Fanfic: Encontros e Desencontros | Tema: RBD

Abri a porta do meu apartamento irada, deixei Ucker com o meu quarto de hotel e disse para ele ficar tranquilo, que se o Poncho ligasse de novo era para ele não atender. O que deu na cabeça daquele idiota, não esta vendo que o Ucker está desolado, o avô dele só piorou talvez nem se recupere.

__ Seu otário, eu já cheguei, ou você vem aqui agora ou se você quizer explicações vai ser no dia que eu puder.

Nem deixei Poncho terminar de falar, naquele momento eu tinha tanta vontade de esgana-lo. Olhei em volta, quatro malas cheias em cima do meu tapete branquinho e peludo, meus cabelos em um coque preso com lapis, calça jeans, blusinha branca toda amassada, uma cara de quem não durmiu, e não durmi, por dias e uma vontade de dar uma voadora no primeiro que aparecer. Sai dos meus devaneios quando o interfone gritou. Era Poncho, ele que entre e abra essa porta. Sentei no sofá, encostando a minha cabeça, estava com uma dor insuportavel, parecia que meu cerebro estava querendo sair pelo meu nariz.

Ouvi passos e minha porta sendo fechada que me fez sussurrar baixo “não tem geladeira em casa”. Olhei para ele, barbudo, com cara de mal e as mãos cruzadas no peito enquanto sentava na poltrona em frente ao sofa que eu estava.

__ Pode começar.

__ Oi pra você tambem. Vou ser bem franca e clara. O avô do Ucker estava internado, quase morrendo. Ucker foi para Madrid acompanhar a mãe, não tinha lugar para ele ficar, o hotel estava cheio, disse para ele ficar em meu quarto que era uma suite enorme. Não fizemos nada demais, somos amigos. Se quer acreditar bem, se não quer, amém.

__ Ficaram no mesmo quarto e não rolou nada? Para Dulce, você acha que eu tenho quantos anos?

__ Hoje? Uns 3 no maximo. Para com isso Poncho, eu estou com você, nunca iria fazer isso, tenha um pouco de noção. Você deveria ligar para o Ucker e pedir desculpas, ele é seu amigo e esta passando por um problema, uma situação dificil.

__ Então isso é verdade. Tudo o que disse? Desculpa Dul, eu não queria desconfiar.

__ Poncho se você quer que esse relacionamento de certo, é melhor começar a parar com essa palhaçada de ciumes novamente. Terminamos anos atras por causa desse seu ciumes psicótico e dessa mania de julgar “o livro pela capa”! Você é muito nervosinho, muito  revoltado. E por mais que os anos se passaram, você continua com as mesmas manias. Te vejo como um homem, mas nos seus olhos você ainda é aquele Poncho menino.

__ Dul, desculpa, mesmo. Eu não queria te julgar, eu devia confiar em você, devia confiar no Ucker e principalmente confiar me mim. Me perdoa vai, eu sou um otário mesmo.

Eu sorri, ele era estupidamente adoravel. Abracei seu rosto com as duas mãos e o beijei, ele subiu as mãos até minhas costas e foi puxando junto minha blusa amarrotada. Em instantes, estavamos no meu tapete branco, com as roupas em volta, a cena era uma bagunça total, somado aos sons de prazer. Toda a raiva se foi, todo o cansaço, o sono, as responsabilidades e tantos outros compromissos. Entregue ali eu me sentia feliz, realizada, me sentia uma mulher. Nosso primeiro beijo a tantos anos, eu magrelinha nem com meus 17 anos completos, ele com seus 19 muito bem obrigada. Hoje estou de volta em seus braços, um homem extremamente viril com seus 31 anos à completar e eu, a mulher mais realizada em seus 28 anos de experiencia. 11 anos estão ai, e ainda me sinto tão menina em seus braços e tão mulher em nossas sensações.