Fanfic: Encontros e Desencontros | Tema: RBD

Vi Any e Dul entrando, as duas muito elegantes assim como o resto das pessoas aqui, a maioria eu nem sabia quem era. Elas foram abraçar a vovó Uckermann. Dona Lucia encheu elas de beijos e carinhos, vovó adorava aquelas duas, e fiquei feliz de ver minha avó sorrindo. Depois abraçaram minha mãe e meu pai. Mamãe ficou um tempo chorando no ombro de Dul, enquanto a mesma fazia carinhos circulares nas costas da mamãe e falava palavras de conforto em seu ouvido. Vieram até mim e me encheram de beijos e abraços, juntos é claro, era uma caracteristica das duas fazer isso juntas. E se aproximaram no caixão do meu avô.

Vi Dulce dando um beijo na testa dele, seguida por Any, as duas tocaram as mãos dele, cada uma pegou em uma mão e pelo jeito estavam rezando. Nós seis (RBD) sempre fomos muito fiéis a Deus por tudo, era preciso agradecer, mesmo nestes momentos de tristeza. Estava feliz de ver elas ali, d ever Poncho ali, Cristian e Maite não puderam vir, mas me ligaram e me deram apoio tambem. Eu tinha muitos amigos, mas os melhores eram eles sem duvida, irmãos.

Ouvi minhas tias fofocarem sobre as meninas, elas não eram muito fãs do rbd afinal, os filhos delas que tinham que ser bem sucedidos, e não crianças como elas diziam. Minha mãe é a filha mais nova, logo eu sou o primo mais novo, o “mais novo” depois de mim era Sérgio com 39 anos, ou seja 11 anos mais velho. Elas não aceitavam que eles sendo médicos, advogados, engenheiros ganhassem menos que eu, que sou ator, compositor, cantor. Elas falavam que isso não era profissão, era hobby, e que as mulheres que faziam as dancinhas comigo na “minha bandinha” eram mulheres sem respeito. Como eu as odiava por isso, dou graças a Deus da minha mãe se mudar para o México ainda nova, ter trabalhado e encontrado um cara simples e trabalhador como meu pai. Meus avós adoravam meu pai, e sempre tiveram orgulho da minha mãe por ela ser guerreira, e não uma velha metida que casou com um rico por dinheiro como as minhas tias.

Any e Dulce sabiam que minhas tias não gostavam delas, em uma festa que meus avós deram em casa pelo sucesso do rbd/rebelde elas fizeram questão de falar para elas, e sabendo que elas não gostavam delas Any e Dulce faziam questão de ignora-las e passar elegantemente sem comprimenta-las.

Algumas horas depois todos se encontravam em volta de um buraco, o caixão desceu, foi coberto de terra, depois grama e por fim flores e assim meu vô se despedia deste mundo e de todos nós. Aos poucos as pessoas foram saindo, sobrando apenas eu, minha mãe e pai, minhas tias, minha avó, Dul, Any e Poncho.

__ Nossa queridas, como estão? Estão de férias?

Pronto, minha tia Lucrécia resolveu atacar as meninas. Vi minha avó abaixar a cabeça, e meus pais virarem os olhos. Logo Dul responde.

__ Estamos ótimas, e a senhora? Não estamos de férias não, deixamos muitas coisas pendentes, mas nossos amigos eram mais importantes neste momento.

__ Isso mesmo queridas, eu e Dul estamos muito atarefadas lá no México, mas nossa prioridade é os amigos.

__ Entendi. Mas acho que a vida de glamour de vocês não é tão corrida assim né, fazer fotos de langerie nem deve dar tanto trabalho.

__ Silencio tia Lucrécia.

__ Mas é verdade sobrinho querido, um médico por exemplo, é uma profissão que precisa de muita dedicação do tempo do profissional.

__ Sim dona Lucréia eu confirmo, todas as profissões são importantes. Mas eu e Dulce exercemos nossa profissão com amor, quem gosta bem quem não gosta amém.

__ A senhora gostou das fotos dona Lucrécia? Eu e Any levamos 6 horas dentro do estudio para sair perfeitas, mas creio que a senhora adorou, por que se lembrou de jogar isso na nossa cara. Um beijinho no ombro querida. Vamos familia Uckermann, a gente acompanha vocês até em casa.

Eu ri. Any e Dulce acabaram com a minha tia, sutileza com um toque de elegancia. “Recalque” né Dul?

As meninas e Poncho acompanharam minha familia até em casa, logo elas entraram e pediram pizza, disseram que precisavamos nos alimentar. Meu filho realmente tinham otimos amigos.

Minha mãe estava mais revigorada com as meninas aqui em casa, ela sorria e garganhava com as duas, mesmo depois de ter enterrado a duas horas atras seu marido. E assim, eu ficava feliz junto. Resolvemos que mamãe iria morar com a gente no México, e essa mansão seria alugada. O contato com as minhas irmãs só iria faze-la cair em depressão. Lá no México ela teria a gente, Ucker, as meninas que prometeram visita-la sempre e Poncho que ela considera seu neto tambem.

__ Queria agradecer por tudo, meu marido foi um homem muito bom e integro, mas sempre amou a vida de paixão, amou musica, amou familia e amou a amizade. Hoje ele foi para um lugar melhor, mas sei que ele estará bem. Deixou saudade, deixará para sempre, eu o amarei eternamente. Mas agora eu posso ser feliz longe daquela Madrid linda, porem cheia de pessoas da alta sociedade esquisita e das minhas filhas que queriam e querem somente sugar sugar e sugar. Vou poder começar a curtir minha vida aqui no México, e quando estiver lá, quero que vocês me levam para uma vira de tequila.

__ Só pedir para Any e Dulce, disso elas entendem vovó.

__ Sim Christopher meu neto, quero fazer um brinde ao recomeço. O recomeço que meu amado estará vendo lá de cima junto com Deus nosso Senhor. Vivá o recomeço...

__VIVAA!

O resto foi festa, conversas, sorrisos. Estava bem de ver minha familia bem, meu pai iria fazer falta, mas precisavamos seguir em frente. Meu marido pegou minha mão em sinal de que tudo ficaria bem, depois as meninas subiram para ajudar minha mãe a arrumar as malas, ver o que ela queria levar. Eu e meu marido ficamos com Cristopher e Poncho aqui em baixo tratando das coisas burocraticas, passagens, vistos, passaporte, enfim. O dia iria ser longo assim como a noite.

Ucker e Poncho estavam pindurados nos seus celulares pedindo passagens aérias, documentos e tals, por serem meninos tão jovens eles possuiam uma segurança para fazer aquilo, era como se fosse algo normal como escovar os dentes. Pude ouvir risadas vindo do antes de cima e subi para ver, minha mãe estava sentada no chão com Dul e Any vendo fotos antigas, em volta delas malas já prontas. Sentei junto e ri das fotos, meu pai era um cara incrivel, adorava colocar Christopher nos ombros para ver os cavalos, assim Cristopher ganhou gosto por Polo. Meu pai tinha um carinho especial por Christopher,  não sei se por ele ser o neto mais novo, ou por ser o único que não ligava para classe social ou ainda por ser o mais parecido em gostos.

Horas depois estavam os sete entrando no aeroporto. Dulce, Poncho e Anahi iriam em outro voô por que não tinha mais lugar no nosso voõ. Nós despedimos e seguimos nosso caminho até o México, a viagem foi tranquila. Quando desembarcamos em peguei na mão da minha mãe, era o recomeço.