Fanfic: Destinazione Circostante | Tema: Original
"País novo. Vida nova."
Esses pensamentos passaram como um raio pela cabeça de Marcos. E súbito se lembrou de tudo aquilo que queria esquecer. As infinitas brigas com a Joana. Ele a odiava. Não conseguia entender como uma mulher tem dois filhos com um homem, vende um dos filhos, praticamente abandona o segundo e esquece por completo do homem que a fez feliz pelo maior período da vida dela.
Lembrou-se da véspera de seu aniversário de 18 anos que foi conversar com a mulher e expôs todos seus sentimentos e sua dor com esperança que tudo junto a fizesse chorar e pensar no modo que o tratava. Mas no lugar disso, ela se limitou a rir - e mais - zombar de como ele era um menino fresco. Naquele momento, Marcos ferveu de raiva e foi à rua pra tentar esquecer tudo de odioso que estava acontecendo em sua vida quando se lembrou da herança deixada pelo seu querido avô Leopoldo. O homem morreu de forma súbita aos 82 anos e foi um heroi pra Marcos e se hoje ele estava vivo era pra manter e honrar o sobrenome que carregava nas costas, pelo seu avô.
Foi ao banco e retirou os 100.000.000 que havia recebido de herança do seu avô, e não voltou pra casa. Dormiu em um hotel e no outro dia - seu aniversário - voltou de madrugada pra casa, pegou suas coisas necessárias e correu até o aeroporto, aonde comprou uma passagem só de ida pra Nápoles. E nessa correria toda se lembrou que nunca conheceu seu pai e que provavelmente nunca iria ver, mas ele não o culpava por isso. Seu pai era o grande heroi de sua vida.
Agora, ouvindo a voz do Capitão que anunciava a chegada no Aeroporto Capodichino Ugo Niutta, em Nápoles acordou de seus devaneios e percebeu que sua nova vida começaria agora.
Caminhando pelas ruas frias de Nápoles, Marcos se lembrava de coisas boas que tinham acontecido no Brasil. Lembrou da antiga namorada Clara, a única pessoa que realmente se importava com ele. Mesmo já tendo feito um ano de término de namoro eles ainda se falavam de vez em quando e Marcos ainda sentia algo próximo de amor (ou talvez saudade) pela moça. Então veio a ideia repentina de mandar uma mensagem pra ela, contando tudo que tinha acontecido na última semana: A Herança de seu avô, sua última briga com Joana e a vinda pra Nápoles. Depois de ler e reler a mensagem umas quatro vezes ficou feliz em não expor seus sentimentos de maneira exacerbada. Enviou a mensagem e continuou sua caminhada até o pensionato que seria sua morada.
Chegando à Pensione zia Dani, Marcos se deparou com um locar agradável. Foi recepcionado por uma mulher que aparentava lá seus 42 anos em uma sala de estar, com dois sofás novos e um tapete um pouco desbotado, a “zia Dani” veio logo com abraços e beijos pra cima de Marcos e um italiano rápido, porém muito bem falado. Graças aos 6 anos de aula de italiano, o jovem entendia tudo que ela falava e conseguia responder de forma fluente, pra encanto da mulher.
- Veja só, um estrangeiro que tem o italiano fluente. Que coisa bonita de se ver! – disse a “tia”, dando mais um beijo carinhoso na testa de Marcos, depois estampando um sorriso muito aberto e gritando continuou. – Marcos, você tem que ver nossa empregada. Ela é muito jeitosa! E ainda por cima é um pouco bela. Natalie venha cá ver o novo hóspede, aquele brasileiro que te falei. Venha agora menina, estamos esperando. Rápido, rápido – A tia Dani falava tão depressa que se embaralhava e ficava ofegante e um pouco vermelha.
No momento que a menina desceu a escadaria correndo, Marcos ficou paralisado. Fitou aquele par de olhos verdes e não conseguiu conter um sorriso. Era a menina mais linda que já tinha visto em sua vida, aparentava ter 16 anos (muito nova pra ele), mas mesmo assim Marcos ficou completamente enfeitiçado.
- P..Prazer, eu sou o Marcos... Você deve ser a Natalie. – Marcos não conseguia pronunciar todas as palavras de maneira correta e também não conseguia parar de olhar aqueles olhos penetrantes.
- Sim, eu sou a Natalie. – A menina ficou vermelha com a confusão e sorriu.
Durante um rápido tour pelo pensionato, promovido pela zia Dani, Marcos não conseguia parar de pensar naquela mocinha que se apresentou como Natalie, ele precisava a ver novamente e pelo menos trocar umas dez palavras sem se embaralhar e corar. Mas só de pensar naqueles olhos, naquele sorriso ele já ficou muito vermelho. “Ela é extremamente bonita. Meu Deus me ajuda, que menina perfeita.”
Depois de entrar em seu quarto, Marcos recebeu a resposta de sua mensagem enviada pra Clara, mas pela primeira vez não deu muita atenção. Estava em seus costumeiros devaneios, imaginando estar com a Natalie em sua cama e a beijando. Quando ia começar a entrar mais fundo nesses pensamentos perdidos foi interrompido pelo “interfone” que tinha no quarto. Andou um pouco zonzo até a janela e percebeu que já era noite, ele tinha ficado pelo menos uma ou duas horas se imaginando ao lado de Natalie. Quando atendeu ao telefone seu coração bateu mais rápido, a voz era fina, meiga e transmitia calma e ingenuidade. Era dela. Ele se reestruturou e respondeu:
- Sim, aqui é o Marcos... Ok, eu já chego ai em baixo, Natalie... Certo... Obrigado por me convidar... Um beijo pra você também. – Quando ele percebeu que ela tinha mandado um beijo pra ele, ficou subitamente nas nuvens.
Tomou um banho e se arrumou rapidamente. Era um rapaz bonito e elegante e sempre “sofreu” assédio das mulheres paulistanas, mas não ligava muito pra isso até hoje. Torcia secretamente pra ser assediado pela Natalie.
O convite era pra inauguração do novo restaurante Famiglia Napoletana. O convite inicial fora feito pela zia Dani, mas de última hora ela não pôde vir. Marcos veio sozinho com a Natalie. No trajeto de seis quilômetros até o restaurante, Marcos tocou em assuntos bobos e fúteis. O tempo frio Napolitano (ela tinha respondido que era assim apenas em Janeiro, Fevereiro, Março e Dezembro, mas ele não escutou, já que os olhos dela roubavam qualquer atenção dele).
Estacionou o Fiat Bravo da zia em uma das vagas do amplo estacionamento e ajudou a Natalie a sair do carro a pegando pela mão. Muita coisa passou pela cabeça do Marcos quando sentiu a mão dela entrelaçar com a dele e principalmente depois de perceber que caminhava de mão dada.
- Você está apertando um pouco minha mão Marcos. – disse Natalie, olhando pra ele com aqueles olhos lindos e meigos.
- Meu Deus, me perdoe Natalie, se quiser soltar tudo bem, só estou um pouco nervoso. – Marcos respondeu se sentindo um monstro.
- Não, eu não quero soltar sua mão. – disse Natalie, apertando a mão, como se brincasse de quem aperta mais forte. – ela deu uma risada e logo perguntou. – Nervoso com o que? O restaurante não vai estar cheio, seu bobo.
- Meu nervosismo não é pelo restaurante e sim por entrar nele com a menina mais linda de toda Itália. – ele respondeu e sentiu que estava virando um pimentão vermelho. Mas ele notou, de esguelha, um sorriso estampado no rosto dela. Ela ficou feliz com o elogio e ele mais ainda.
Duas horas se passaram e Marcos conferiu seu Rolex, vendo que já se passavam da meia noite e ele já não aguentava mais comer massa pediu a conta e depois de dar uma boa gorjeta pro garçom tão gentil que os tinha servido essa noite acompanhou a Natalie até o carro, mais uma vez de mão dadas. Quando o frio apertou, Marcos conferiu que faziam 5ºC e tirou sua blusa, cobrindo a Natalie, ela veio pra mais perto dele e se aconchegou em seu peito. Agora andavam abraçados. Ele abriu a porta pra ela e correu pro lado do motorista. Voltaram conversando sobre assuntos mais pessoais e Marcos descobriu que Natalie não tinha nenhum namorado ou coisa do tipo. Quando eles chegaram ao estacionamento do pensionato e ele estava prestes a sair do carro, Natalie fez uma coisa inesperada. Puxou o ombro dele, o virou pra sua frente e se aproximou lentamente, dando um beijo quente em seus lábios. Marcos sabia que era errado e proibido, mas não lutou contra a vontade que o consumia desde a primeira vez que a viu e a beijou de forma mais envolvente. Quando o beijo cessou, Natalie deu uma risadinha de forma muito meiga, deu mais um selinho nele e saiu cantarolando do carro.
Autor(a): matheuswessler
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Marcos precisou de, no mínimo, uma hora pra entender o que aconteceu no carro. A Natalie tinha o beijado. Foi um beijo quente, doce e gostoso. Agora, deitado em seu quarto não conseguia parar de pensar nela. Ele realmente precisava repetir aquele beijo pelo menos umas vinte vezes por dia. Ele precisava dela ali e agora. Como já se passava das duas da manhã e provavel ...
Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 13
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
matheuswessler Postado em 29/03/2014 - 17:57:56
E quantos anos vocês têm? hahah
-
biizcoita Postado em 24/03/2014 - 23:27:15
Kkkkkk' mas eu axo tbm q garotos mais novos sabem o que fazem mas eu so fico com os mais velhos
-
matheuswessler Postado em 24/03/2014 - 15:30:22
To pensando em diminuir um pouco, obrigado pela dica! Que bom que tá gostando... Boa leitura \o
-
vverg Postado em 23/03/2014 - 19:30:33
Poste +++ Comentarei sempre que puder, a estória é interessante *__*
-
vverg Postado em 23/03/2014 - 19:12:29
Gostei da fic, só achei os caps um pouco cumprido, mas a estória é lega, adorando *___*
-
matheuswessler Postado em 23/03/2014 - 18:34:10
Aww gente, obrigado pelos comentários! Que bom que gostaram... E experiência é tudo né? haha
-
biizcoita Postado em 21/03/2014 - 02:47:32
Não estou me intrometendo, apenas lendo. Pq gostei da fanfc
-
ceeh Postado em 21/03/2014 - 02:36:01
Biiz sempre se intrometendo. Mas enfim, rola sim um grande preconceito pela parte dos pais, mas dos amigos não.
-
biizcoita Postado em 21/03/2014 - 02:30:35
Pois é, principalmente dos pais. Mas as garotas sempre querem caras mais velhos porque eles sempre são mais experientes. Kkkk
-
matheuswessler Postado em 20/03/2014 - 17:42:30
Sim, é normal mas tem muito preconceito envolvido, né?