Fanfic: Teto de Vidro | Tema: AyA - Ponny - Any & Poncho.

Alfonso voltava da cafeteria, como fazia todas as manhãs, e encontrou Anahí e Christian a sua espera, cheios de ansiedade.

- Finalmente! – ela exclamou ao vê-lo passar pela porta da loja.

- Foi plantar o café? – Christan brincou.

- O que foi?

- Chegou esse envelope logo que você saiu aqui. – Anahí entregou a Poncho um envelope pardo. – É do seu pai.

- Por que não abriu? – disse ele, deixando o copo de café sobre o balcão e rasgando com cuidado a aba do envelope.

- Podia ser pessoal. – ela balançou os ombros.

Alfonso ergueu os olhos pra ela, ainda cabisbaixo e sorriu. – Você faz parte dele.

Os três ficaram atentos aos papeis que estavam guardados e Alfonso leu o primeiro deles.

- Não acredito...!

- O que?! – ela perguntou apreensiva.

- Meu pai conseguiu uma liminar pra você ver a Ana Paula!

Anahí simplesmente ficou boquiaberta e quase sem voz. – Está brincando?!

- Claro que não! – Poncho a abraçou e deu um beijo em sua testa.

- Oh, Poncho... – falou com a voz mareada.

- Seu pai é rápido mesmo, ein! – Christan comentou.

- Não achei que ele fosse resolver isso tão rápido. – ele confessou. – E tem mais um recado dele aqui! Diz que já sabe quem são os assistentes sociais, o advogado do Christopher...

- Wow! Ta no papo! – o garoto brincou outra vez, animando Anahí, que por sua vez riu.

- Ele disse que não criaria esperanças em mim...! – ela resmungou, mas estava completamente feliz e crente de que tudo daria certo.

Alfonso a abraçou outra vez. – Algo bom está por vir... – beijou-lhe o rosto e trocou um sorriso com ela. – Agora vamos atrás da Saldanha pra que ela te leve até a Ana Paula, ok?

- Vamos! – Anahí soltou-se do abraço de Poncho e saiu correndo para os fundos, à procura de uma roupa limpa e sua bolsa pra que enfim, pudessem sair.

Apesar de terem um documento oficial e dentro da lei, ambos estavam nervosos com o que estava por vir. Tratando-se de Christopher, tudo era possível.

Estavam estacionados em frente ao escritório da tal Regina Saldanha, que aparentemente, era a responsável pelo caso e pelo acesso à Ana Paula.

- Fique tranqüila. – Alfonso disse, pousando a mão direita sobre a coxa de Anahí, acariciando ali. Ela sorriu e o beijou rapidamente. Talvez ele não fizesse idéia do quanto estava agradecida por tudo o que estava fazendo, absolutamente tudo. Do envolvimento no episódio mais triste de sua vida, até a simples presença em sua vida.

E tudo daria certo, afinal, ainda não chegaram ao fim...

O documento entregue à Regina Saldanha pareceu não agradá-la. Já recepcionara Alfonso e Anahí com certa simpatia forçada e depois, lendo os papéis que ele entregara, ela não mediu mais suas feições.

- Então conseguiram...?

Poncho virou os olhos e fitou Anahí, que sentada na cadeira ao lado, também não estava com tanta paciência para a mulher.

Saldanha ergueu os olhos e os mirou, arrumando os óculos de grau. – Bem, então eu terei que ligar para o senhor Uckermann e combinarmos um horário.

- Ainda hoje. – Alfonso insistiu.

- O senhor Uckermann é muito ocupado. – disse num tom exageradamente íntimo, o que fez Alfonso e Anahí formar uma careta de náusea.

- O Christopher não precisa estar presente. Quero ver a minha filha. – Anahí interviu.

- Mas obviamente o senhor Uckermann estará presente. – Regina continuava à favor de Christopher.

- Então ele que maneje o tempo, pois o documento diz que a visita tem que acontecer hoje. – empurrou o papel sobre a mesa e apontou a linha que continha a exigência.

A mulher ficou atônita com o papel sendo empurrado em sua direção. Mirou o documento, depois para Poncho e depois para Anahí, agora visivelmente intimidada. Balançou os ombros e soltou fortemente o ar pelas narinas.

- Verei o que posso fazer.

Na realidade, o único que realizou algum esforço foi Christopher, pois ele teve que se dar por derrotado naquele momento e ceder às exigências oficiais. E como combinado, a visita aconteceria no período da tarde, logo após o almoço, em um hotel da cidade, onde Christopher estava hospedado temporariamente com a menina.

E lá estavam, Anahí e Alfonso, a caminho do hotel. Durante o percurso, ele se manteve atento ao trânsito enquanto dirigia, mas Anahí não tinha nada com o que se preocupar a não ser com o reencontro.

- Será que o Christopher vai estar lá mesmo?

- Não sei, Any.

- Será que a Regina vai estar?

- Provavelmente. – ele balançou a cabeça para um lado, afirmando.

- E se não nos derem tempo o suficiente? – o lançou um olhar preocupado.

- Any, acalme-se. – Alfonso acariciou a perna dela e sorriu. – Vai dar tudo certo.

Anahí assentiu e se acomodou no banco, permanecendo em silêncio por alguns segundos. Mas só por alguns segundos...

- Poncho, por que não posso ficar um dia inteiro com ela sem a vigilância do Christopher?!

E ele riu, mesmo que ela estivesse falando sério.

- Porque, até agora, não há acordo em relação a isso. O que está decidido é que a guarda dela é do Christopher, e não que os finais de semana podem ser seus. – e Anahí assentiu outra vez, com a cara cheia de fragilidade, como uma criança. – Mas não se preocupe, está bem? – inclinou-se sobre ela e deu um beijo instantâneo na boca dela, enquanto o semáforo permanecia fechado.

Chegaram ao hotel combinado e logo na recepção, Regina Saldanha já os esperava.

- Pontuais, não? – ela comentou naquele mesmo tom de sarcasmo, mas nenhum dos dois respondeu pra que as provocações continuassem. – Vamos. A menina está hospedada em um dos quartos.
Ambos seguiram-na pelo salão principal do hotel e em seguida, entraram em um dos elevadores.

- O Christopher está aí? – Anahí não agüentou chegar até o quarto pra matar a curiosidade.

- Não. O senhor Uckermann tinha alguns compromissos, por isso deixou tudo sob minhas vistas. – respondeu e alisou a saia social que vestia, como se houvesse alguma parte engomada.

O elevador emitiu um sinal ao atingirem o oitavo andar e voltaram a seguir a mulher. O corredor com quartos dos dois lados parecia interminável e aquela espera, a passos pesados, fez Anahí ficar cada vez mais ansiosa. Com Alfonso acontecia o mesmo, mas ele estava ali para tranqüilizá-la.

Finalmente, Regina parou em frente a uma das portas e encaixou um cartão na trava eletrônica.
Anahí olhou mais uma vez para Poncho, que pegou uma de suas mãos e deu um beijo.
– Obrigada. – ela sussurrou e sorriu.

Meninas a fanfic está se dirigindo para reta final... Por hoje é só! Comentem...