Fanfics Brasil - Capitulo 10 Sexy Demais Para Casar s2DYCs2 [TERMINADA]

Fanfic: Sexy Demais Para Casar s2DYCs2 [TERMINADA]


Capítulo: Capitulo 10

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Dulce Maria ficou petrificada. Bud dissera "ga­nhar", diante de Christopher.


Bem, vou deixar os pombinhos a sós — Bud declarou ale­gremente, sem esconder a satisfação por ter dado seu golpe sujo.


Talvez Christopher não houvesse escutado. Talvez não houvesse compreendido a referência. Porém, bastou um olhar para Dulce Maria descobrir que ele ouvira e compreendera perfeitamente as palavras. Ao mesmo tempo, não parecia surpreso.


Você já sabia? — ela indagou, incrédula.




  • Sobre a aposta? Sim, eu sabia. Como ele podia se mostrar tão calmo?




  • Quando descobriu? Por que não disse nada?




A expressão zombeteira de Bud reacendera a chama da ira em Christopher. Por isso, sua voz soou rude.




  • Porque eu queria ensinar uma lição a você.




  • Quando descobriu? — Dulce Maria repetiu.




  • Já faz algum tempo. Ouvi uma conversa sua com Nita. Christopher deu o nome do restaurante.




Com a mente girando em disparada, Dulce Maria tentou lem­brar-se dos acontecimentos dos dias anteriores. Almoçara na­quele restaurante com Nita, depois de ter dito a Christopher que não queria voltar a vê-lo. O que significava que ele já sabia de tudo quando fora procurá-la.


Tudo começava a fazer sentido, e Dulce Maria começava a sen­tir-se furiosa.


Disse que queria me ensinar uma lição. Que tipo de lição? Que você pode ser tão maldoso quanto eu?


Ora, sou a vítima dessa história! — Christopher declarou, ir­ritado. — Foi você quem começou tudo isso, ao fazer uma aposta com seus colegas de trabalho.




  • A aposta foi feita antes de eu conhecer você. Qual é sua desculpa?




  • Não gosto de mentiras, nem de fazer papel de idiota.




  • Nunca tive a intenção de fazê-lo de idiota — ela se de­fendeu. — Tudo começou... Era apenas uma aposta.




  • Apenas uma aposta? — ele repetiu com um rugido.




  • Bud questionou minha capacidade profissional no que dizia respeito a relacionamentos. Mostrou a revista com sua foto na capa e me desafiou. Não o levei a sério, mas quando me dei conta, todo o pessoal da rádio estava fazendo suas apostas...




  • Então, foi por isso que a recepcionista sorriu daquela ma­neira estranha, ao me ver. Ela apostou em você e, quando cheguei com flores e balões, certificou-se de que havia ganho a aposta.




  • Não pedi que me trouxesse flores e balões. Isso foi idéia sua, parte de seu plano. Já ouviu as minhas razões para ter feito o que fiz. E quanto as suas?




  • Já disse. Não gosto de passar por idiota. Sabia que minha mãe expulsou meu pai de casa e que, agora, ele está morando comigo, graças a você?




Dulce Maria fitou-o, confusa.




  • Do que está falando?




  • Graças a seu programa, meu pai está dormindo em meu quarto de hóspedes, perdendo o controle remoto da televisão o tempo todo e ouvindo o disco de Dean Martin sem parar, provavelmente até me fazer enlouquecer.




  • Você já está louco.




  • Se estou, foi você quem me deixou assim... com essa sua aposta estúpida!




  • Pelo menos, tentei pôr um fim a tudo, antes de... antes de nós...




  • Fazermos sexo? — Christopher completou.




As palavras atingiram Dulce Maria com força cruel.


Exatamente. O mesmo não pode ser dito de você. Qual era seu plano? Executar sua vingança, seduzindo-me e me fa­zendo acreditar de que gostava de mim? Ou só queria fazer com que eu gostasse de você?


Gosta de mim?


Dulce Maria não estava disposta a se humilhar ainda mais, con­fessando seus sentimentos por ele. Assim, limitou-se a sacudir a cabeça em negativa.


As feições de Christopher tornaram-se sombrias.


Não era em mim que estava interessada, mas sim no Solteiro Mais Sexy de Chicago. Tanto fazia quem era o pobre diabo. Tudo o que tinha de fazer era agarrá-lo. Não preciso desse tipo de desonestidade em minha vida. Vou embora. —
Estendeu os balões para ela com um gesto rude. — Fique com eles. Estão cheios de ar, assim como você.


Com os olhos marejados de lágrimas e um nó na garganta, Dulce Maria observou-o desaparecer no corredor.


Mais do que nunca, desejou jamais ter aceito aquela apos­ta. Embora houvesse vencido o desafio, havia perdido Christopher para sempre.




  • Francamente, Betty, mal posso acreditar que você estra­gou tudo — Hattie falou, ansiosa, sentada na moldura de uma das fotografias penduradas na parede do corredor da rádio.




  • Como se você pudesse ter feito melhor — Betty defendeu-se.




  • Posso e vou fazer, quando chegar o momento de cuidar de Maite. Ainda bem que fiquei encarregada da garotinha.




  • Ela não é mais uma garotinha — Muriel corrigiu-a —, nem vai dar menos trabalho que Christopher. Alphonso, porém, é muito diferente. Trata-se de um homem fácil de agradar. Encontrar a alma gêmea dele é a nossa próxima tarefa.




  • Estamos nos desviando de nosso objetivo, meninas — Betty lembrou-as. — Primeiro, temos de encerrar o caso de Christopher.




  • Que não está correndo nada bem — Hattie sentenciou.




  • Sei disso — Betty informou-a, exasperada.






  • O que acontecerá se Christopher e sua alma gêmea não se unirem? — Hattie inquiriu com voz trêmula.




  • Acredite, você não gostaria de saber — Betty respondeu, estremecendo.




Hattie suspirou.




  • Detesto ver os dois tão infelizes.




  • E quanto a nós? — Muriel retrucou. — Esses dois elevaram nosso nível de estresse. Nem quero pensar em como está a minha pressão arterial!




Pensei que uma das vantagens de ser fada-madrinha era não ter de se preocupar com coisas terrenas como pressão ar­terial — Hattie insistiu.


Betty respirou fundo.




  • Já cansei desses dois cabeças-duras. Vou tomar uma ati­tude drástica.




  • Espere! — Hattie precipitou-se. — Christopher e Dulce Maria con­seguiram enxergar a razão, antes. Talvez consigam de novo.




  • Não se esqueçam de que, se errarmos novamente, não teremos outra chance — Muriel falou em tom sombrio.




As três ficaram em silêncio, com expressões preocupadas. Pela primeira vez, partilhavam as mesmas opiniões e sentimentos.




  • Para que precisamos dos homens? Esse é o tema de nosso programa de hoje. — Dulce Maria ajeitou os fones de ouvido e aproximou-se do microfone. — Ligue e dê sua opinião. Estamos falando com Bonnie, de Buffalo Grove. Você está no ar.




  • Que tal controle de roedores?




  • Quando diz roedores, está se referindo a ratos ou homens?




  • Quis dizer que os homens podem ser bons para caçar ratos.




  • Meu gato faz isso melhor que a maioria dos homens. Acabo de receber um e-mail de Judy, de Nova York. Quando ela precisou de um caçador de ratos, teve de se contentar com um garotinho de oito anos, que insistiu em receber dinheiro por seu trabalho. Obrigada por ter ligado, Bonnie. Agora, vamos falar com Fran, de Franklin Park.




  • Alô, Dulce Maria. Ouço seu programa todos os dias e sou uma grande fã. Bem, estou me perguntando por que os homens têm tanta dificuldade em estabelecer uma conversa normal com as mulheres. Especialmente nos fins de semana. Meu ma­rido liga a televisão no canal de esportes e passa o tempo todo ali, sentado. Não consigo me comunicar com ele. O fim de semana é o único tempo que temos para cuidar da casa e fazer coisas juntos. O quarto de minha filha precisa de uma pintura. Ele prometeu fazer isso... antes do Natal. Já estamos no final de maio e, quando pergunto a ele se não vai pintar o quarto, ele se limita a resmungar: "Sim, claro que vou."




  • Está me parecendo um caso de SRM: síndrome da resposta de macho. Os sintomas são resmungos de concordância e dis­cordância, independente do que você tenha dito.




  • Existe cura para isso?






  • Os prognósticos não são animadores, mas os sintomas diminuem bastante quando a televisão está desligada.




  • Ele não me deixaria fazer isso. Quando vamos fazer com­pras, leva uma televisão em miniatura, pendurada no pescoço.




  • Já pensou em deixá-lo no supermercado e ir embora sozinha? Boa sorte, Fran. Agora, falaremos com Al, de Arlington Heights.




  • Acho que está sendo dura demais com os homens, hoje. Está nos fazendo parecer piores do que realmente somos.




  • É difícil acreditar que isso seja possível.




  • Bem, minha esposa e eu somos casados há vinte e cinco anos. Acabamos de ter uma briga feia. Recebi uma carta da Receita Federal porque minha esposa não preencheu os for­mulários corretamente. Eu não queria que ela cuidasse de nossa declaração de imposto de renda, mas ela insistiu, e acabei ce­dendo. E veja só o que aconteceu! Agora, estou metido em uma grande encrenca, por culpa dela.




Tais palavras tiveram o efeito errado em Dulce Maria, pois ela tomou o partido da pobre mulher, acusada por mais um homem perfeccionista. Sua fúria explodiu.


Compreendo. Então, só porque ela cometeu um pequeno erro na declaração de imposto de renda, você vai atirar vinte e cinco anos de casamento pela janela. Que bela atitude, Al!— Ignorando os sinais frenéticos que Nita fazia do outro lado do vidro, continuou: — Sabe o que deveria ser atirado pela janela, Al? Maridos como você!


Desligou.


Ficou maluca?, Nita digitou no terminal de computador. Ele só queria saber se deveria levar flores ou chocolates para ela, a fim de fazer as pazes.


E, para responder à pergunta de Al, que saiu do ar, sobre comprar flores ou chocolates para sua esposa, ele deveria, em primeiro lugar, ir para casa. Flores e chocolates são opcionais. Tudo o que ela precisa é que ele implore seu perdão e que volte para os braços dela. Agora, vamos a nossos comerciais da Floricultura Rosie.


 


Primeiro, você insulta um ouvinte — Nita reprovou, assim que se juntou a Dulce Maria, durante o intervalo. — Depois, declara que flores são opcionais, justamente antes do comercial da flo­ricultura. Não poderia ter se saído melhor!




  • Você me aconselhou a lutar.




  • Não disse para lutar contra os patrocinadores! Nem contra os ouvintes. Trate de se acalmar. Estará no ar novamente, dentro de quinze segundos.




Dulce Maria, porém, não estava disposta a reprimir sua ira. Aproximou-se do microfone e foi adiante:


Vocês, certamente, já ouviram falar que os homens que­rem sexo, enquanto as mulheres querem romance. O que as mulheres realmente querem é um relacionamento. Os homens usam o romance para conseguir sexo. Eles nos fazem serenatas, debaixo da janela de nosso quarto e, então, jogam-nos fora, como um lenço de papel usado. Se você já foi usada e jogada fora, telefone para nós.


Definitivamente, o tema chamou a atenção dos ouvintes. As ligações iniciaram-se imediatamente. E eram muitas.




  • Pode falar, Grace, de Gurnee.




  • Meu namorado me deu o fora, no ano passado. Disse que eu falava demais. Então, li em um livro que os homens não querem que as mulheres falem quando estão fazendo sexo. E verdade?




  • Existem homens que não querem que as mulheres falem em qualquer situação. Esse livro foi escrito por um homem, não foi?




  • Sim.




  • Eu sabia! Pois acho que deveríamos linchá-lo. — Ao per­ceber a expressão desesperada de Nita, do outro lado do vidro, Dulce Maria explicou: — Eu estava brincando.




Nita suspirou, aliviada.




  • Queimá-lo em uma fogueira seria melhor — Dulce Maria declarou. — Podemos formar um grande círculo em torno de uma fogueira enorme e... Ei, o que está acontecendo? — in­quiriu, ao ouvir gingle de um comercial de ração para gatos. — Não está na hora dos comerciais!




  • Você passou dos limites. Vou colocar a fita de reprises no ar. Ou faço isso ou fico aqui sentada, assistindo a você se autodestruir.




  • Pensei que você fosse partidária de se falar tudo o que se pensa.






  • E sou, mas você está descontrolada — Nita falou, irritada, o que não era de seu feitio. — Precisa se acalmar. Vá para casa, descanse e tente ver as coisas sob uma nova perspectiva. Tudo parecerá melhor, amanhã... Desde que nós duas ainda tenhamos nossos empregos.




Para um homem que não gostava de surpresas, Christopher as estava recebendo em dose excessiva, ultimamente.


A mais recente fora quando, ao chegar em casa, na noite de segunda-feira, encontrara o pai deitado no sofá da sala, agarrado com uma mulher.


Já chega, papai! — Christopher declarou, sobressaltando o casal. — Fui muito paciente até agora, mas isso já é demais... — Sua voz perdeu a força quando ele viu o rosto da mulher. — Mamãe? O que está acontecendo? Ao que parece, vocês fizeram as pazes.


A mãe corou.




  • Seu pai me telefonou, esta tarde. Vim até aqui e conversamos diante da lareira. Foi romântico, como se estivéssemos hospedados em um hotel nas montanhas. Uma coisa levou a outra e...




  • E, então, você chegou — o pai completou, visivelmente contrariado.




  • Devo entender que está tudo bem? — Christopher perguntou.




  • Se está, é graças a Dulce Maria.




  • Dulce Maria? — Christopher repetiu. — Do que está falando?




  • Ouvi o programa dela, hoje — o pai confessou. — Pre­cisava ver o modo como ela estava atacando os homens. Não tenho a menor dúvida de que alguém fez algo de muito grave com ela, hoje.




Christopher desviou o olhar, pois sabia que fora ele quem provocara tal comportamento.




  • Bem — o pai continuou —, ela falou dessa tal de SRM.




  • Síndrome da resposta de macho — a mãe explicou.




  • E ela me fez pensar que, talvez, eu tenha alguns sintomas de SRM.




  • Mais que alguns sintomas, querido — a esposa corrigiu com um sorriso maroto e um tapinha no rosto do marido.




  • Sua mãe e eu — abraçou-a — resolvemos algumas ques­tões importantes. Voltarei para casa esta noite.




Ver os dois juntos e felizes fez Christopher sentir-se bem. Era como se o mundo houvesse voltado a ser como deveria ser. Ao menos, em parte. Era assim que ele sempre pensara nos pais, unidos. Muitas vezes, quando criança, vira os dois dançarem na cozinha, enquanto a comida esquentava no fogão. Ou, então, organizando um acampamento familiar no quintal, para contar estrelas, no verão.


Foi só então que Christopher se deu conta de que, ao concentrar a atenção no caos que fora crescer em uma casa cheia, havia se esquecido da alegria, do riso e do amor. Nada daquilo fora programado ou agendado. Tal constatação, juntamente com a expressão chocada de Dulce Maria depois da briga que haviam tido horas antes, fez Christopher perguntar-se se fizera as escolhas certas, ao optar por controlar cada atitude em sua vida, em vez de entregar-se ao amor.


No passado, sempre evitara envolvimentos emocionais, pre­ferindo que seus relacionamentos se baseassem em interesses mútuos e atração física. Apaixonar-se significava perder o con­trole, o equilíbrio, abrir mão de alguns princípios, o que ele jamais desejara fazer.


Agora, Christopher descobria-se obrigado a pensar que, ao escolher controle e vingança em vez de amor, talvez houvesse perdido muito mais do que seria capaz de imaginar.



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Autor(a): millinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 152



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  • aniiinhaa Postado em 12/07/2009 - 14:18:25

    Ah ameei ! *-*
    Qein diria a águia dos tribunais (asho que é esse o apelido dele né?), apaixonado pela apresentadora de Amor no Ar, e pior ouvindo Amor no Ar!
    Gameý, poosta as outras duas vaai ?! *-*

  • andressarbd Postado em 11/07/2009 - 21:28:42

    posta
    posta
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  • andressarbd Postado em 11/07/2009 - 21:28:20

    postaaaaa
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  • paulohenrique Postado em 08/07/2009 - 14:16:12

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