Fanfic: Encontros e Desencontros | Tema: RBD

__ Anaaahi vamos embora, a gente vai perder o voô Miss Enrolada.

Houvi Dul gritar meu nome, eu estava fechando a porta de casa por que Velasco tinha ido viajar algumas horas depois da gente sair da boate. Eu estava ainda meio bebada, mas Ucker era nossa prioridade. Ela estava batucando as unhas pintadas de vermelho, que finalmente deixou crescer, no volante do meu carro por que eu estava sem condições sóbrias de dirigir.

__ Calma criatura, tô aqui não tô?

__ Sim, mas se contarmos que agora são 5h30 da manhã e nosso voõ é as 6h05, estamos sim um pouco atrasadas.

O caminho até o aeroporto foi silencioso, eu estava com uma dor de cabeça do mal e Dul falava ao celular com a mãe de Ucker, dona Ale, como todos à chamam. Se ela levar multa por falar no celular, ela que vai pagar. Vi uma mão me oferecer um comprimido rosa e uma garrafa d’agua.

__ Toma logo que essa ressaca jajá passa.

Sorri de volta para minha amiga e tomei, chegamos no aeroporto logo em seguida. Colocamos o carro no estacionamento, e descemos somente com a bolsa, já que não iamos levar bagagem. Depois de todo o procedimento de revistar, assinar e afins, sentamos nas nossas poltroninhas.

__ Duuuuuul, estou tão cansada, e me sinto esquisita de roupas pretas assim, impressão ruim que dá.

Estavamos de roupas pretas, a familia Uckermann era muito tradicionalista e rica, então em um velório era quase obrigação vestir roupas pretas. Dulce estava com um vestido até o meio das coxas reto com um sobretudo rodado por cima, scarpin com a sola , salto fino e bico preto e o resto do sapato transparente. Alem do “look black” possuia uma bolsa preta e oculos de sol preto, seus cabelos castanhos em cachos grossos que caiam até metade de suas costas. Eu estava com um sobretudo reto preto, vestido até os joelhos reto e sapatos de salto grosso preto com pedras no salto, meu cabelo estava liso e meus oculos escuros meio marrons na cabeça.

__ Tambem não gosto muito, mas vamos dar apoio ao nosso amigo. Essa viagem já vai ser cansativa mesmo.

__ O que você estava falando com a dona Ale?

__ Ucker me ligou super preocupado, a mãe dele está muito abalada, então pedi para falar com ela. Ela está muito triste, mas ficou feliz de você e eu estarmos a caminho. Ucker disse que ela e Poncho ficaram conversando bastante.

__ Entendi.

Logo estavamos chegando em Madrid, um taxi levou a gente até o cemitério onde o vovô Uckermann estava sendo velado. Era um local muito grande e chique para ser um cemitério, varias pessoas de preto andavam de lá para cá, distribuindo abraços e beijos, ou sentando em grupos para falar ou fofocar. Várias damas da alta sociedade da Espanha estavam em volta da Sra° Uckermann, Lucia para os intimos, tentando dar conforto, pesames ou algo a mais à viuva que continuava imponente com seu conjunto preto, um chapéu com rendas e sapatos baixos, seus olhos banhados em lagrimas . Ucker estava parado ao lado da mãe com a mão em seu ombro, estava com terno preto, camisa preta e cabelos bem penteados, olhava o avô pelos oculos escuros. O “papi Uck’s”, apelido dado por mim e Dulce ao pai de Ucker, estava sentado ao lado da esposa em silencio, ambos de preto, Ale quase igual a mãe e “papi Uck’s” igual a Ucker. Poncho estava sentando em um sofá do lado de fora da sala, parecia cansado, com um terno preto, camisa preta e cabelos bem cortados. Quando nos viu, veio a nosso encontro, pegou minha bolsa e de Dul para que pudessemos comprimentar as pessoas sem que elas nos atrapalhassem.