Fanfics Brasil - Capitulo 11 Sexy Demais Para Casar s2DYCs2 [TERMINADA]

Fanfic: Sexy Demais Para Casar s2DYCs2 [TERMINADA]


Capítulo: Capitulo 11

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De madrugada, Dulce Maria atravessou a sala na ponta dos pés, a fim de não acordar Maxie, que dormia no tapete. Caminhou para a cozinha, pois não sen­tira fome na hora do jantar e, agora, estava faminta.


Maxie despertou ao som da porta da geladeira se abrindo, pois sabia que suas comidas prediletas eram guardadas lá.


Sentando-se ao balcão, Dulce Maria dividiu uma lata de azei­tonas com o gato, enquanto falava sobre Christopher.


Gostaria de não amá-lo tanto — murmurou, lutando contra as lágrimas.


Maxie esfregou-se em sua perna, como se quisesse confortá-la.


Mas vou conseguir esquecê-lo, não é, Maxie? Quanto mais cedo, melhor.


Abaixou-se para afagar o gato, que lambeu seu nariz, na intenção de mostrar quanto gostava dela.


Acho que estou sofrendo de insanidade temporária, ou algum tipo de disfunção hormonal que me fez pensar que Christopher era um cavaleiro, vestindo uma armadura negra. Mas não é. Ele é igualzinho aos outros homens. Não, ele é ainda pior.


Maxie pôs-se a lamber a pata e limpar os pêlos em torno da boca.


Bem, ele é muito melhor que os outros, na cama, mas isso não lhe daria o direito de me fazer pensar que ele me amava. É isso o que me faz sofrer...


O telefone tocou, sobressaltando-a. Dulce Maria detestava telefo­nemas àquela hora, pois sempre achava que algo ruim acontecera.


Alô?


Estava dormindo? — Nita perguntou.




  • Não. O que está fazendo acordada, a esta hora?




  • Assistindo à televisão. E você?




Dulce Maria começou a chorar.




  • Está mal, não é? — a voz de Nita foi solidária.




  • Estraguei tudo.






  • Eu não estava falando sério, quando disse que vamos perder nossos empregos — Nita assegurou.




  • Não estou falando de trabalho — Dulce Maria corrigiu, entre soluços. — Foi aquela aposta, para provar que sou boa no que faço, que criou toda essa confusão. Não sei o que me levou a fazer isso. Foi como se uma força externa tomasse conta de mim, e eu passasse a ser mera observadora de minha própria vida. Não estou tentando criar desculpas. Sou adulta e assumo a responsabilidade por meus atos, por mais estúpidos que se­jam. E, agora, sei que amor e apostas não se misturam. Deveria ter contado a verdade a Christopher, desde o início. Assim, talvez, existisse uma chance de que nada disso acontecesse. Se, ao menos, eu tivesse sido honesta...




  • O que vai fazer, agora? Desistir?




  • Não sei. Sinto-me desorientada, ainda não sei o que vou fazer. Talvez eu precise receber algum sinal. Ou, quem sabe, só preciso descobrir o que quero. E se quiser Christopher, devo me preparar para lutar por ele.




Quando Dulce Maria chegou ao trabalho, era uma mulher mui­to mais calma do que aquela que deixara a rádio no dia anterior. Também era uma mulher determinada. Sabia o que iria fazer. Chegara a uma conclusão exatamente às três e trinta da madrugada.


Fora quando algo que Christopher dissera durante a briga voltara a sua mente: "Não era em mim que estava interessada". Se ele pensava que ela fingira o interesse, bem como os senti­mentos que tinha por ele, então talvez fosse possível esclarecer tudo de uma vez por todas.


As intenções de Christopher tinham de ir além de sexo. Por que mais ele iria procurá-la no trabalho, com uma porção de balões? Provavelmente, os planos dele haviam fugido ao controle, tanto quanto os dela. Talvez Christopher sentisse algo mais profundo, algo que crescera apesar da aposta, apesar do desejo de vingança.


Dulce Maria não planejara apaixonar-se por Christopher. E não se apaixonara pelo Solteiro Mais Sexy de Chicago, mas sim pelo modo como a mente dele funcionava, pela música doce que ele tocava, pela maneira como a fitava, fazendo-a sentir-se bonita.


A grande questão referia-se ao que Christopher sentia por ela. Quantas vezes Dulce Maria reprovara ouvintes por não dizerem a seus parceiros o que sentiam? Por esperarem que seus parceiros soubessem, por instinto, que eram amados?


Lembrando-se do velho ditado "Quem não arrisca, não pe­tisca", Dulce Maria decidiu arriscar alto. E vestira-se de acordo com aquela batalha de tudo ou nada. Escolhera uma calça cor de vinho e uma blusa preta, de gola alta e sem mangas, que lhe emprestava um aspecto ligeiramente militar.


O que era muito apropriado, pois Dulce Maria traçara seu plano de batalha. Agora, só tinha de executá-lo. E faria o primeiro ataque durante o programa daquela tarde, desde que ainda tivesse um programa para levar ao ar.


A primeira pessoa que encontrou ao chegar foi Bud. Para sua surpresa, ele não a fitou com o desdém habitual, mas sim com um novo senso de respeito.




  • Gostaria de pedir desculpas por ontem. Eu não deveria ter dito o que disse — ele falou. — Acho que fui longe demais. Na intenção de compensar meu erro, dei alguns telefonemas e consegui que alguns astros do esporte de Chicago concordas­sem em aparecer nos eventos que você está organizando para arrecadar fundos para a Safe House.




  • Ah, Bud, isso é maravilhoso!




Ele lhe lançou um olhar desconfiado e recuou um passo, como se temesse ser abraçado.


Sim, bem, isso não significa que gosto de você ou de seu programa. Continuo achando coisa de menina chorona. E não pense que me tornei sentimental depois de velho, porque não é verdade. Lembre-se disso.


Bud retirou-se, levando seu charuto aceso atrás das costas. Nita esperava por Dulce Maria, na sala dela.


Você não vai acreditar — Dulce Maria anunciou, ao entrar.


Bud conseguiu ajuda para nossa campanha para arrecadação de fundos em benefício da Safe House.




  • E você também não vai acreditar. Conversei com a ge­rência e disse que você não estava bem, ontem. E aí vem a surpresa. Eles não estavam zangados. Ao contrário, estavam felizes, eufóricos. O programa de ontem bateu todos os recordes de audiência. Os patrocinadores não param de telefonar, que­rendo reservar horários para comerciais durante seu programa. Tom nos deu carta branca para fazermos o que quisermos.




  • Isso é bom, pois tenho algo diferente em mente para o programa de hoje...




Dulce Maria inclinou-se sobre o microfone, limpou a garganta e, então, começou:


Bem-vindos a "Amor no Ar". Teremos um programa especial, hoje. Pedi à produção que não passe ligações durante este segmento porque preciso falar sobre um assunto específico. Quero falar de amor.


Apertou o botão que acionava o som de aplausos.


Faço este programa há três anos e ainda estou aprendendo. Porém, existem coisas sobre o amor que não podem ser aprendidas, porque o amor envolve magia, e não há uma maneira lógica de explicá-lo. Em nosso mundo de alta tecnologia, criamos
a tendência de nos concentrarmos em instruções passo a passo, como se os relacionamentos fossem programas de computador: leia o manual e tudo vai dar certo. No entanto, o coração humano não funciona assim. É cheio de fatores misteriosos.


Desta vez, ela selecionou o trecho de uma musica.


Quem é capaz de explicar por que nos apaixonamos por uma determinada pessoa, e não por outra? É verdade que os cientistas tentaram atribuir o amor a todo tipo de fator, até mesmo hormônios, mas, pessoalmente, acho que é destino. Acredito na predestinação de uma alma gêmea, uma ligação muito especial entre duas pessoas. Acontece que podemos não ter a sorte de encontrar tal pessoa e, quem sabe, possamos encontrar algo ou alguém que nos faça feliz. Devem existir muitas pessoas capazes de nos fazer felizes em um relacionamento amoroso, mas meu coração me diz que só existe uma verdadeira alma gêmea. Não estou querendo dizer que se trata do par perfeito, que essa pessoa pode tomar nossa mão e nos conduzir à felicidade. Os relacionamentos sempre exigirão es­forços e muita comunicação. O que significa que sempre terei muito o que falar e discutir neste programa.


Dulce Maria voltou a ativar o som de aplausos, mas então decidiu abandonar os efeitos especiais e usar apenas a voz de seu coração.


Aqueles que ouviram o programa de ontem certamente perceberam que eu estava magoada. Fui ferida por uma pessoa de quem gosto muito e desabafei durante o programa. Ontem à noite, porém, pensei muito no que havia acontecido. Não sei se serei capaz de consertar o que deu errado, mas jamais saberei se não tentar.


Engoliu em seco, antes de continuar:


O fato é que estou apaixonada por um homem incrível, um homem romântico e teimoso. É meu cavaleiro negro. Quero que ele saiba que o amo e que lamento ter cometido tantos erros.


Fez uma pausa e respirou fundo.


Eu nunca disse a ele que o amo. Não até este momento, mas duvido de que ele esteja ouvindo. Então, eu me pergunto: por que estou fazendo isso? Talvez porque eu queira treinar o que tenho a dizer, diante de centenas de milhares de ouvintes. Talvez seja mais fácil do que dizer "eu te amo" cara a cara. E também não disse a ele quanto lamento o que aconteceu. Ao contrário, gritei com ele. Vocês jamais esperariam uma atitude assim de Dulce Maria Savigñon, não é? Bem, normalmente, não costumamos tocar música neste programa, mas como esta é uma ocasião especial, escolhi uma canção que expressa o que estou tentando dizer.


Dulce Maria apertou um botão e, imediatamente, a música Sorry Seems To Be The Hardest Word, "Desculpe-me parece ser a palavra mais difícil", de Elton John, começou a tocar. A letra romântica e triste provocou um nó na garganta de Dulce Maria.


Quando a música terminou, ela notou a luz que sinalizava uma das linhas telefônicas, piscando a sua frente. Pedira que não transferissem ligação alguma durante aquela parte do pro­grama, mas haviam transferido assim mesmo. Na tela do computador, Nita digitou: Ouvinte misterioso na linha um. Atenda, sob pena de perder o seu emprego.


Recebi uma ordem para atender uma ligação. Portanto, meus ouvintes, vocês são testemunhas de quanto tempo meu pedido foi atendido. Vocês estão ouvindo "Amor no Ar" e você está no ar, ouvinte misterioso. Em que posso ajudá-lo?




  • Sou pai de Christopher e acho que sou eu quem pode ajudá-la.




Christopher sentia tanta falta da voz de Dulce Maria, que decidiu sair para uma caminhada, em sua hora de almoço, a fim de espairecer. Levou seu walkman, na tentativa de ouvir um áudio-livro, mas acabou irritado porque a história não era narrada por Dulce Maria.


E não era só da voz dela que sentia falta, mas também de sua risada, seu senso de humor, seu perfume, das curvas de seu corpo, da boca macia e sensual.


Praguejando baixinho, desligou a fita que, definitivamente, não conseguia ouvir e, ao fazer aquilo, ligou o rádio, sem querer. No mesmo instante, a voz de Dulce Maria encheu seus ouvidos com sua magia. Christopher demorou alguns segundos para registrar as palavras que ela dizia: "O fato é que estou apaixonada por um homem incrível, um homem romântico e teimoso. É meu cavaleiro negro. Quero que ele saiba que o amo e que lamento ter cometido tantos erros."


Christopher ficou imóvel, provocando um congestionamento de pe­destres na calçada. Estava tão atordoado, que nem compreen­deu o que ela disse a seguir.


Foi somente quando a música de Elton John, falando sobre um pedido de desculpas, começou a tocar, que Christopher deu-se conta do que tinha de fazer.


Pai de Christopher?, Dulce Maria quase gritou, enquanto ele conti­nuava, animado:


Minha esposa e eu estamos ouvindo seu programa juntos, hoje. Em primeiro lugar, gostaria de dizer que sou um desses sujeitos que sofrem de SRM, a síndrome da qual você falou, ontem. Ora, você estava mesmo uma fera! Mas foi como se alguém me sacudisse e me acordasse. Dei-me conta do que estava fazendo com meu casamento. Bem, não vou aborrecê-la com detalhes, mas quero que saiba que minha esposa e eu estamos nos entendendo melhor do que nunca.


Dulce Maria não sabia o que dizer. Jamais lhe passara pela cabeça que os pais de Christopher estariam ouvindo seu programa.




  • Fico contente em ouvir isso — declarou.




  • Também quero lhe dar os parabéns, pois é preciso muita coragem para dizer, no ar, que ama meu filho. Nós nem sa­bíamos que ele é seu cavaleiro negro, até Maite nos contar. Estou ansioso para conhecê-la pessoalmente, em breve. E não desista dele, ouviu?




  • Sim, eu ouvi. Obrigada por ter ligado.




Dulce Maria mal teve tempo de se recuperar daquela ligação, pois Nita já digitava instruções na tela do computador: Atenda linha dois.




  • Acho que temos outro ouvinte misterioso. Alô. Você está em "Amor no Ar". Em que posso ajudá-lo? — Franziu o cenho diante dos ruídos estáticos que ouviu. — Não consigo ouvi-lo. Pode falar mais alto? E certifique-se de que seu rádio está desligado ou ele provocará interferências na ligação.




  • Eu disse que nunca fiz isso antes... telefonar para um programa de rádio. Mas sua história tocou meu coração e acho que, talvez, o sujeito de quem você estava falando foi um tanto... idiota. Está me ouvindo?




Dulce Maria não podia acreditar. Era a voz de Christopher! Teve von­tade de rir e chorar, ao mesmo tempo.




  • Sim, estou ouvindo, Cavaleiro Negro. Estou tão feliz que tenha ligado. Há muitas coisas que quero, ou melhor, preciso lhe dizer. E quero fazer tudo da maneira correta, pois nunca fiz algo tão importante em minha vida. Sinto muito por tudo o que aconteceu. Você não faz idéia de quanto lamento. Bem, talvez você descubra, se concordar em ficar por perto, pelos próximos cinqüenta anos.




  • Posso dizer uma coisa?




  • Claro. Estou falando demais, não é? Faço isso quando fico nervosa. Você sabe. Bem, continuo falando. Sua vez. Fale. Fale comigo.




  • Com você e seus milhões de ouvintes?




  • Muito bem, ouvintes, abaixem o volume de seus rádios, pois a conversa é particular.




Como seria de se esperar, o volume foi aumentado em rádios espalhados por toda Chicago. E mais alguns milhares de pessoas ligaram seus rádios, quando amigos e parentes as alertaram:




  • Você não imagina o que está se passando em "Amor no Ar"!




  • Pronto. Vá em frente, Cavaleiro Negro. Converse comigo.




  • Sou capaz de enfrentar com tranqüilidade o júri, os cri­minosos, os juízes. Mas, você... Você me deixa perturbado.




Dulce Maria sentiu um aperto no peito.




  • E você não gosta de se sentir perturbado.




  • Não gostava, no início. Então, uma coisa engraçada acon­teceu. Você aconteceu. Conseguiu entrar em meu coração e abalar minhas estruturas. Mal posso acreditar que estou fa­lando com você, no ar.




  • Nem eu. De onde está ligando?




Uma batida no vidro que separava as cabinas fez Dulce Maria virar-se. Lá estava Christopher, a poucos metros, os cabelos revoltos como se houvesse corrido para se juntar a ela o mais depressa possível.




  • Estou bem aqui. E tenho algo a lhe dizer. Também amo você, muito mais do que pode imaginar. Mas, talvez você descubra, se concordar em ficar por perto pelos próximos cinqüenta anos.




  • Não posso esperar tanto tempo — Dulce Maria declarou, ao mesmo tempo em que apertava o botão que abria a porta de comunicação entre as cabinas.




Um instante depois, Dulce Maria estava nos braços de Christopher, que a beijou com paixão. Aquele ficou conhecido como "o beijo que foi ouvido pelo mundo inteiro".


Percebendo que Dulce Maria não diria nada por alguns minutos, Nita aproveitou o disco de Elton John, que ainda se encontrava no lugar, e pôs sua clássica canção de amor: The One.


Eu disse que eles conseguiriam enxergar a razão —Hattie balbuciou por entre lágrimas de emoção, sen­tada na mesa de controle da cabina de Dulce Maria.


Você não passa de uma manteiga derretida! — Betty zombou, embora seus olhos também exibissem o brilho das lágrimas.




  • Tem de admitir que eles resolveram a situação por si mesmos.




  • Sei disso. E foi o bastante para renovar minha fé na natureza humana.




Notando que as irmãs haviam se deixado levar pela emoção, Muriel tratou de ser prática:


Bem, um está resolvido. Ainda restam dois. Cuide­mos de Alphonso.



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Autor(a): millinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 152



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  • aniiinhaa Postado em 12/07/2009 - 14:18:25

    Ah ameei ! *-*
    Qein diria a águia dos tribunais (asho que é esse o apelido dele né?), apaixonado pela apresentadora de Amor no Ar, e pior ouvindo Amor no Ar!
    Gameý, poosta as outras duas vaai ?! *-*

  • andressarbd Postado em 11/07/2009 - 21:28:42

    posta
    posta
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    posta
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  • andressarbd Postado em 11/07/2009 - 21:28:20

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  • paulohenrique Postado em 08/07/2009 - 14:16:12

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