Fanfic: Encontros e Desencontros | Tema: RBD

*Quero agradecer por todos os comentários, vocês que estão curtindo a história são muito fofos, obrigada mesmo. Podem dar opniões de casais, ou algo que queiram que aconteça. Muitas beiiijocas.

Alfonso já havia chego, o coitado parecia desolado, com a barba para fazer e os olhos castanhos em uma tristeza. Sempre disse a minha irmã que tanto ela, quanto Alfonso tinham o mesmo olhar expressivo, como eles conseguiam envolver as pessoas pelo olhar.

__ Blanca.

__ Oi Dr°, graças a Deus, que angustia sem noticias, quase dois dias que ninguem falou nada.

__ Tranquilos, tinhamos que estabilizar toda a situação. Dulce chegou aqui quase sem respiração e Pablo estava com hemorragia gravissima. Agora trago noticiais. Pablo está estável, o quadro não se agravou, nem gerou danos, mas ele ainda permanece em coma.

Meus olhos estavam cheios de agua, como em coma ainda? Isso não era um bom sinal, senti Anahi colocar as mãos em meus ombros.

__ O estado de coma de Pablo é por conta do trauma, não vamos nos apressar em dar diagnosticos, vamos ver como ele reage nessas 72 horas. É preciso dar o tempo, é preciso esperar o corpo reagir. O corpo precisa voltar a trabalhar em seu estado normal, ele está estável e isso é bom ok. Dulce acordou pela manhã, acordou assustada, mas fomos falando com ela aos poucos. Ela colaborou bem com todo o processo de exames, ela fez muitos exames, exautivos, invazivos e psicologicos, então mantenham a calma perto dela. Ela não vai conseguir falar muito, seu pulmão precisa voltar a encher por completo, então a dificuldade de falar e respirar é visivel, não se assustem. Ela está ligada a muitos aparelhos, que no começo podem causar aquela má impressão, mas é preciso estar ali, precisamos ver o quanto de progresso o pulmão da Dulce faz. Vocês podem ve-la, três a três, sem pressa. Evitem falar do Pablo ou qualquer coisa do tipo, é preciso tratar um de cada vez.

Todos ali estavam mais tranquilos, eu fui a primeira a ve-la. Claudio que tinha dormido em casa com a bebê já havia avisado aos meus pais, e todos já estavam a caminho. Durante minha passagem pelo corredor, senti um frio na barriga, abri a porta do quarto da UTI 790, e minha irmã estava lá. Me aproximei olhando de cima em baixo para ver se não faltava nada, se tudo estava no lugar. Realmente os aparelhos assustavam, era como se aqueles Bips Bips te amedrontassem a casa leve estufada do peito de Dulce.

__ Olá maluca.

Dulce abriu seus grandes olhos e sorriu, um sorriso fraco mas tão puro em sua felicidade, que me fez sorrir aliviada. Ela me deu a mão e pude escutar um sussuro rouco.

__ O...i.

Sentir sua mão na minha foi aliviador, ela estava bem, iria ficar melhor logo, e perfeita em algum tempo. Mesmo raladinha, ela estava com o rosto lindo, pálida e com o cansaço em suas expressões, mas, linda.

Fiquei com ela por longos minutos, contei a ela sobre Clara e sua façanha de derrubar toda a coca no chão da sala de espera, que tinha uma galera lá fora muito maluca querendo ve-la, que Mamãe disse que vai te bater por você não ter ligado quando chegou de viajem e via as expressões alegres, os sorrisos abertos e o brilho de saudade que ela tinha nos olhos. Quando sai do quanto, mamãe, papai e Claudio estavam chegando, Clara veio em meu colo e voltamos para a sala de espera.

Depois que os pais da Dulce sairam, eu, Ucker e Polito iriamos entrar. Poncho que estava em uma briga interna ficou. Acho certo ele entrar sozinho.

Abrimos a porta e Dulce nos recebeu com um sorriso e um aceno de mão, vi a pequena mão se levantar em um oi movimentando o cabinho ligado a sua veia. E sorri, ela estava machucada, mas não se importou em abrir o sorriso de dentes brancos.

__ Ola hermana, que saudades.

Ela sorriu e fez um gesto “ eu tambem”. Ucker se aproximou, a beijou na testa e fez um toque bobo com as mãos que eles sempre faziam. Cristian chegou com os olhos marejados, ela limpou os olhos dele e ele pegou sua mão e a beijou. Logo estavamos envolvidos em um papo ontem Ucker era zuado demais por mim e Polito, enquanto Dulce ria e fazia biquinho para Ucker (uma forma de zuação tambem).

Era bom estar ali de novo, de todos que tenho perto, ficar com eles era único. Sempre fomos muito despojados, amigos .. Companhia agradavel, resolviamos nossas diferenças de uma vez só, se dois estavam se arranhetando, então todos os seis entravam em um quarto ou local e resolvia. Sempre foi assim, e poder ver Dulce ali, mesmo machucada, mesmo cheia de tupos e fios, mas ve-la viva, era único.

Eles sairam, falaram que iam me esperar, eu apenas concenti e entrei no quarto. Seus olhos castanhos mel se juntaram aos meus, e ela sorriu em um mix de surpresa e alegria. Logo desabei, sentei em seu lado e chorei, ela me olhou com a cabeça um pouco de lado e passou a mão sobre minhas lagrimas. Agarrei aquela fina e pequena mão e beijei, beijei em cima de onde esta a agulha do soro, beijei seus dedos e a palma da mão. Ela, com toda a força que tinha naquele momento, trouxe a minha mão até seu rosto e deu um beijo. Senti seus labios frios e macios em contato com a pela da minha mão e arrepiei. Ela ainda tinha esse poder sobre mim, ela tinha todo o poder sobre mim.

__ Oi Ardilla, você está linda.

__ O...lá, es...ta lin....d...o.

Na dificuldade de sua fala, vi tambem a dificuldade de sua respiração. Fiz ela ficar quetinha agradecendo o elogiu. Logo contei para ela sobre as filmagens, sobre a traição, sobre como sentia falta de tudo e como queria ter ficado perto dela todos esses anos. Ela sorriu e concordou, eu disse que sentia tanta falta dela que ficava sem ar, ela riu e fez um gesto como “já basta eu sem ar”, mesmo nessas horas ela sempre fazia com que o clima ficasse mais fácil. Então resolvi falar a verdade..

__ Dul, sei que sou um idiota, nem sou homem para ter feito tudo o que fiz. Mas quero te dizer que ... eu não consigo de esquecer Dulce, você tem um poder sobre mim que me descontrola, eu não podia ouvir seu nome que minhas mãos suavam. Te ver cantando, ou em um clipe ou novela, Senhor, era torturante. Você é incrivel no que faz, tenho orgulho da sua garra, do seu despreendimento com criticas, da sua fé. Você me fazia ser melhor e eu não enxerguei isso, perdão. Mas eu sei que preciso de você até para as coisas mais simples como pensar.

Dulce me olhava profundamente, ela foi levantando com muita dificuldade ficando sentada. Apoiei minhas mãos em suas costas para ajuda-la como apoio, ela então envolveu suas duas mãos em meu rosto e beijou a ponta do meu nariz, ela sempre fazia isso quando queria dizer que estava tudo bem, sempre fez isso comigo e com Clara, sua sobrinha. Então tocou seus labios aos meus, não de uma forma bruta, ou que fosse virar um beijo, mas um toque de sentir, estudar, troca do halito de hortelã dela, pelo meu de trident azul.

__ Eu sempre estarei com você, minha Ardilla.

__ Ch....a..nce?

__ Você está dando uma chance para mim?

__Não, ..... pa..ra ... nó.s.

Sorri, aquela mulher em meus braços era tudo o que quero. A deitei novamente e vi ela fechar os olhos em sinal de dor, perguntei se estava tudo bem e ela se ajeitou e balançou a cabeça em afirmação. Fiquei mais um tempinho, me despedi e deixei ela já adormecida.

Saindo do quarto Blanca, Claudio, Clara, Blanca Mãe e Fernando não estavam mais, eles foram para casa, tomar um banho. Os médicos falaram para ficar tranquilos, que qualquer coisa eles ligavam, todos deveriam descansar.

__ E ai brother, como foi?

__ Aaaaah pela carinha dele, foi tudo Love in the air.

__ Ulisses sempre disse para mim que vocês formam um casal lindo, depois de nós é claro.

Todos riram, eu realmente estava exalando alegria.

__ Ok ok, Dulce deu uma chance, pra nós. Vamos com calma, e conversar mais tranquilos quando ela sair daqui, quando o Pablo estiver melhor. Só o fato de estar aqui e poder apoio-la já esta me fazendo bem.

__ Eu tambem acho brow, agora vamos com o Papai Ucker aqui comer alguma coisa. Depois deixo a Anahi que veio de Taxi na casa dos pais dela, deixou você que tambem veio de taxi no seu apê e o Cristian vai embora no carro dele por que eu não sou choffer.

Rimos. Era bom estar com eles novamente, tão longe e tão perto. Parece que fui me completando novamente, era isso mesmo, sei quem me completa, quem faz a mudança em mim. Estar com eles, todos juntos depois de seis anos de separação. Essa historia de rbd para sempre, pega, ô se pega.