Fanfic: Teto de Vidro | Tema: AyA - Ponny - Any & Poncho.

No dia seguinte, sabe-se lá que horas, Alfonso acordou assustado com um barulho no quarto. Abriu os olhos rapidamente e encontrou Anahí colocando a caixa de fotos em cima do armário outra vez.

- O que está fazendo?

- Não vou precisar daquilo... – ela respondeu com um ar de desleixo, o que começou a deixar Poncho irritado.

- Vai agir igual uma criança? Igual fez ontem quando ignorou o que eu e a Dulce dizíamos?

E ela continuou com aquelas atitudes que Alfonso chamava de infantis. Permaneceu calada, ignorando-o e tomando o tempo juntando algumas roupas espalhadas pelo quarto.

Ele bufou e reconsiderou tudo aquilo. Não era justo Anahí agir daquela maneira, mas ele também tinha que compreender.

- Any... – puxou a mão dela e a fez sentar sobre a cama, fitando-o, sem chances de fingir que não estava ali. – Entenda uma coisa. A Ana Paula está aqui? Não. – respondeu por ela sendo bastante óbvio. - Você não tem nada a perder. Aliás, o que você tem agora é um ‘não’. Depende de você correr atrás do ‘sim’.

Anahí foi até o apartamento de Alfonso, pra que ele pudesse pegar alguns contatos e, aproveitando pra passar o tempo, ela ficaria na loja com Christian. Este fora informado do que acontecera também e deu total apoio à Anahí, o que podia fazer, pois nenhuma de suas brincadeiras conseguia arrancar-lhe um sorriso.

Antes de saírem do apartamento dela, Alfonso finalmente a convenceu de levar as fotos. Com o pacote cheio delas, as ocorrências que Anahí fizera na época e a ação entregue pela assistente social, Alfonso fazia dezenas de ligações no apartamento. Em meio a uma delas, ela parou na escada como fazia às vezes e o ouviu...

- Por favor, eu gostaria de falar com Umberto Herrera. – deu uma pausa e ela o ouviu suspirar. – É o filho dele, Alfonso...

Anahí torceu o lábio, podendo sentir a mesma ansiedade que ele deveria ter no momento. Poncho estava voltando a falar com o pai...

Ele pigarreou e disse com pressa. – Pai?

Anahí subiu mais alguns degraus e o espiou melhor, já que estava de costas para ela.

- Sim, sou eu... – outra pausa aconteceu. – Ta, comigo está tudo bem. – e esperou de novo. – É... Faz tempo... – pigarreou mais uma vez e disse meio tímido. - Eu... Precisava falar com você... Preciso da sua ajuda...

Anahí esperou que Alfonso terminasse a conversa e deixou que ele a avistasse, sentando sobre uma caixa de papelão.

- Como está se sentindo? – ela perguntou.

Ele fez uma careta, meio assustado por vê-la ali, meio sob efeito da conversa ainda.

- Você estava falando com seu pai...

- Ah...

- E então?

Alfonso estralou os dedos e se jogou no sofá da sala. – Não sei. Acho que bem.

Anahí se levantou e foi até ele, aconchegando o corpo junto ao dele. – Vocês nem brigaram, não é? Pareceu calmo o tempo todo...

- É... – continuou sem muitas palavras por mais um tempo, até que voltou a falar em meio a um desabafo. – Parecia que ele estava esperando que eu ligasse... Não estava nervoso...

Ela o olhava, interessada no que contava. – E o que mais?

- Disse que vem ainda hoje.

Anahí arqueou as sobrancelhas e sorriu. – Poncho, isso é ótimo! Vocês podem voltar a se falar, como antes...!

- Any, ele só está vindo pra tratar do seu caso e isso não quer dizer nada. – disse desanimado.

- Quer dizer sim, Poncho. Se ele não se importasse, ele simplesmente não viria.

Ele ficou calado, olhando pra ela, até que recebeu um beijo.

- Se dê essa chance. – murmurou pra ele.

Christian já havia ido embora e Anahí permanecia sentada atrás do balcão, com os cotovelos apoiados ali e a cabeça nas mãos. O movimento já estava quase zero e isso a deixou distraída, com a cabeça em Ana Paula...

A campainha da porta se abrindo tocou e ela acordou da desatenção, observando um homem grisalho, vestindo roupas sociais, com o terno pendurado em um dos braços. Ela poderia achar que fosse mais uma autoridade trazendo uma má notícia, mas aqueles olhos lembravam alguém especial...

- É aqui a loja do Alfonso? – perguntou a ela, passando os olhos pelos quatro cantos da loja.

- É! Você é o pai dele, não é?!

O homem ficou um pouco receoso com a empolgação dela, mas assentiu. – Você é...?

- Anahí. – ela estendeu a mão cumprimentando-o.

Logo em seguida, Alfonso apareceu vindo dos fundos, plantando os pés no chão assim que o viu. – Não fique aí parado...! – Anahí sussurrou pra ele, mas obviamente, seu pai também ouvira.

- Ahn... – pigarreou e tirou os pés do chão, dando passos pesados até o homem. – Obrigado por vir... – ao estender a mão, Umberto o puxou para um abraço, que fez Alfonso sair da defensiva. Espalmava a mão nas costas do filho demonstrando tamanho afeto. E ainda, os olhos denunciavam que estava cheio de emoção.

Não só ele, mas Alfonso também.

- Quanto tempo, meu deus... – ele olhava para Poncho como se fosse um garoto. – Achei que fosse uma brincadeira de mau gosto quando disseram que era você no telefone.

- Liguei porque precisava da sua ajuda. – Alfonso voltava a ser árduo.

E ele recuou um pouco. - Você me disse. É ela quem está com problemas? – apontou para Anahí, que assistia a tudo aquilo.

- Isso. Espere um pouco, que eu vou fechar a loja pra conversarmos melhor... – virou-se para Anahí e com ela, deu início a uma seqüência de deveres pra fechar a loja.

gabyschmidt: Eles vão criar juízo e deixar esse orgulho bobo de lado! Já não era sem tempo...
ayamor: Any é cabeça dura, mas para isso temos o Poncho!
julia_loveponny_aya:  Ju, perdão te fazer esperar por esses capítulos, tente se manter viva até o fim da fanfic, obrigada! Sdhfhds Amo os teus comentários, dedico os postes de hoje a ti.
franmarmentini: Don’t cry Fran, tudo vai acabar bem ashdahsd
laritraumaaya: O pai dele é rico...