Fanfic: Encontros e Desencontros | Tema: RBD

Desde ontem a noite não falo com Dulce, não consegui falar com ela, ela estava estranha, distante. Meu coração apertou ao ver ela chorar cantando seu solo, ela poderia estar com problemas pessoais e eu precisa estar ali para ajuda-la. Todos estavam na mesa do hotel tomando café da manhã, menos Dulce. Ucker e Christian discutiam futebol, Anahi estava alheia ao que acontecia vendo uma revista e Mai, a Mai estava estranha, me olhava com um olhar de raiva e tristeza, mas resolvi ignorar, estava mais interessado em saber quando a minha pequena iria atravessar aquela saguão, e logo aconteceu, ela entrou e foi direto sentar ao lado de Mai, não comprimentou ninguem e tambem não tirou os óculos escuros que não me permitiam ver seus lindos olhos brilhantes.

Com movimentos delicados, tomou apenas meio copo de suco de laranja e depois deitou sua cabeça nos ombros de Mai, enquanto a mesma lia alguma coisa de horóscopo. Meu olhar caminhou sobre Dulce não sei quanto tempo, por que logo ouvi a equipe chamando para irmos ao aeroporto. Todos levantaram e foram em direção a van, corri para sentar com Dulce. Ela sentou e olhou pela janela, talvez não notando minha presença.

__ Dul, está tudo bem?

Senti ela respirar fundo, olhou para mim e tirou os óculos, meu coração apertou. Seus olhos eram pura tristeza, vermelhos e inchados, aqueles olhos de quem chora por horas a fio sem descanso.

__ O que aconteceu Dul?

Fui abraça-la, mas ela colocou sua mão em meu peito.

__ Não me toque Poncho, eu não quero que você me toque.

__ Como?

__ Isso que você me ouviu, você me machucou da maneira que eu nunca pensei que seria machucada. Por mais que eu te ame, e esse meu amor seja enorme, eu não quero mais nada, eu não quero explicações, eu não quero conclusões, eu quero tempo.

__ Por que? Dul por favor não faz isso. Me fala o que aconteceu, eu posso te ajudar.

__ Eu vi Poncho.

Minha cabeça processou tão rápido a informação que tive uma tontura, era isso, era o fim. Dulce havia visto eu e Anahi, por isso trocou de lugar, por isso chorou, por isso ela está assim e a culpa é minha, Alfonso seu filho da p/uta. Começei a chorar, a van parou e todos desceram, menos eu e ela (ninguem ouviu a conversa por eles estavam falando muito baixo). Eu chorei, me ajoelhei e chorei em seu colo, eu podia ouvi-la fungar mas não tinha coragem de olha-la, não queria ver toda a dor que ela estava sentindo por minha causa.

__ Perdão meu amor, me perdoa. Foi um impulso, mas não valeu, não significou nada. Por favor, eu sei que não tem explicação, mas você é a mulher que amo, não me deixa aqui, sem você eu não sou capaz de nada, eu te suplico.

__ Poncho eu te perdoou, mas não confio em você mais. Esta doendo muito aqui, e essa dor eu não sei quando vai passar. É melhor os planos pararem aqui, precisamos de um tempo, de um espaço. Se você ficou confuso sobre o que sentia, eu entendo. Mas agora quem precisa colocar a cabeça em ordem sou eu, por favor eu te suplico, está doendo muito.

__ Dul ...

__ Poncho entenda, por mim.

__ EU NÃO FIQUEI CONFUSO. VOCÊ É QUEM EU AMO, VOCÊ É O AMOR DA MINHA, AQUILO ACONTECEU SEM QUERER, FOI MOMENTO.

__ MOMENTO? ENTÃO TODAS AS VEZES QUE VOCÊ SENTIR NECESSIDADE DE MOMENTO VOCÊ VAI SAIR BEIJANDO POR AI E DEPOIS VOLTA FALANDO QUE SOU O AMOR DA SUA VIDA, POR FAVOR ALFONSO.

__ Dulce por favor meu amor ....

Eu já chorava, vi Dulce secando as lágrimas e levantando, toda a dor de ve-la ali tão linda, ela era tão minha e agora se foi. Eu estava transtornado de dor, eu queria faze-la entender que não foi algo pensado, que não foi minha intenção, que por mais que eu retribui o beijo eu não senti nada.

__ Acabamos aqui Poncho.

Ouvi-la dizer que acabou fez meu coração parar, ela pegou a bolsa colocou os óculos e saiu. Eu fiz o mesmo, vi ela caminhando solitária para o avião, seus longos cabelos castanhos balançavam com o vento frio e ela tentou se proteger abraçando o próprio corpo. Diante da imensidão da paisagem, eu via uma pequena Dulce, minha pequena solitária subir as escadas do avião e meu coração sentiu toda a dor de perde-la, mas uma vez. Não me importei de esconder meu choro, entrei no avião com todos me olhando. Ucker levantou e me ajudou a guardar as malas, Dulce havia sentando na ultima poltrona, sozinha.

Era o fim, mas eu não queria aceitar, ela precisava de um tempo e eu do seu amor.