Fanfic: Teto de Vidro | Tema: AyA - Ponny - Any & Poncho.

- A gente fala baixinho... – e arrastou seus lábios sobre os dela, até que a tomou em um beijo. Comprimiu o espaço entre eles, empurrando-a para a pia, mas ainda assim, não estava satisfeito. Passou as mãos pela cintura dela, descendo até os quadris. Apertou cada coxa dela, fazendo Anahí soltar um som abafado e a sentou sobre a pedra gelada. Gelada e molhada.

- Pon... – ela acabou rindo e interrompendo o beijo. – Está molhado...!

- Então é melhor tirar essa calça encharcada... – ele disse abrindo o botão e o zíper do jeans que ela usava. Anahí levantou o quadril para que ele pudesse puxar sua calça e despi-la.

A sensação de molhado que antes era incômodo, agora até Anahí começava a gostar. Sentiu as mãos de Alfonso passarem sob as nádegas molhadas de água dela e, ainda com as mãos apoiando o corpo para que o quadril continuasse levantado, instigou Alfonso a descer seus beijos. Deslizou pelo pescoço, passou pelo decote em ‘v’ que a blusa tinha, pulou para o final da barriga e quase lá, causando arrepios que chegavam a arder a pele de Anahí.

Os beijos na parte interior das coxas, chegando mais na virilha quase faziam-na soltar mais algum gemido inconveniente. Quando Poncho puxou a calcinha que ela usava, beijou sua intimidade sem a mesma intensidade de antes, mas não menos prazerosa. Aliás, ela passou a se esforçar para se manter calada até que ele parasse com as carícias.

Elas pareciam não ter fim. Anahí achou que não iria agüentar nem mesmo ficar ali em cima mais, então relaxou os braços e puxou ele de volta, deixando-o na sua altura e o beijou. Trocaram mais alguns toques, carinhos e Anahí foi tirando a roupa que ele usava ainda. Quando puxava a cueca dele, Poncho segurou a mão dela e deixou que ela tocasse nele desta vez. Não foi nos primeiros movimentos, mas logo ela aprendeu a tocá-lo da maneira que mais gostava. Isso ela concluiu quando ele tentou pronunciar o nome dela, mas já não saia mais nenhuma palavra. Puxou-o em sua direção e colou seu quadril no dele, consumando o momento.

Poncho sustentou o corpo de Anahí com os braços e ela dava ritmo aos movimentos, até que sem forças, ele voltava a deixá-la sobre a pia. Manteve os braços apoiados na pia e seu rosto sobre o ombro dela.
Ofegante, ele disse. – Eu te amo...

Anahí achou que tivesse entendido errado, até que Alfonso a fitou e com um sorriso, repetiu o que havia dito antes. Beijaram-se mais uma vez, porém nada tão intenso quanto antes, pois ainda lhes faltava ar. Ainda com o rosto colado ao dele, ela riu. Olho no olho, eles se perdiam entre a vontade de mais beijos e a necessidade de retomar o fôlego.

- Também te amo. – finalmente, ela disse a ele também.

A louça ficou mesmo pra outra hora. Anahí vestiu uma camiseta de Alfonso e foi para a cama. Ele também se deitou logo depois, aconchegando Ana Paula no meio dos dois.

Observava ela, que estava de olhos fechados, mas não sabia se já tinha pegado no sono. Ainda sentia um frio na barriga, que podia ser pela lembrança de seus corpos colados minutos antes. Ou podia ser porque, depois de tanto tempo, percebia um laço sendo criado com alguém, entre ele e Anahí.
Levou uma das mãos até o rosto dela, acariciando com o polegar. Ela sorriu, mostrando que estava acordada, mas não abriu os olhos. Pegou a mão sobre seu rosto e beijou, aconchegando-a em seu pescoço depois.

No dia seguinte, os quatro (Alfonso, Anahí, Ana Paula e Marley) passaram o tempo no apartamento dele. Alfonso fez umas três receitas inventadas na hora por Ana Paula e nenhuma delas deu muito certo. O resultado delas foram bolos queimados e brigadeiro grudado no fundo da panela. Anahí só assistia e prometia que se a bagunça não fosse arrumada, a bronca seria dada para ambos.

- Vamos no parquinho! – a menina pediu.

- Que parquinho, Ana Paula? – Anahí perguntou ainda entretida com uma revista.

- O Poncho disse pra te chamar...

- Ana Paula!! – ele gritou da cozinha, enquanto as duas estavam na sala. – Não era pra falar isso! – e riu.
- Faz de conta que é segredo, mami. – Ana Paula sentou ao lado dela no sofá e mantinha os olhos arregalados, como sempre fazia quando aprontava alguma arte.

- Que parque é esse? – Anahí perguntou a ele quando vinha com a panela de brigadeiro na mão.

- Você não viu? Vai ter uma banda cover dos Beatles... E como tem um parque, pensei em levar vocês duas. – entregou a panela já fria para as pequenas mãos de Ana Paula que logo devorava o doce.
- Ah, não sei... Vai estar lotado?

- Não sei. Acho que sim. Mas não tem perigo algum... – ele tentou convencê-la daquilo, mas Anahí continuou com a feição insegura dela. – Any... Você não precisa ficar trancada porque o Christopher está por ai.

- Eu não disse isso. – ela se defendeu, mas não o convenceu. O olhou de cima e ele ainda estava de pé à sua frente. – Tudo bem. Vamos...

- Vamos?! – Ana Paula sorria com a boca suja de brigadeiro.

- Vamos. Vai tomar banho, vai menina!

- Mas eu quero que você vá junto...! – pediu enquanto Anahí lhe dava palmadas leves na bunda.

- Eu já estou indo. Vai molhando o cabelo.

Alfonso tentou convencer Anahí também de vestir uma camiseta dos Beatles, mas ela se negou, dizendo que ela ia parecer uma tiete. Então, conseguiu fazer com que Ana Paula usasse. Encontrou um modelo infantil e vestiu na menina, fazendo Anahí rir quando ela entrou no quarto, já que antes, Alfonso dizia ser uma surpresa.

Os três saíram e levaram o cachorro junto, solto, sem a coleira. Alfonso estacionou o carro um pouco distante do local do evento e eles andaram o restante do caminho. Já era fim de tarde e Anahí se preocupava com a quantidade de pessoas que estavam ali.

- Ana Paula, não é pra soltar a minha mão.

- Ou não se perca do Marley. – Alfonso sugeriu, já que a menina não deixava o cachorro em paz e ele, por sua vez, não saia de perto dos dois.

Adentraram a multidão e foram atrás de Ana Paula, que queria comprar tudo e ir à todos os brinquedos que via pela frente. Esperaram que ela fosse no trenzinho, no pula-pula, Alfonso a acompanhou no carrossel e só parou quando comia um saco de pipoca.

Enquanto paravam próximos á uma árvore, Anahí olhava para os lados, bastante distraída.

- Any? – Alfonso a chamou.

- O que...? – voltou-se para ele com o olhar tenso.

- O que foi?

Passou as mãos sobre os braços, como se sentisse frio. – To com uma sensação ruim...
Ele riu sem entender. – Que sensação?

- Não sei. To me sentindo vigiada.

- Para com isso. – ele a abraçou de lado. – Se alguém está olhando pra você, esse alguém só pode ser eu. – e puxou o rosto dela pelo queixo, deixando os lábios quase colados aos dela.

Anahí acabou rindo. – Mas é besta, né... – acabou com a mínima distância e o beijou, mal podendo conter o sorriso.

- Vamos lá perto do palco. – ele segurou a mão de Anahí e pegou Ana Paula no colo, sustentando-a com o outro braço. Alfonso procurou por um espaço suficiente para eles e com boa visão do palco. Não demorou para que parassem em certo ponto, então ele colocou Ana Paula nos ombros, fazendo a menina gritar de alegria.