegou ao fim espero que goste, vou preparar uma proxima Adaptada pra postar junto com Uma canção de Amor, comentem bjs

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Sangue... Parecia estar espalhadopor todos os lados!

Anahi gelou, paralisada pela lembrança nítida de uma imagem do noticiário na tevê... um close do sangue que tinha se esvaído, tomando toda a teía. Era o sangue de Duane... manchando a rua, proclamando a sua morte. Mas era Alfonso quem estava sangrando agora. Tocando instintivamente no medalhão que usava, ela pareceu ganhar forças através dele. O pânico ficou sob controle de imediato, e soube o que tinha que fazer.

Pronta para agir depressa, correu até o banheiro da cabana e encontrou uma toalha grossa e limpa no armário abaixo da pia. Em questão de segundos, voltava e se ajoelhava ao lado de Alfonso, que, embora consciente, estava muito pálido e pressionava a mão de encontro à coxa, numa vã tentativa de estancar o fluxo de sangue. Afastando-lhe a mão com gentileza, Anahi pousou a toalha sobre o ferimento, produzindo uma pressão está­vel. Precisava levá-lo a um hospital imediatamente!

— Você tem algum convênio médico com ambulância, ou algo assim, para o qual eu possa ligar?

Alfonso sacudiu a cabeça.

— Tem que dirigir até... Summerville. O hospital... é lá.

— Está bem, é o que vamos fazer. Vou levá-lo até lá.

— Estou... perdendo... os sentidos — avisou-a Alfonso, enquanto Anahi apanhava a camisa que ele largara num arbusto próximo. Amarrou-a em volta da toalha que cobria o ferimento, para mantê-la firme no lugar. Embora suspeitasse que não fora o caso, esperava que o motivo que o fizera desmaiar tivesse sido a visão do sangue e não o fato de já ter perdido tanto...

Ela procurou manter-se calma e confiante enquanto tomava as providências necessárias. Havia tido aulas de primeiros socorros, sabia como lidar com a situação. Alfonso recobrou a consciência quando Anahi terminou de proteger o corte para estancar o sangue. Agora, precisava levá-lo ao carro, que felizmente estava perto. Mas ainda assim, precisaria da ajuda dele para conduzi-lo até lá.

— Ei, rapaz, acha que pode ficar acordado por tempo o bastante para se levantar e chegar até o carro? — perguntou-lhe depressa. Céus, como o amava!, pensou. Não suportava vê-lo ferido daquela maneira.

— Chaves do carro... no bolso do jeans.

Anahi encontrou as chaves de imediato.

— Pronto.

Notando um quê de pânico por trás da coragem dela, Alfonso desculpou-se.

— Sinto muito sobre isto, Pimentinha.

—  Ei, não fui eu que desmaiei ao ver um pouco de sangue — gracejou ela. — Sou durona, lembra? — Avis­tando um pedaço de madeira longo e fino no meio da lenha, apanhou-o rapidamente. — Acha que consegue se levantar se usar isto como uma bengala?

— Claro.

Não foi tarefa fácil, mas conseguiram. Passando o braço de Alfonso em torno de seus ombros, Anahi ajudou-o a levantar-se, usando mais força do que julgara possuir. Tivera a presença de espírito de abrir a porta detrás do carro antes de começar a ajudá-lo. Assim, tudo o que Alfonso teve que fazer foi afundar-se no banco traseiro, e ela cuidou do resto, estendendo-lhe cuidadosamente a perna no assento, enquanto ele se recostava na porta oposta. Passou-lhe o cinto de segurança pelos quadris para mantê-lo no lugar caso tornasse a desmaiar.

O cascalho voou sob os pneus, enquanto Anahi ma­nobrava o carro de xerife em frente a cabana. Desceu pelo caminho o mais velozmente que pôde, sem que o veículo sacolejasse em demasia. Dirigindo com uma mão, usou a outra para ativar o telefone celular que mantinha em sua bolsa, ligando para Floyd, ao pé da montanha.

— Onde é o hospital mais próximo, Floyd?

— Em Summerville. Por quê?

— Preciso de ajuda. Boone está aí?

— Não, ele levou Stella e Ma Battle para fazer compras em Summerville. Vão demorar. O que houve? Você se feriu?

— Eu, não. Alfonso está ferido. Estou descendo a montanha agora... devemos chegar no Pit Stop dentro de uns quinze minutos. Vou precisar que dirija o carro para mim, enquanto fico no banco de trás com ele, fazendo pressão sobre o ferimento da perna para estancar o sangue.

— Estarei à espera — prometeu Floyd. — Não se preo­cupe. Chegaremos em Summerville num piscar de olhos.

Anahi estava preocupada, sem dúvida. Havia tanto que poderia dar errado. Mas teria que ser otimista.

— Ligue para o hospital e informe que estamos a ca­minho, sim?

— Deixe comigo.

Conforme prometera, Floyd estava à espera do lado de fora da mercearia, usando um par de óculos de grossas lentes.

—  Detesto usar estes óculos de fundo de garrafa — resmungou —, mas achei que seria melhor estar enxer­gando direito. Bem, sem dúvida, fazem uma grande di­ferença — notou o homem, sentando-se ao volante do carro, enquanto Anahi já afastara o banco do passa­geiro mais para a frente, a fim de ter espaço para se ajoelhar no chão do veículo, diante de Hunter.

— Agora, qual destes botões liga as sirenes... — dizia Floyd — Ah, aqui está. Sempre quis dirigir uma destas viaturas de xerife — declarou, entusiasmado, já deixando o Pit Stop para trás. — Tenho que lhe agradecer, Alfonso, por me dar a oportunidade. Claro que não queria que você tivesse se machucado para isso — assegurou-lhe, olhando rapidamente por sobre o ombro. — Entendeu o que quis dizer, não foi?

— Claro — respondeu Alfonso, o rosto pálido, os lábios apertados indicando a dor que estaria sentindo.

—  Segurem-se bem, e eu os levarei a Summerville num instante!

Ajoelhada no chão, junto ao banco traseiro, Anahi usava ambas as mãos para aplicar uma pressão estável em torno do ferimento coberto.

— Sempre quis ter uma mulher bonita de joelhos dian­te de mim — murmurou Alfonso.

— Não poderia ter pensado numa maneira mais fácil de conseguir atenção? — perguntou ela, com um ligeiro tremor na voz.

—  Pelo menos, Floyd está realizando o antigo sonho de dirigir um carro de xerife.

— Da próxima vez, empreste-lhe as chaves.

— Pode deixar.

Anahi observou-lhe o rosto contraído e foi tomada por íntima angústia e preocupação, mas tratou de manter uma conversação constante, esperando assegurar a am­bos de que tudo daria certo. Na verdade, nem dava a ele a chance para responder,  apenas queria manter-lhe a mente ocupada com alguma outra coisa que não fosse a dor lancinante na coxa. E enquanto ia tagarelando jo­vialmente, fazia preces silenciosas para que Alfonso fi­casse bem.