Fanfic: Planos de sedução AyA (Adaptada) | Tema: AyA

— Você acabou não me dizendo por que decidiu vir para a cabana de Christopher.

— Já falei, sim. Eu precisava de umas férias.

— Está no breve intervalo de descanso da primavera?

— Bem, não exatamente...

— Então, o que exatamente?

— Você é curioso, sabia?

— Bem, devo informá-la que transformei minha técnica especial de interrogatório numa arte. É melhor me contar todos os seus segredos agora. — Poncho abriu um largo sorriso, enquanto a ajudava a empilhar na mesa os pratos usados. — Vou acabar por desvendá-los cedo ou tarde.

— Oh, não, xerife Davis! — exclamou ela, zombeteira, levando a mão ao peito. — Não use a sua temida técnica de cócegas! Tudo menos isso! — Sabia que ele estava brincando e era um alívio desviar-se do assunto daquela maneira. Se bem que ao recordar-se de como costumara quase matá-la de cócegas na infância, não duvidava que pudesse lhe arrancar qualquer informação com o método...

— Então, está pronta para confessar agora?

— Sim, você me pegou — declarou Anahi, com um suspiro dramático. —Sou uma foragida, procurada em toda a Chicago por causa de duas multas atrasadas por estacionamento indevido. Eu me rendo. — Ergueu as mãos, estendendo-as diante dele acima da mesa. — Co­loque as algemas e me leve.

— Não me tente — resmungou Hunter, desconcertado com a súbita imagem sexy que tomou conta de sua men­te... Anahi usando um par de algemas e nada mais... O que estava lhe acontecendo, afinal? Pelos céus, trata­va-se da irmãzinha de Christopher!

—  Então, pare de fazer tempestade em copo d`água — disse ela, exasperada. — Eu precisava de um tempo longe daquele estresse das aulas. Assim, tirei umas fé­rias, e uma professora substituta ficou no meu lugar. Ponto final.

— Quanto tempo vai ficar aqui?

— Não sei ao certo.

—  Quando terminam as suas férias? Espere um mi­nuto... Agora que parei para pensar nisso, ocorre-me que professoras não podem simplesmente ir tirando férias durante o período letivo. Teria que esperar até o verão para isso, como os demais professores.

— Bravo, Sherlock!

— O que significa que você teve... algum tipo de licença?

— Exato.

— Licença médica?

A persistência de Poncho começava a irritá-la.

— Não é de sua conta. — Gaylynn levantou-se, reco­lhendo a louça para a pia.

Ele seguiu-a pela espaçosa cozinha, ajudando-a a tirar a mesa.

— Quer dizer que estou certo.

— Nao, quero dizer que não é da sua conta, mesmo, Eu, tenho lecionado durante sete anos numa situação estressante. Não é surpresa alguma que eu esteja farta. Fim da história.

— Alguém como você não fica "farta". Como assim, "alguém como eu"? Você tem determinação demais para se encher das coisas. Além do mais, é teimosa feito uma mula para ir desistindo facilmente.

— O que o faz pensar que sabe alguma coisa sobre mim? Você não me vê há dez anos.

— Tenho ficado a par do que andou fazendo. Christopher vivia elogiando você nos cartões de Natal, contando sobre sua obstinação em lecionar onde precisavam de você e poderia fazer maior diferença, apesar do fato de que ele e o resto de sua família não aprovam que trabalhe numa parte tão violenta da cidade.

Tendo acabado de falar, Poncho aproximou-se mais por detrás dela casualmente, inclinando-se para colocar um prato dentro da pia. Anahi sentiu-lhe o calor do corpo, irradiando-se do peito viril tão próximo às suas costas, do braço que roçou seu seio acidentalmente, e sobressaltou-se como se tivesse levado um choque.

— O que foi? — perguntou ele, confuso com o jeito assustado de Anahi. — Por que se esquivou de mim dessa maneira? — De repente, enquanto uma explicação possível lhe ocorria, sua expressão ficou séria, quase alarmada. — ()h, minha nossa... Você foi atacada sexualmente?