Fanfic: Será que é você?

No outro dia pela manhã decidi que iria para casa, não tinha mais condição para ficar no condomínio, tudo me lembrava Phillipe e era lembranças que eu ainda não estava preparada para lidar, mas antes de ir para a casa de minha mãe e tinha que concluir mais um etapa de minha vida, teria que falar com Marcus e descobri em que momento deixamos de ser amigos, e queria a real explicação para tudo aquilo, na verdade eu acho que só queria um motivo para acreditar que realmente Phill eram culpado, quando as pessoas diziam que o amor deixam as pessoas cegas eu não acreditava , pensava que era bobeira que ninguém podia ficar tão apaixonada a ponto de ser incoerente com a verdade em sua cara, mas hoje não as julgo, pois aprendi que é assim mesmo que o amor ensina.

- Marcus a gente podia conversar um minuto. – disse o abordando voltando do mercado.

- Claro Sophi , vem senta aqui – apontou para a guia da calçada onde estava sentando.

- Obrigado – disse sentando na guia da calçada – Pois bem, não sei nem por onde começar.

- Bem tenho todo o tempo do mundo, até o almoço – disse rindo.

- Então Marcus, ontem eu escutei sem querer uma conversa sua com a Juliana, bem eu sei do Phillipe e da Marcela. – disse por fim derrotada.

- Desculpa Sophi, não era assim que eu esperava que você ficasse sabendo – não sei por que motivo pude notar a sinceridade em sua voz.

- Qual foi o momento que deixamos de ser amigos Marcus?

- Não, não, eu nunca deixei de ser seu amigo Sophi, eu fui um idiota , sim eu fui admito , fui idiota em encobrir essa historia, mas se eu ajudei os dois com isso foi por querer seu bem e te mostrar que você não foi feita para ficar com ele.

- Me conta tudo o que aconteceu, desde o começo – pedi calma, era só disso que eu precisava.

- Bom, assim que cheguei da capital Juliana me contou as novidades, que finalmente você e o Phillipe haviam assumido o relacionamento publico e que você estava muito feliz, não vou negar que isso me deixou meio abalado, você sabe que somos amigos de infância, mas eu nunca escondi a vontade que tinha de ficar com você, porem ela me contou também que Phillipe andava trocando mensagens com uma amiga dela, que no caso é a Marcela.

- Ta bom Marcus, entendi – não aguentaria chegar até o fim da historia.

- Mas eu só fiz isso porque achei que te tirando de Phillipe eu teria alguma chance.

- A verdade é que você detonou todas elas.

- Eu sei, por isso eu sou um otario, Sophi por favor me perdoa. – dava para sentir o desespero em sua voz.

- Não tem do que te perdoar Marcus, você não tem culpa de nada, quem tinha que me respeitar era Phillipe que tinha um relacionamento comigo, mas enfim era o que eu precisava saber, estou indo para casa da minha mãe senão fica tarde para o almoço, até mais. – levantei e segui para a direção do portão.

- SOPHI, não esquece de ver a lua hoje, te amo.

Acenei com a cabeça e fui embora, Marcus tinha jogado baixo no perdão falando da lua, a lua era uma coisa tão nossa, coisa de criança que descobri o quão lindo o céu é, ele e eu tinha essa paixão pela imensidão escura com pontinhos brilhantes, sempre que Marcus e eu estávamos sem fazer nada a noite íamos debater sobre os cosmos, era essa coisa nossa que fortalecia nossa amizade a cada ano que passou, simplesmente não dava para guardar rancor de alguém que só estava lutando por aquilo que queria, eu não podia condenar essa atitude nele quando eu sempre fui a primeira a apoia-lo a lutar.