Fanfic: Teto de Vidro | Tema: AyA - Ponny - Any & Poncho.

As provas foram entregues ao juiz e alguns depoimentos foram dados. A sensação era de que aquela história tinha um ponto final, mesmo que o caso seria solucionado apenas em quinze dias. Fora o tempo máximo que Umberto havia conseguido adiantar para Anahí.

Novos planos passavam por sua cabeça, que ela os pusesse em prática quando sua filha estivesse finalmente de volta.

- Poncho...? – chamou-o com a voz sussurrada, enquanto estava deitada na cama com Alfonso.

- Hum? – deu-lhe atenção, mas sem tirar os olhos da televisão.

- Aquela história de morar aqui... – ela começou, já esperando o surpreender. E foi o que aconteceu.
Alfonso deixou o controle da televisão de lado e se inclinou sobre Anahí, que estava de costas. – Você... – começou, com um sorriso se formando no rosto.

E ela riu, virando o corpo e encarando Poncho. – Eu... Estive me perguntando... Bem... Se você estava apenas brincando.

- Eu? Brincando? Ah, nem pensar! – a agarrou e deu-lhe um beijo demorado, enquanto ela segurava o riso atrás dos lábios prensados aos dele. – Vocês vêm quando? Quer dizer, a mudança...

- Que apressado!

- Estou querendo saber o dia que você escolheu para o nosso ‘casamento’. – pronunciou a última palavra com certa estranheza. E Anahí, respondeu com uma careta mais esquisita ainda, fazendo-o rir.

- Casamento, Poncho...?

- Pseudo-casamento. – ele corrigiu brincando.

- Hum... Melhor mudarmos de assunto. – disse com uma falsa seriedade e logo riu.

- Está querendo fugir?! – escorregou as mãos pela cintura de Anahí e a apertou onde ela sentia cócegas.

- Não!! Não! – contorceu o corpo e o segurou pelas mãos.

- Eu quem deveria fugir de compromisso.

E então, ela ficou boquiaberta, fingindo estar dramática. – Olha, se você fugir...

- Não vou fugir... – falou mais baixo, aproximando-se do rosto de Anahí. E ela, agarrou com uma das mãos a camiseta que ele vestia, puxando-o pra mais perto ainda.

- Eu não vou deixar você fugir... – sussurrou antes de beijá-lo. No começo, era mais uma das vezes que seus lábios juntariam e depois, cada pedaço da pele iria descolar gradativamente. Mas Anahí passou a língua sobre ele, molhando e fazendo-o abrir a boca num convite a iniciar um novo beijo. E este começou mais intenso, porém ainda tinha o clima afetuoso do momento.

Entre um toque e outro carinho, ambos tentavam lidar com a excitação física e com a que ocorria no coração. Já era difícil encontrar uma resposta racional àquilo que um significava para o outro em outras situações, quem dirá agora. Impossível, quando mais uma vez sentiam sues corpos explodirem ao consumar o momento.

Anahí ao menos sabia que, enquanto Alfonso e sua filha estivessem bem, ela poderia respirar. E ele tinha a absoluta certeza de que daria a vida por elas. Principalmente a Anahí.

Os dias seguintes foram revigorantes. Apesar da saudade e de momentos que uma falta súbita pela filha apertava o coração de Anahí, ela estava confiante. E Alfonso também. Era nada mais, nada menos que a contagem regressiva para ter Ana Paula de volta.

E ainda, ambos se empolgavam cada vez mais com a mudança de Anahí para o apartamento de Poncho. O estoque da loja voltava, pouco a pouco, ao formato normal de um quarto. As caixas foram organizadas em alguns locais da loja e poucas permaneceram por ali. O que faltava, era trazer a mudança do antigo apartamento.

- Any, vou levar o Marley no veterinário. – avisou enquanto ela lidava com o computador do caixa, que parecia ter entrado em pane.

- Tá. – respondeu distraída com a geringonça à sua frente, mas num instante se lembrou, gritando para Alfonso, antes que ele saísse. – Poncho! Espera! Passa lá em casa pra pegar as contas que devem ter chego?

- Passo!

- Ah! Outra coisa.

- O que?

- Traga uns brownies também?! – pediu com um sorriso pidão, fazendo Alfonso rir.

- Claro, meu amor! – e sorriu antes de finalmente sair.