Fanfic: Teto de Vidro | Tema: AyA - Ponny - Any & Poncho.

- Ah, não! Christopher foi bastante esperto, mas ele não pode fazer mágica. – garantiu.

- Agora é contagem regressiva, Any. – Poncho segurou a mão dela e acariciou.

- Mal posso esperar pra apertar aquela pentelha outra vez! – Dulce disse animada tentando contagiar a amiga.

- Será que ela está aí? – seus olhos brilharam só de imaginar em rever a menina e então, correu para dentro, seguida dos outros três.

O chão de madeira fez estalos enquanto os pés de Anahí corriam por ele, apressada em encontrar Ana Paula. Anunciada, então, quem estava na sala de espera a fitou.

- Olha, a mami!! – quase gritou e pulou do colo de Joana, que estava cuidando da menina desde a última vez que se viram.

- Meu amor...! – quase não sustentou a voz, que saiu embriagada pela emoção. Apertou Ana Paula até que ela resmungasse um pouco.

- Por que você não foi me buscar?

- Eu não podia... Me desculpa, tá? – conversava ajoelhada no chão e enquanto ninguém chegasse para interromper.

- Mas hoje você veio me buscar, né? – e aí, Anahí sentiu seu coração despedaçar. Queria ter certeza, queria se sentir completa outra vez e, o mais importante, proteger Ana Paula.

- Nós vamos pra casa hoje. – abraçou outra vez aquela corpo pequeno, que tanto lhe fazia falta. – Eu prometo.

- Não faça promessas que não pode cumprir, Anahí. – a voz de Christopher quase ecoou pela sala, chamando a atenção de todos que estavam ali. Ela, por sua vez, levantou-se e preparou a garganta pra soltar bons insultos, mas Alfonso falou primeiro.

- É melhor você não provocar.

- Quem é você pra me dizer o que é melhor? – continuou com a provocação.

- Ei, ei, vamos parar? Alfonso. – Umberto interferiu de maneira elegante e discreta, pondo um dos braços à frente de Poncho, mas Anahí não aderiu à passividade.

- Você está desesperado, Christopher! – ela o atacou com a voz agressiva.

- Quem está desesperado aqui? Não sou eu quem estou gritando. – as pessoas, envolvidas ou não com a situação, começavam a manter feições tensas, outras curiosas pelo o que ocorria.

- Você está gritando por dentro! Sabe que não vai conseguir o que quer!

De repente, Christopher se aproximou de Anahí, fitou-a nos olhos e segurou no braço de Ana Paula, que permanecia ali ao lado desde então. - Pare de ser louca, Anahí, e não fique dizendo por ai que eu te agredi, quando na verdade era você quem se mutilava.

Anahí ficou atônita por um instante e logo riu de maneira irônica. – Você não sabe mais o que dizer pra tentar ganhar.

- Pare de se enganar, Anahí! Você mesma e todos os outros que está arrastando consigo. – deu as costas a ela, levou Ana Paula junto e voltou pelo corredor que antes chegara, desaparecendo das vistas de todos.

- Vamos, Any. – Poncho se aproximou, segurando-a pelo braço e a levantou.

- Anahí, eu imagino que seja difícil, mas perder o controle pode prejudicá-la.

- Desculpa, desculpa, tá? – coçou os olhos como se aliviasse a dor de cabeça que aparecera.

- Aquela história que ele contou, sobre você...

- Eu nunca me auto-mutilei, tudo bem?! – outra vez, ela subia o tom de voz e agora, os olhava de maneira descrente. – Vocês estão acreditando nele?! Que ótimo!

- Any, pare com isso. – Alfonso tentou.

- Não disse que acredito nele, mas eu preciso saber o que dizer se ele dizer algo sobre isso perante o juiz.

– Umberto, mantendo o quanto podia a serenidade, tentava explicar melhor a ela.

- Eu não sei por que dei ouvidos a vocês! Vocês ainda acham que ele vai me dar a minha folha de volta?! Eu deveria ter ficado quieta! – deu as costas a eles e entrou na sala que estavam caminhando em direção.
Alfonso, Umberto e Dulce se entreolharam e juntos, respiraram fundo.

- Vai ser mais difícil do que eu pensava... – Poncho lamentou.

Permaneceram em salas separadas. Anahí e os que jogavam ao seu lado em uma, ainda tensos com o episódio lá fora. Dulce já não sabia como animar a amiga, nem puxar algum assunto, fosse relacionado com o julgamento ou não. Alfonso e Umberto cochichavam no outro canto, vez ou outra tendo um resmungo do primeiro.

- Você pode se acalmar? – seu pai pediu.

- Eu fico puto com isso...! Por que ela tem que fraquejar? Eu estou ajudando, não estou? E ainda vem nos xingar... Argh...! – atravessou os dedos pelos cabelos e permaneceu com a cabeça baixa.

- Alfonso, você sabe que não é fácil pra ela. Aliás, é o que mais sabe, já que estava no olho do furacão quando levaram a menina.

Ele mirou Anahí e agora seu coração que parecia fraquejar e se render. Não podia ser tão duro com ela e não seria. Como ele mesmo disse, não havia permanecido todo esse tempo ao seu lado? Então, era ali que continuaria.

- Any... – disse em voz baixa ao se sentar na cadeira ao lado dela. Ela ergueu os olhos vermelhos e juntos sentiram o frio na espinha.
Insegurança.

- Não se preocupe. – pediu, mas aquilo surtiu com o efeito contrário. Em segundos, Anahí voltou a chorar e recostou o rosto sobre o ombro de Alfonso.

Uma mulher esguia e vestida de saia e camisa sociais entrou na sala depois de ter dado três batidas na porta e disse alguma coisa com a voz baixa para Umberto. Logo que saiu, o pai de Poncho os chamou.
- Vamos? Está na hora.

Os três assentiram e o seguiram.

Por hoje é só meninas! Não deixem de comentar...