Fanfic: 50 Tons De Cinza Anahi, 50 Tons Mais Escuros & 50 Tons De Liberdade Anahi & Alfonso | Tema: 50 Tons De Cinza Anahi & Alfonso Romance + Hot

Seguimos calados de Olympia a Vancouver, ambos absortos em
nossos pensamentos. Quando ele estaciona em frente ao meu
apartamento, são cinco da tarde. As luzes estão acesas — Maite está em
casa. Empacotando as coisas, sem dúvida, a menos que William ainda
esteja lá. Alfonso desliga o motor, e me dou conta de que vou ter que
deixá-lo.

— Quer entrar? — pergunto.

Não quero que ele vá embora. Quero prolongar nosso tempo juntos.

— Não. Tenho que trabalhar — diz ele simplesmente, olhando para
mim, a expressão insondável.

Olho para as mãos, entrelaço os dedos. De repente, fico emotiva.

Alfonso está indo embora. Ele estica o braço, pega uma das minhas
mãos e, lentamente, a leva aos lábios, beijando-a com ternura, um gesto
muito antiquado e meigo. Meu coração sai pela boca.

— Obrigado por este fim de semana, Anahi. Foi... ótimo. Quartafeira?

Pego você no trabalho ou onde preferir — diz baixinho.

— Quarta-feira — confirmo.

Ele torna a beijar minha mão e a põe em meu colo. Sai do carro, dá a
volta até meu lado e abre a porta. Por que me sinto tão desconsolada de
repente? Estou com um nó na garganta. Não posso deixar que ele me
veja assim. Com um sorriso forçado, saio do carro e sigo para casa,
sabendo que vou ter que enfrentar Maite. Fico apavorada com a ideia.

Viro-me no meio do caminho e olho para ele. Cabeça erguida, Portilla,
repreendo-me.

— Ah... a propósito, estou usando sua cueca.

Dirijo-lhe um sorrisinho e puxo o cós da Calvin Klein que estou
usando para lhe mostrar. Ele fica boquiaberto, chocado. Que reação
ótima. Meu estado de espírito muda imediatamente, e entro em casa
toda faceira, uma parte de mim querendo saltar e dar um soco no ar.

ISSO! Minha deusa interior está agitada.

Maite está na sala encaixotando os livros.

— Você voltou. Cadê o Alfonso? Como você está?

Sua voz está exaltada, aflita, e ela vem correndo me segurar pelos
ombros para me examinar minuciosamente antes mesmo de eu dizer oi.

Que droga... preciso enfrentar a persistência e a tenacidade de Maite,
e ainda tenho um documento legal assinado dizendo que não posso
falar. Não é uma boa combinação.

— E aí? Como foi? Eu não conseguia parar de pensar em você, isto
é, depois que William foi embora. — Ela dá um sorriso malicioso.

Não posso deixar de sorrir diante de seu interesse e de sua
curiosidade ardente, mas de repente fico tímida. Enrubesço. Aquilo foi
muito íntimo. Aquilo tudo. Ver e descobrir o que Alfonso esconde. Mas
tenho que lhe contar alguns detalhes, porque ela não vai me deixar em
paz até eu falar.

— Foi ótimo, Maite. Muito bom, eu acho — digo baixinho, tentando
disfarçar o sorriso envergonhado e revelador.