Fanfic: Teto de Vidro | Tema: AyA - Ponny - Any & Poncho.

No dia seguinte, Anahí podia se dar ao luxo de acordar mais tarde, porém certa ansiedade tomava sua cabeça. Ainda deitada, olhava para o teto tentando digerir o que estava vivendo. Há tanto tempo que não saia de casa, saia com alguém, com amigos, com um homem... 
Em meio ao seu desvaneceu, ela pulou da cama.

- Eu não tenho roupa! – ela falou pra si mesma e correu para o armário. Quando olhou a meia dúzia de cabides ali, pôde jurar que ouviu um barulho de vento passar, como se não existisse nada ali.

Definitivamente, ela precisava comprar algo pra usar esta noite.

Tratou de acordar Ana Paula, preparou o café da manhã dela e tomou um banho rápido, para que pudessem ir ao shopping. E lá foram elas.

De mãos atadas à Ana Paula, Anahí praticamente caçava nas vitrines algo que pudesse vestir. Algo bom, bonito e barato. Mas estava impossível achar algo naquelas lojas tão caras. Nem pareciam lojas do Broklyn. Enquanto Ana Paula se melecava com um sorvete, Anahí viu no fundo de uma loja, uma garota provar um vestido. Era aquele. Puxou sua filha até a loja e pediu para provar um igual.

No provador, ela se olhava no espelho deslumbrada com a beleza do vestido e modéstia a parte, havia lhe caído muito bem. Lembrou do par de sapatos altos que Dulce tinha e pediria emprestado. Pronto, resolvido! Mas antes, tinha que pagar pelo vestido.

Virou-se de costas para o espelho e procurou pela etiqueta. Foi rezando para que pudesse pagar por ele e então...

- Ah! Pagável. – ela sorriu e estava bastante aliviada por ter resolvido o problema da roupa.

Em casa, com Dulce já em sua casa para ficar com Ana Paula, Anahí terminava de se arrumar.

- Você está demorando demais, Any! – Dulce reclamou lá da sala.

- Já vai!!!

- Sua mãe anda muito sorridente, Anapau? – a ruiva atormentava a menina.

- Ah! Ela está muito boazinha! Hoje ela nem parou pra ver desenho comigo. Só ficou vendo esse vestido aí...! – e engoliu várias pipocas de uma só vez.

Dulce riu. – Você gosta do Poncho?

- Eu adoro ele!! – e os olhos dela pareciam brilhar. – Eu amo o Marley também, mas ele nunca mais veio brincar comigo... – e fez um bico.

- Estou indo...! – Anahí interrompeu a conversa das duas quando gritou do quarto.

- Pode vir!! – as duas gritaram juntas e esperaram por ela.

Podiam ouvir o barulho do salto bater no chão e então, Anahí abriu a porta do quarto e praticamente desfilou pela sala.

- Uaaal! – Dulce exclamou. – Está linda, Any!

- Linda, linda! – Ana Paula sorria.

- Quero esse vestido emprestado depois! – Dulce brincou.

- Está bom mesmo? – ela olhava repetidas vezes para si mesma.

- Se você se arrumasse sempre assim, teria desencalhado faz tempo!

- Nunca quis e não quero desencalhar. – a fitou com aquela cara brava de sempre, quando Dulce era bobalhona demais. E sua amiga apenas riu.

- Mesmo que você não queira, vai desencalhar.

Anahí sentou na mesa de centro e entregou um jogo de sombras pretas para Dulce, a fim de que ela a maquiasse.

- Filha, vai pegar mais pipoca lá na cozinha, vai... – ela despistou a filha e quando ela não estava mais ali para ouvir a conversa, voltou a dizer. – Quando você fala essas coisas, eu sinto um pouco de medo...

- Medo de que, Any? – Dulce perguntou, enquanto pintava a pálpebra do olho de Anahí.

- Ai, Dul... Você sabe como é difícil confiar em alguém de novo. Você teve seus namoros problemáticos, mas ninguém te botava medo...

- Eu sei, Any. Mas você tem que dar uma chance pra ele e pra você mesma.

- Hum. – ela pensou por um instante. – Também, não há motivo pra você criar essas expectativas, pois Poncho nunca deu em cima de mim.

Dulce Maria parou de maquiá-la e lançou um olhar fuzilante. – Nunca vi homem tão gentil como ele. Isso porque eu sei da história por cima. Mal imagino como ele é legal com você em todo o restante...
Anahí riu. – Você ta plantando coisa de mais na minha cabeça...

- Você é quem sabe, Anahí Giovanna. – bufou e voltou a maquiar a amiga.

Dulce terminou de pintar os olhos de Anahí, mas não parava de dar palpite, afinal, ela também não parava de fazer perguntas: está bom?, tem certeza?, não está exagerado?, não está muito sem graça?

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