Fanfic: Encontros e Desencontros | Tema: RBD

Quando a porta de vidro automatica se abriu, a visão daquela sala de espera me deu cãimbra. Logo vi quatro pessoas olhando em minha direção e sorri, meu amigos, pessoas que conheço tão bem, ombros de consolo, risadas de descontração.

Any correu e me abraçou com tanta força, era bom abraça-la, estava com saudades dessa magrela que agora era quase uma mulher casada, primeira dama de Chiapas. Logo ganhei um abraço de Cris, aquele amigo que apesar de qualquer escolha, se mostrou respeitador e discreto, conselheiro e parceiro.

Me soltei dos abraços, e logo envolvi Blanca em um abraço de conforto e dor igualitária. Como Dulce se parecia com ela, tirando alguns traços, e expressões mais joviais, era uma copia perfeita da irmã mais velha. Cumprimentei Claudio, o cara era meu parcero, saiamos sempre juntos e ele tinha uma forma legal de marido e pai dedicado com imaturidade extrema. Abaixei e beijei a buxexa da pequena Clara que dormia nos braços de Cristian, como Dulce amava aquela menina, ela sempre passava em alguma loja de crianças e saia carregada de coisas para a sobrinha. A familia de Dulce sempre foi muito unida, eram uma base muito forte, Blanca e Fernando sempre apoiaram os filhos nas decisões, eram pais liberais na medida certa e estimulavam a imaginação dos filhos até o limite. Não é atua que Blanca, Pablo e Dulce são tão doceis, simpaticos e bem sucedidos.

__ Ucker que bom que está aqui,Dulce vai adorar ver todos vocês.

__ Ela está acordada? Posso ve-la?

__ Não Bebê, Dulce ainda está desarcordada, a Blanca disse que ela está em estado de choque. Temos que aguardar qualquer reação.

Fechei os olhos. Esperar, uma coisa que eu não sabia fazer, mas tinha que fazer. Olhava para Blanca e via que seus olhos pousavam sobre a filha dormindo. Possuia olheiras, o rosto inchado e parecia ter envelhecido alguns meses em poucas horas. Olhei o relogio, oito da manhã. O acidente havia sido as onze da noite do dia anterio, 9 horas se passou desde o acidente, e segundo a Blanca a única e última noticia foi a 3 horas atras.

Senti meu celular tocar, “Poncho” estava me ligando, uma ligação com outro DDD, e senti que ele devia estar desesperado. Muitas pessoas o criticaram duramente pela relação dele com a Dulce, até eu critiquei, alias, todos nós. Eu e Dulce sempre fomos um caso de amizade colorida, somos muito amigos com privilégios a mais. Sempre vimos que não iriamos dar certo, somos muito iguais e isso mostra que sabemos o defeito do outro, por ser o nosso próprio defeito. É por isso que somos tão amigos, tão intimos, eu jamais deixei alguem machucar ela, e ela jamais deixaria de me roubar um selinho quando estavamos solteiros. Mas o respeito e carinho vinha acima de tudo.

__ Fala Brother, bom?

__ E ai Brother, indo e você? Noticias da Dul?

Senti sua voz tremer ao falar o nome da Dulce, e isso comprovava mais uma vez que meu amigo era loucamente doido por ela.

__ Estou bem, não Poncho nada, estou aqui no hospital com Any, Cristian, Blanca e Claudio, mas nada ainda.

__ Hum, queria poder estar ai. Manda um beijo para todos, se tudo ser certo amanha cedo pego um voô de volta para o México.

__ Beleza, me liga se precisar que eu te pegue no aeroporto. Mano fica em paz, sei que você está aflito, mas mantem a cabeça fria. Você está filmando, se concentra. Assim amanha você vem mais tranquilo, não vai acontecer nada com Pablo e nem com a Dulce, ela vai estar bem cara, esperando você com aquele sorriso debochado.

__ Obrigada, valeu pela força brother. Fica com Deus.

Voltei para perto da galera, e vi que Clara havia acordado e estava brincando alegre com Anahi.

__ Poncho mandou um beijo a todos.

__ Como ele está?

__ Tirando o desespero? Desesperado Blanca. Vai vir para cá amanhã.

Anahi suspirou, Poncho era louco por Dulce mas fazia as coisas erradas inclusive se afastar de todos. Ela era super a favor, tanto que ajudou eles em tudo, mas Alfonso as vezes era muito dificil. Resolveu levar Clara para comer alguma coisa, a menina estava risonha e adorava as brincadeiras que Anahi fazia, mas sempre em alguns momentos parava e olhava um ponto fixo, como se esperasse encontrar alguem. E naqueles momentos, a pequena menina com nem 2 anos completos, tinha o olhar tão profundo quanto sua tia Dulce.

__ O que foi Clara, o que procura?

__ Ti Dul. Cadê?

A peguei nos braços, como explicar, como ela iria entender?

__ Dul jajá está ai, ela foi em um jardim pegar uma flor para você, talvez demore, talvez não. Você espera?

E a resposta veio como se ali estivesse uma adulta.

__ Pla semple.