Fanfic: Teto de Vidro | Tema: AyA - Ponny - Any & Poncho.

Anahí não soube exatamente o porque de ter dito aquilo, estava dando margem para que Alfonso a enchesse de perguntas que talvez não estivesse pronta para responder agora. Mas ao contrario ele foi bastante sensato e não levou adiante o assunto. Deixou que sua atenção se voltasse para o chocolate de menta que acompanhava o café.

- E você? Mora há muito tempo aqui? - Anahí perguntou de repente.

- Há alguns anos.

- E é só você e o Marley? - ela riu.

- É, somos só nós dois.

- Trabalha em que?

- Tenho uma loja de discos. É em frente ao mercado.

- E você não deveria estar lá agora? – olhou para o relógio no pulso dele que marcava oito horas e alguns minutos.

- Tem um garoto que cuida de lá enquanto não estou.

- Hum, que ótimo.

- Não tanto. É jovem demais, comete erros demais. Ao menos eu posso tomar um café tranquilamente antes de trabalhar.

Anahí apenas assentiu.

- E você? – ele voltou a perguntar.

- Não estou trabalhando. Não tive tempo de procurar nada por enquanto.

- Mas já faz dois meses e tantos que vocês estão aqui. Quer dizer... – Alfonso ficou envergonhado por seu atrevimento naquele comentário. Até parecia que ele quis dizer que Anahí não trabalhava, ou qualquer coisa assim.

- Eu estou demorando mesmo, mas é difícil sem ter ninguém pra cuidar da Ana Paula quando ela não está na escola.

Alfonso a fitava de maneira que ela ficou intimidada. Mais envergonhada que em todas as outras vezes que ele fazia ela se sentir assim.

- Sabe... Se quiser, fique na loja.

- Na sua loja?

- Uhum. Não é o melhor lugar ou o melhor salário, mas o horário é bom, é perto da sua casa...

- E tem sua companhia. – ela completou com um ar zombeteiro. Ela riu, mas ele não chegou a isso.

- Vou pensar sobre a proposta.

- Aceite logo, antes que aquele garoto acabe com meu estoque de cigarros. – e falando nisso, Alfonso pegou o maço dele do bolso e colocou sobre a mesa, fazendo movimento com a caixinha entre os dedos. A vontade de tragar um cigarro surgiu, mas ele não faria enquanto estivessem dentro da cafeteria.

- Se quiser sair pra fumar, não tem problema.

- Não, tudo bem.

Um silêncio permaneceu entre eles. Apenas se ouvia o cochicho das pessoas no local, o barulho da porcelana das xícaras batendo nos pires.

- Você é muito sério. – Anahí comentou e tinha um sorriso no canto dos lábios.

Alfonso a fitou erguendo os olhos, ainda meio cabisbaixo. – Você também.

- Eu?! Até agora eu só dei sorrisos e você mal correspondeu algum deles.

- Mas continua sendo séria. Tem um peso na sua fala.

Com estas últimas palavras, Anahí ficou um pouco calada. Ele estava certo.

- Isso não quer dizer que você precisa se explicar. – ele completou. – Bom, eu tenho que ir.

Anahí olhou instantaneamente para o relógio. – Ficamos tempo demais aqui.

- Passou bem rápido. – ele respondeu e deixou dinheiro o suficiente em cima da mesa para os dois cafés.

Anahí o fitou e apostou que ele estava dizendo certas coisas de propósito, sabia que ela estava dando importância pra aquilo.

- Obrigada.

Caminharam até a porta, Alfonso a abriu e deu passagem para Anahí.

- A gente se vê.

Anahí assentiu e caminhou para uma direção da calçada. A oposta de Poncho.

Heloooo: Fico contente em saber que esta gostando! Any tem 27, Ana Paula 6 e Alfonso 30.
Franmarmentini: Olá, seja bem-vinda! 
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