Fanfic: Teto de Vidro | Tema: AyA - Ponny - Any & Poncho.

História contada, Anahí sentia parte do peso sair de suas costas e ela voltava a sentir algo que mal se lembrava: proteção. Por tanto tempo era ela quem era a protetora, mas ninguém a protegia e isso ela sentia em Alfonso. Mais dias estavam passando e tudo estava bom demais pra ser verdade. Anahí, para fracassar a aposta dos garotos, vendia quase a metade dos discos que ninguém conseguira. A comissão não deixava que Anahí quitasse todas as dívidas, que na verdade só aumentavam, mas ela estava tão feliz no trabalho, com as pessoas com que conviviam, que só sofria estresse quando a senhora Willow aparecia para reclamar.

- Adivinha, Any. – Christian encostou no balcão e vinha com uma cara de segunda intenções que todos estavam acostumados.

- O que? Você resolveu recolher todos os cds com capas quebradas e trocar por novas? – Anahí brincou, mas sabia que não seria aquilo quando se tratava de Christian.

Ele riu. – Essa eu deixo pra você. Tenho uma super novidade.- Ela apenas o olhou de baixo, enquanto anotava alguns pedidos num papel. – Vou sair com uma garota.

- Ual!!! – Anahí quase gritou e se fez de surpresa, seguindo com um bolo de risadas.

- Está rindo de que?

- Quem é a maluca? – ela o fitou, agora segurando o riso.

- Ela faz aula de canto onde eu faço de guitarra.

- E você está com uma cara de que quer me perguntar algo.
- Sim. Se você pode sair com a gente.

- Que? Eu? Com vocês? To com cara de babá?

Christian riu. – Você sozinha não. Chame o Poncho.

Anahí o olhou de canto, estranhando aquela proposta.

- Vai, Any! Por favor.

- Não vou chamar o Poncho pra sair de casal. – ela pigarreou e voltou a olhar para o papel que escrevia antes. Vai que seu rosto estava com algum rubor...

- Não é de casal. Bem, não exatamente. Estamos te devendo uma aposta mesmo. Hoje era o prazo pra você desistir dos discos antigos.

Ela riu. – Eu tinha a escolha de chamar você pra jantar.

- Ah, vai Anahí. Você nunca me chamaria. – ele bateu no ombro dela.

- Pra mim não era tão obvio. – se fez de desentendida.

- Vai... Não desvie o assunto. Você pode ir?

Anahí o fitou e apoiou o queixo em uma das mãos. - Por mim, tudo bem. Preciso falar com o Poncho.

- Ae! – ele bateu a mão na dela como num toque.

- Quando você combinou com a menina?

- Amanhã à noite.

A conversa fora interrompida com Alfonso entrando na loja, com os braços ocupados com tantos pacotes de supermercado.

- Resolveu abastecer a geladeira? – Christian disse.

- E aproveitei pra comprar um cadeado anti-Christian e sua fome infinita. – ele respondeu com certa acidez, mas todos sabiam que ele estava brincando.

- Se a comida for esperar por você... – ele deu os ombros.

Anahí riu dos dois. – Quer ajuda?

- Não, não precisa. Vou enfiar tudo na dispensa e já volto.

- Ela tem um convite pra te fazer!! – Christian gritou pra que ele ouvisse da escada.

- Você vai me dever uma semana de limpeza das prateleiras, viu? – foi quase uma intimação que ela fez a ele.

Minutos depois, após a saída de um cliente, Christian voltou ao assunto.

- E então, Any, você não vai falar com o Poncho?

- Que ansiedade é essa? – ele perguntou.

- Ele quer que nós vamos a um encontro com ele.

- Como assim? – Alfonso fez uma careta.

- Vou sair com uma garota e queria que vocês fossem juntos.

- Você ainda não sabe lidar com mulher?! – ele disse indignado e zombando do menino.

- Ah, guarde seus comentários pra você... – Christian pareceu chateado, mas ele achava era graça de tudo.

Anahí apenas riu. 

- É amanhã a noite. Você pode ir? – esperou uma resposta de Alfonso.

- Achei que o convite fosse dela e não seu. – ele fez uma careta.

- Ele perde a aposta e é quem pede o favor! – Anahí provocou junto.

- Ah, vai. Todos vão sair ganhando. Você, com a beleza e simpatia de Anahí, ela com sua incrível sedução e eu na companhia dos meus melhores amigos. – e abriu um sorriso tão falso quanto aqueles elogios.
Anahí e Alfonso riram.

- Só aceito pra você não passar vergonha com a garota... E porque é a Any quem está indo. – ele disse e a abraçou de lado.

- Você vai pagar nossa conta também? – ela perguntou.

- Ah, nem pensar!

E os dois passaram a tarde zombando da cara de Christian, mas tudo estava combinado para a noite seguinte, quando estariam todos de folga.