Fanfic: Planos de sedução AyA (Adaptada) | Tema: AyA

franmarmentini: fico feliz de ver você nessa web tambem *--* a Any tem 30 e o Poncho 35 se não me engano.

lara_rbd: postando continue acompanhando a web.

portillas2: tadinha da Any na hora que abre a caixa do amor aparece um mendigo na frente dela kkkkkkkkkkkk, continue acompanhando a web bjos.

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Anahi não via Alfonso Herrera havia dez anos, mas de muitas maneiras era como se tivesse acabado de vê-lo no dia anterior. Os cabelos escuros dele apenas exibiam um corte mais descontraído do que o estilo austero de antes. Os olhos profundos eram os mesmos de suas lembranças, de um vívido tom de verde... da cor das exuberantes folhas da primavera.

— Não vai me convidar a entrar, Pimentinha? — per­guntou ele, com um brilho divertido no olhar.

Anahi odiara o apelido quando garota e, sem dúvida, continuava a detestá-lo. Poncho a apelidara assim na ocasião em que ela, como uma insegura adolescente de treze anos, usara uma coloração ruiva nos cabelos para, secretamente, impressionar o "único homem no universo". Ele estivera com dezoito anos na época e, aos olhos so­nhadores dela, parecera o homem perfeito.

Ao revê-lo no momento, porém, dava-se conta do quan­to estivera equivocada. Agora ele era um homem. Talvez não perfeito, mas, decididamente, impressionante. Era como se seus traços tivessem se definido mais, tornado-se mais marcantes. Havia um ar experiente nos olhos verdes que, encimados por sobrancelhas escuras e espessas, pa­reciam mais penetrantes. O rosto dele continuava bonito, mas os anos tinham lhe dado uma aura de maturidade que o deixava ainda mais atraente. Os traços fortes e masculos eram, sem dúvida, capazes de prender a atenção de uma mulher.

Anahi recordou-se que na época em que Poncho a apelidara de "Pimentinha", por causa da experiência com o xampu colorante que deixara seus cabelos castanhos com um forte tom avermelhado, ela continuara, assim mesmo, a seguir a ele e ao seu irmão por todos os lados, feito uma sombra. Afinal, havia se apaixonado por Poncho com todo o fervor de uma adolescente.

E quando ele se casara, aos vinte e cinco anos, ela derramara sua quota de lágrimas. E fora a última vez que chorara a valer. Até o mês anterior...

— O que está fazendo aqui?

Em vez de responder, ele estudou-a de cenho franzido.

— O que há de errado? Vecê me parece péssima.

Ela sentiu as faces queimando. Sabia que as roupas estavam amarrotadas; o jeans, sujo nos joelhos, quando se abaixara para alimentar os gatos. Planejara tomar um banho antes de preparar algo para o jantar, o que ainda não tivera chance de fazer. Os cabelos não viam uma escova havia horas e, provavelmente, tinham um graveto ou dois enroscados nas mechas, depois da cami­nhada à beira dos bosques.

— Eu não estava esperando visitas. Vá embora — res­mungou, irritada. — Volte mais tarde.

— Não vou a lugar algum até que você me diga o que está errado.

— Não há nada errado. Estou de férias, sabe? E é a aparência que tenho nessa época. Se não gosta, pode ir dando o fora! — O famoso temperamento húngaro dela veio à tona, e adentrou pela cabana, batendo a porta do banheiro atrás de si. Bastou uma olhada para o espelho acima da pia para confirmar que Poncho estava certo. De fato, seu aspecto não era dos melhores. Depois de lavar o rosto e escovar os cabelos, aplicou um pouco de batom nos lábios e, enfim, abriu a porta.

Logicamente, Poncho entrara e a esperava na sala, como soubera que o faria.

— Pronto, assim está melhor? — perguntou ela, com uma pirueta zombeteira.

— Eu não estava me referindo à sua aparência, mas aos seus olhos.

— Acontece que não pude dormir muito e...

—  Não é isso — interrompeu-a ele. Segurando-lhe o queixo com gentileza, ergueu-lhe o rosto. — Há alguma coisa na expressão em seus olhos...

Anahi fechou-os, apertando-os com força. Mas seu gesto só fez com que o contato dos dedos dele em sua pele parecesse mais poderoso. Num instante era como se tivesse treze anos e sentisse aquela louca paixão por Alfonso outra vez. Seu mundo centralizou-se no ponto de contato entre ambos. Um calor transmitia-se daqueles dedos para sua pele, acelerando seu coração. Os sentidos entraram num turbilhão, enquanto ele lhe exercia o efeito perturbador com nada mais do que o simples toque de sua mão.

Desconcertada, abriu os olhos abruptamente e deu um passo atrás, interrompendo o contato.

— Christopher pediu a você que viesse até aqui para checar se estou bem?

— Ele me disse que você viria.

— Oh, aquele boquirroto!

— Ei, acalme-se...