Fanfic: I still love you - Herroni | Tema: Herroni

Depois de Maite tomar um banho aqui mesmo no orfanato finalmente cainhamos até meu carro, porém antes de entrarmos no mesmo, falei: - Espere um instante Maite. – segurei-a pelo braço. – Eu tenho algo pra você. – peguei os bombons dentro do carro. – E o que acha de irmos jantar em um restaurante? – sugeri esperançoso e lhe entreguei os chocolates.

Maite pegou o mesmo, mas sua expressão era seria. – Alfonso Herrera Rodríguez, se acha que vai me comprar com presentes e jantares em restaurantes está muito equivocado!

Arregalei os olhos incrédulo. - Eu estou me desculpando Maite, é isso que estou tentando fazer. – disse. – Me desculpe?

Ela suspirou colocando uma mexa de seu cabelo de trás da orelha. – O problema Alfonso é que eu somente queria falar sobre nossa relação e você nunca pode, sempre está ocupado demais.

- Agora eu posso, por isso estou aqui. – falei serio. – Vamos ao restaurante e conversamos, pode ser? – abri a porta para ela que me olhou confusa.

- Pode. – respondeu somente entrando no carro em seguida.

***

Durante o trajeto do orfanato para o restaurante não trocamos nenhuma palavra. Estacionei o carro quando chegamos ao restaurante, eu ia abrir a porta para Maite, mas ela saiu rápido de mais, estava estranha.

Sai do carro e peguei a mão dela, como fazíamos antigamente, pelo menos isso ela correspondeu, mas em seu rosto não havia nenhuma expressão.

Droga! O que o nosso casamento se tornou? Será que ela ainda me amava? Será que eu a magoei tanto assim? Eu sou o culpado de tudo, por ser um egoísta, frio e não dar atenção devida a ela.

Quando entramos no lugar pegamos uma mesa mais afastada e puxei a cadeira para ela. Fizemos nossos pedidos que logo foram entregues.

- Então... – murmurei. – Podemos começar a nossa conversa? – fitei-a.

- Eu não diria conversa, e sim discussão. – ela me corrigiu.

- Eu não estou discutindo com ninguém. – falei.

Maite suspirou. – Ok. – pausou. – O que eu tenho pra dizer Alfonso é que o nosso casamento está mal, é isso.

- Não acho que esteja tão mal assim... – murmurei encolhendo os ombros.

Ela riu ironicamente. – Como não? – indagou incrédula. – Pra começar voc~e não me chama mais de Mai, não nos chamamos mais pelos apelidos.

- Maite, o que isso tem haver? – indaguei impaciente. – Isso é coisa sem importância, nada haver!

- Tudo haver, porque esse gesto demonstra o carinho que sentimos um pelo outro. – ela retrucou.

Suspirei. – O que mais? – perguntei. – Mas agora me dê verdadeiras razões, por que estas não valem! – mirei seco.

- O jeito como me trata, como está me tratando agora. Frio e seco, não aguento mais essa situação Alfonso! – Maite exclamou angustiada.

- Ok, isso eu tenho que aceitar. – suspirei. – Me perdoe. – fitei-a envergonhado.

- Você trabalha muito, não te culpo por isso, mas não tem tempo para mim e quando está em casa nem fala comigo. – replicou Maite.

Fiquei calado, afinal de contas iria dizer o que?

- Não é mais como antes, o antigo Alfonso era carinhoso, amoroso, agora esse, não, não é totalmente ao contrario. – disse ela com lagrimas nos olhos.

- Se não está feliz comigo, por que ainda insisti? – indaguei impaciente. – sou o mesmo, você que é paranoica! – alterei.

- Eu paranoica? – Maite indagou limpando as lagrimas e agora seu rosto estava vermelho de ódio.

- Sim, paranoica. – confirmei convicto.

- Ok, sou paranoica então. – ela suspirou pesadamente. – Me diz então Alfonso, quanto tempo não fazemos amor? Já que sou tão paranoica assim? – ela me encarou me desafiando.

Engoli em seco. – Ah... Isso não vem ao caso... – murmurei nervoso.

- Por que não vêm? – ela se inclinou mais para frente de modo que nossos rostos ficassem grudados um ao outro. – Somente por que te convém, não é?

- Pare com isso agora Maite! – falei entre os dentes.

- Me responda, se é homem! – Maite me desafiou.

Suspirei. – Não fazemos amor há... Há... – eu não conseguia falar.

- Há quase um ano. – ela completou com um brilho sinistro no seu olhar negro e se sentou novamente do jeito certo. – Já chega! – ela disse jogando o guardanapo sobre a mesa e se pondo de pé. – Eu quero o divórcio! – disse com as lagrimas rolando em seu rosto e saiu de lá rapidamente, praticamente correndo.

- Maite, espere! – gritei, mas ela já estava longe. – Droga! – esmurrei a mesa.

- Algum problema senhor? – o garçom veio até a mim.

- Não... Somente quero a conta, por favor... – sussurrei abalado.

- Ok, senhor.