Fanfic: Amigos, amigos... Sexo a parte | Tema: Amizade Colorida

Jamie sorriu e prendeu os cabelos em um coque bagunçado. Aquela seria a sua noite de glória, ela podia sentir. John havia feito tanto suspense nos últimos dias por esse encontro, e depois de três meses juntos aquela deveria ser a hora em que ele a apresentaria a família. Afinal, por que não conhecer a família do meu namorado? pensou Jamie enquanto escolhia entre dois vestidos.

-Espero que não esteja equivocava. -disse Sabine.

-Não estou. -Jamie disse alegramente. -John vai me apresentar para a família, eu serei simpática e amável, e todos me adorarão! E essa vai ser a melhor noite da minha vida!

Sabine riu.

-E a noite selvagem com Kevin Davis? 

-Ah, muito obrigada por me lembrar disso. -Jamie fingiu transtorno e fez uma reverência exagerada a amiga. -Kevin Davis foi a primeira e pior noite da minha vida. Acho que nunca vi um cara tão peludo nos países baixos. Eca. -ela agitou a cabeça como se tentasse apagar as lembranças. -Agora me ajude. Qual eu uso?

-O vermelho.

Sabine não faz o estilo melhor amiga, ela está mais para melhor companhia de festas. Músicas, festas, sexo... Tudo isso era com ela mesmo. É o tipo de pessoa que sempre optaria pela roupa mais ousada e provocativa, afinal a caçada é sua especialidade.

-Obrigada! Vou com azul. 

-Vai parecer uma senhora de 70 anos. -Sabine revirou os olhos.

-Quero parecer uma boa moça, não uma desesperada por sexo.

-Queridinha, tenho uma má notícia para você. Você nem de longe é uma boa moça... E sim, você é uma desesperada por sexo.

-Sabine!

As duas se entreolharam e começaram a rir. 

Merida ergueu a sombrancelha irritada.

-Não acredito que você vai.

-Querida, eu preciso. -Dylan disse carinhosamente. -É aniversário do George, prometi a ele.

-Aniversário no bar? Bar, Dylan! Isso não te lembra nada?

-Não. -Dylan disse enquanto abotoava a camisa.

-Bar é lugar de gente solteira. Você não está solteiro.

-Claro que não. Eu estou com você. -Dylan a beijou rápido. -Relaxa, só vou pelo George. Você entende?

-Talvez. -ela suspirou. -Mas hoje não tem sexo. 

-Ah, não Merie...

-Nã, nã, nã, não. -ela sussurrou. -Pelo George.

  Ainda não se sabia, mas naquele bar de classe média nos meandros do Brooklyn, Jamie e Dylan se conheceriam. Em um Corola preto Jamie chegou ao bar junto com John. Antes que pudessem sair do carro Jamie analisou cada detalhe daquele momento. John parecia um verdadeiro deus grego, com seu queixo quadrado com uma covinha sexy e seus lindos olhos azuis. Ela nunca teve um relacionamento de verdade, até agora, não sabia onde estavam ou aonde poderiam chegar. Mas ela sentia que naquele momento haveria uma grande mudança. John fez muito mistério desse encontro, não disse uma palavra se quer desde que a pegou no dormitório da universidade. E só podia ser algo bom, afinal Jamie sempre estava disponível pra ele, sempre foi uma boa namorada, e o sexo era ótimos. Jamie realmente não teve nenhum relacionamento sério além do que tem com John, mas já teve cinco homens na cama. Desses, três se consegraram como sexo desastroso. Com direito a atendimento em pronto socorro e até uma noite na delegacia. Com John era tudo muito simples, sem complicações e sempre muito bem feito- em todos os sentidos.

  -Estou nervosa! -Jamie vibrou.

  -Então... Ahn, melhor entrarmos logo. 

  -Claro. -Jamie deu seu melhor sorriso e abriu a porta do carro.

  John deu a volta no carro e passou o braço pela cintura de Jamie e sussurrou ao seu ouvido.

  -Desculpa.

  -Pelo o que? -ela perguntou enquanto entravam.

  John não respondeu, apenas franziu o cenho. Jamie começou a sentir que sua noite não ai bem. John encostou no balcão e gritou para o garçon:

  -Duas margaritas, por favor!

  -John... Isso é um bar. -Jamie falou e olhou em volta a procura de alguma coisa que remetesse a uma reunião familiar.

  -Eu sei.

  -Por que tanto suspense em me trazer a um bar? Somos só nós?

  -Sim... Quem mais deveria vim?

  -Ah, não sei. -ela revirou os olhos. -Seus pais... Talvez uma tia chata e ranzinza, um primo adolescente fã número um da coelhinha da PlayBoy. 

  -Jamie, não estou entendendo.

  -Agora me sinto uma idiota. -Jamie pegou a taça de margarita e tomou um gordo gole. -Pensei que ia me apresentar a sua família. 

  -Essa não. 

   -Pois é. Aiiii, eu sou uma idiota mesmo! Você só queria me trazer a um barzinho para beber umas margaritas... E afinal, essas são ótimas. - ela ergueu a taça acima da cabeça e gritou: -Parabéns ao barman! E depois... O que faríamos? Vai me levar para um hotel de posto de gasolina para a gente fazer 69 ou algo mais como um movimento de 180 graus?

  -Jamie, calma... O que você disse? 180 graus, você conegui fazer isso?

  -Ta mesmo me perguntando isso, John? Eu estava sendo sarcástica.

  -Ok. Vou acabar com isso... Vou te explicar. Não queria que fosse assim. -o olhar de John parecia engeçado em uma falsa tristeza, e aquilo nao deveria ser um bom sinal. -Eu te adoro.

  -Eu também te adoro.

  -Esse é o problema.

  Não, Jamie pensava.

  -Eu não estou pronto para você. Você quer e precisa de um relacionamento maduro, de verdade. E eu... Bom, eu só quero curtir a noite como uma margarita. Quando eu quiser, onde eu quiser e sem precisar agradar a margarita.

  -Você está terminando comigo? -Jamie deu um passo pra trás. 

  -Basicamente, sim. -John deu de ombros.

  -Você pelo menos cogitou ter um relacionamento de verdade comigo? -Jamie deu mais um passo para trás com a margarita na mao.

  -Vou ser sincero. Não. Você quer amor, e eu quero sexo. Só isso. Sexo. Sexo. Sexo. É só disso que um homem precisa. E com você... O sexo estava muito monótono.

  Os olhos de Jamie brilharam de fúria.

  -Monótono?! -ela gritou e todos no bar a olharam, a não ser um grupo de amigos do outro lado do bar. -Eu destendi o ombro tentando ficar na ridícula posição do chafarí pra você e você diz que o sexo COMIGO é monótono?! Ok, John. Quer sexo selvagem... então toma isso! -Jamie jogou a margarita que voou sobre os ombros de John e atingiu as costas de um homem corpulento e calvo. Ele imediatamente olhou para John.

  -John! -Jamie falou sinicamente. -Não deveria jogar coisas nas pessoas.

  -Você fez isso? -o homem perguntou.

  -George, melhor não. -Dylan aconselhou o amigo.

  -Eu não fiz nada... -antes que John pudesse terminar o punho de George já estava quebrando seus dentes. 

  -Isso foi só um aviso. -George disse preponderante.

  -Eu odeio isso. -Dylan retrucou e olhou rapidamente para Jamie e ela o deixou intrigado. Ela sorriu como se tivesse gostado de John ter apanhado e no instante seguinte ficou profundamente triste e saiu correndo. Garotas bonitas como ela não deveriam ficar tristes nunca Dylan pensou e então lembrou de Merida. Se sua namorada tivesse ouvido seus pensamentos, com certeza ele teria unhas atravessando a sua garganta.

  Do lado de fora, Jamie estava sentada na calçada, com a cabeça entre os joelhos e com lagrimas escorrendo de seus olhos. E naquele momento ela jurou que não seria mais a garota idiota correndo atrás de amor.