Fanfics Brasil - 10 - (Ultimo capitulo) Laços de Vingança [Adaptado] -FINALIZADA-

Fanfic: Laços de Vingança [Adaptado] -FINALIZADA- | Tema: Portiñon


Capítulo: 10 - (Ultimo capitulo)

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Dulce anunciou:

- Alex e Androula virão para a festa.

Anahí encolheu os ombros com indiferença, tentando engolir o café da manhã. Não conseguia deixar de pensar no almoço adúltero da esposa e na própria passividade com relação ao assunto.
Na noite anterior ela não fora para a cama. Dormira em outro lugar. Pelo menos tivera a decência de não procurá-la. Mas por que insistia na festa do dia seguinte? Por que tanto trabalho para apresentar à sociedade uma esposa que já decidira abandonar?
O mordomo trouxe a correspondência e havia uma carta para Anahí. Fora enviada de Londres, de um escritório de advocacia, e tratava... Do testamento de Samantha! Por que Samantha havia feito um testamento, se não possuía nada de valor? Anahí continuou lendo e empalideceu.
A conta bancária de sua irmã guardava mais de duzentos e cinqüenta mil libras, e o saldo crescia mensalmente através de depósitos regulares. Como Anahí era a única beneficiária, os advogados solicitavam sua presença para que fosse decidido o destino de tal conta bancária.


- Algum problema? - Dulce perguntou.

Aturdida, ela empurrou a carta em sua direção e cobriu o rosto com as mãos. O dinheiro só podia pertencer a Alex, e a quantia elevada indicava que ele assumira suas responsabilidades desde o início. Mais uma vez, tinha de admitir que Dulce estava certa e que sua irmã mentira.

- Sugiro que esse dinheiro seja devolvido - Dulce indicou com tom frio.
- Devolvido?
- Já dei início ao processo legal de adoção, e não posso permitir que meu irmão sustente um filho que pretendo criar como sendo meu.
- Tem razão. Se soubesse da existência desse dinheiro já o teria devolvido, mas Samantha não me disse nada e...
- De quem foi a idéia de não descontar o cheque que dei à sua irmã?
- Minha, mas...
- Então Samantha tinha mais juízo que você. Ela estava pensando no futuro. Sem dúvida sabia que se oporia ao uso desse dinheiro, e por isso guardou segredo.
- As mentiras que Samantha me contou... - Dulce suspirou.
- Ela mentiu porque a amava, e por importar-se com sua opinião. Às vezes é difícil conviver com alguém de princípios morais mais rígidos e elevados.

Sabia que ela estava usando o comportamento de Samantha para criticar a maneira como a tratava.
Dulce a considerava radical, rígida, e por isso desistira do casamento e estava voltando para Elise.
Estava voltando... Então ainda havia tempo para provar que podia ser a esposa que ela queria, certo? Só precisava abrir mão do orgulho e enfrentar a insegurança. E como só contava com algumas horas para convencê-la de que era muito melhor que Elise, teria de ser rápida e contundente.


- Eu disse... Ah, esqueça o que eu disse - ela irritou-se. E antes que Anahí pudesse fazer alguma coisa Dulce já havia saído da sala. Movida pelo pânico, ela a seguiu até a porta a fim de revelar seus sentimentos, mas o piloto o esperava no jardim, e não seria capaz de abordar um assunto tão íntimo diante de testemunhas.
O som da porta se fechando foi como o estrondo de uma pedra caindo sobre seus sonhos, suas esperanças e seu casamento.
Mas ainda contava com algumas horas e muita determinação. Disposta a lutar até o último instante, Anahí procurou o mordomo.

- Henri, a que horas minha esposa costuma sair para almoçar?
- Bem, isso depende...
- Preciso saber à que horas ela vai sair hoje, e quero o carro preparado para me levar à Paris a tempo de surpreendê-la.
- Tomarei as providências, madame - Henri sorriu. Anahí foi para o quarto e vestiu-se combinando ousadia e determinação, usando todas as armas para impedi-la de pensar no compromisso que deixaria de cumprir. Se Dulce podia usar o sexo como instrumento de dominação, como fizera na noite de núpcias, ela tinha o mesmo direito.
Infelizmente seu guarda-roupa não contava com a mais básica ferramenta de sedução que uma mulher pode usar e, apressada, Anahí voltou à cozinha em busca do motorista.

- Preciso ir a Tours imediatamente.


François era um excelente empregado, e uma hora mais tarde Anahí estava de volta ao castelo.
Agora poderia preparar-se adequadamente para a grande batalha.
Anahí atravessou o saguão do edifício de cabeça erguida, dizendo a si mesma que ninguém podia enxergar através do casaco preto e longo. Ao deparar-se com a secretária, assumiu um arrogante e avisou:

- Cancele todos os compromissos da Srta. Terzakis e não passe nenhuma ligação. Não quero interrupções.
- Mas...
- Faça o que estou dizendo! - ela cortou, entrando antes que a secretária pudesse impedi-la.

Dulce falava ao telefone, e espantou-se ao vê-la trancando a porta.

- Anahí?


- Vim para o almoço. Quero dizer, vim para...
- Que idéia encantadora! - ela sorriu, desligando o aparelho. - Mas receio que tenha escolhido...
- Não pude esperar até que fosse para casa - ela adiantou-se, notando que Dulce levantava-se e consultava o relógio.
- Não pôde esperar... Para quê?

Abandonando a idéia da sedução lenta, ela despiu o casaco.

- Para isso.

Dulce parecia chocada. Os olhos arregalados a fitavam intensamente, e era como se ela não acreditasse no que via.

- Anahí...
- A porta está trancada, e sou toda sua. Como vê, sou capaz de ser a esposa de seus sonhos. Não vai precisar de mais ninguém.
- Especialmente se continuar iluminando meus dias de trabalho dessa forma - ela concordou, abraçando-a sem esconder o desejo. - E como nenhuma outra mulher conseguirá me incendiar desse jeito, pode contar com exclusividade pelos próximos cinqüenta anos. Só preciso dar um telefonema e...
- Não! - Elise que ficasse esperando. - Quero você agora...


Dulce hesitou por um instante antes de sucumbir. Queimando de paixão, Anahí relaxou e deixou que a esposa assumisse o comando.
Já estavam deitados no sofá de couro quando, despindo-se, Dulce disse ofegante:

- Quero me desculpar por ontem à noite. Fui grosseira, impaciente, e tem todo o direito de estar chocada com o que eu disse.
- Eu entendi o recado, não?
- Perfeitamente - ela sorriu, tomando-a novamente nos braços.

Uma hora mais tarde, exaustas e satisfeitas, repousavam abraçadas quando Anahí quebrou o silêncio.

- Sempre me desejou, não é?
- Com verdadeira loucura. E agora a quero ainda mais - Dulce confessou com voz terna. - Vamos para casa?
- Mas... E o trabalho?
- Não tenho nenhum compromisso importante, e não seria muito útil se ficasse. Minha cabeça estaria em outro lugar. Iremos de carro, e aproveitarei para resolver um pequeno problema a caminho de casa.

Generosa em seu triunfo, Anahí não fez perguntas. A limusine parou alguns quarteirões à frente do edifício Terzakis.

- Espero não demorar - Dulce disse ao descer. Anahí também esperava que ela fosse rápida.


Sabia que Elise a esperava no apartamento, apesar do atraso de mais de uma hora.
Dulce retornou dez minutos mais tarde, sorridente e segura de si. Feliz como jamais estivera, aproveitou a viagem até o castelo para abraçá-la e beijá-la, provocando-a com comentários sensuais.
Henri tentou dizer alguma coisa quando entraram, mas a patroa estava mais interessada em beijar a esposa. Sem se preocupar com a audiência, ela tomou Anahí nos braços antes de chegarem a escada, beijando-a com ardor contagiante.

- Dulce!

Sobressaltados, as duas voltaram-se na direção da voz.

- Androula! - Dulce exclamou com tom irritado. - Alex, eu pedi que fosse para um hotel, não?
- Anahí! - Alex espantou-se. - Quase não a reconheci. Você parece outra mulher!

Androula sorriu divertida.

- Acho que devíamos ter ido para um hotel. Afinal, nos preocupamos por nada. E pensar que Alex estava se culpando por seu casamento com Anahí!
- Agradeço a preocupação, mas prefiro deixar essa conversa para outra ocasião.
- Dulce! - Anahí censurou-a. - Não podemos adiar uma conversa tão importante!
- Tem razão - Dulce suspirou contrariada. - Vamos acabar com isso de uma vez.


Os quatro foram para a biblioteca. Alex sentou-se ao lado da esposa e, de cabeça baixa, confessou:

- Não fui totalmente honesto, Dulce.
- Ele está querendo dizer que mentiu - Androula interferiu. Um olhar do marido a fez levantar-se. - Acho melhor ir esperar na sala.

Assim que Andy saiu, Anahí retomou o assunto.

- Sei que não abandonou minha irmã como eu imaginava.
- Fiz pior que isso. Disse a Dulce que ela era uma interesseira, e que havia saído com outros homens. Samantha não era nada disso, e tem toda a razão de estar me odiando.


Só então Anahí descobriu que não o odiava. Alex era imaturo, fraco e superficial, e provavelmente fora envolvido pela personalidade forte e marcante de Samantha.

- Mentiu para mim? - Dulce perguntou ao irmão com tom autoritário.
- Fique quieta e deixe-o falar - Anahí impacientou-se.
- Quando Andy esteve em Oxford com as crianças, nosso casamento passava por uma fase muito ruim. Pedi o divórcio e Andy concordou. Isso foi antes dela voltar para casa, antes de eu ter encontrado Samantha. Apaixonei-me por ela e a pedi em casamento, e pretendia realmente levar essa idéia adiante.
- E eu duvidei de você - Dulce disse a Anahí.
- Isso não tem importância - ela respondeu, feliz por estarem finalmente desvendando toda a verdade.
- Samantha garantiu que não havia risco de uma gravidez - Alex prosseguiu. - Ela sabia que eu não queria, e quando aconteceu, não soube como lidar com a situação. Samantha e eu tivemos uma violenta discussão. Depois disso voltei para casa para ver as crianças e cuidar do divórcio e... Bem, percebi...
- Descobriu que queria voltar para sua esposa - Anahí concluiu.
- Samantha chamou-me de covarde - Alex suspirou. - Estava arrependido, entende? Tentei terminar tudo, mas ela se negou a aceitar o rompimento.
- Primeiro a pediu em casamento, depois arrependeu-se e abandonou-a - Dulce resumiu furiosa. - Uma garota de dezoito anos, apaixonada por você! Como pôde ser tão egoísta e irresponsável? E ainda deixou que eu acusasse Anahí de...
- Já chega! - Anahí interferiu. - Vamos acabar com isso. Alex não foi o único homem do mundo a abandonar uma mulher.
- Mas sua irmã morreu!


- Por que decidiu levar adiante uma gravidez arriscada. Alex não a deixou desamparada. Mandou dinheiro, lembra-se? E ela nem disse nada a respeito - Anahí lembrou, virando-se para o rapaz. - Por que se ofereceu para ficar com Nicky?
- O que mais podia fazer depois da morte de Samantha? Andy concordou...
- Queria mesmo o bebê?
- Não - Alex confessou com honestidade. - Sou grato por você e Dulce terem decidido adotá-lo. Essa criança poderia ter destruído meu casamento.
- Interessante, essa mesma criança fez maravilhas pelo meu casamento - Dulce comentou.
- Sorte sua...

Alex levantou-se e caminhou até a porta.

- Ainda querem que Androula e eu venhamos à festa? - perguntou embaraçado.
- É claro que sim! - Anahí respondeu apressada, acompanhando-o até a sala.

Ao vê-los, Androula aproximou-se visivelmente emocionada.

- Estive no quarto de Nicky - disse. - Ele é lindo! Quero que saiba que não guardo ressentimentos, Anahí. Alex está comigo, e é isso que importa.

Alex despediu-se sem manifestar o menor desejo de ir ver o filho. Para ele. Nicky era filho de Dulce e Anahí.
Mais uma vez, Alex optava pela saída mais fácil.
Anahí e Dulce estavam jantando quando ela anunciou:


- Iremos ao Caribe em lua-de-mel. O que acha? - Anahí sorriu e tentou conter um bocejo.
- Ótima idéia - respondeu em seguida.
- E melhor ir para a cama. Você parece exausta!
- E estou. Pretende ir... A algum lugar?
- E claro que não! De onde tirou essa idéia? - Anahí estava adormecendo quando teve a impressão de ouvir o motor do carro de Dulce. Pura imaginação...
- Bom dia. E feliz aniversário - Dulce disse antes de beijá-la.
- Mas não é... Meu Deus! - Anahí sentou-se na cama. - Esqueci meu aniversário!
- Mas eu não esqueci - ela sorriu, apontando para a tela aos pés da cama.

Era um retrato de Samantha, e a semelhança teve o poder de impressioná-la.

- Mas como...? Por quê...? Pelo amor de Deus, onde o conseguiu?
- Eu o encomendei a partir de algumas fotos. Gostou?
- É fantástico! Jamais ganhei um presente tão importante quanto esse! Quando o encomendou?
- Há duas semanas.
- Já estava pensando no meu aniversário?
- Na verdade, estava pensando em qualquer oportunidade que surgisse para tentar impressioná-la. Queria ser incluída na categoria das mulheres românticas e sensíveis.
- Queria? E por quê?
- Porque amo você.
- Não... Não pode estar falando sério!
- É claro que estou. E teria confessado meu amor de qualquer maneira, mesmo que não houvesse ido me procurar no escritório ontem.


- Desde quando? - Anahí perguntou atordoada.
- Desde antes de nos casarmos. Em nossa noite de núpcias, surpreendi-me pensando em como seria maravilhoso ter uma esposa como você e...
- E então disse todas aquelas coisas horríveis.
- Não conseguia entender meus sentimentos, e isso me deixava furiosa. Saía todas as noites com outras mulheres, e isso só servia para me fazer ver o quanto queria estar com você.
- Também amo você - Anahí sorriu emocionada.
- Eu já sabia.
- Já sabia? Ora, sua... Presunçosa!
- Percebi ontem, quando entrou em meu escritório. Não teria vencido a barreira da timidez sem o estímulo do amor. Fiquei tão feliz quando a vi na minha frente, que esqueci que havia combinado um almoço com Elise para apanhar o retrato.
- O... Retrato?
- Elise o pintou. Esta noite, quando ela for à nossa festa, talvez possa aproveitar para rever sua opinião a respeito dela.
- Meu Deus! Eu sinto muito, Dulce! Pensei que...
- Sei o que pensou - ela riu. – Elise e eu somos apenas boas amigas. Nunca houve nada entre nós, apesar de ter realmente pensado em casamento. Ela veio procurá-la porque estava mesmo preocupada com meu comportamento.


- Eu não sabia que andava encontrando outras mulheres. Acho que a surpresa me levou a reagir daquela maneira estúpida e grosseira.
- Elise compreendeu sua atitude.
- E quanto às suas... Amantes?
- Amantes? Anahí, onde acha que eu iria buscar tanta energia?
- Energia nunca foi problema para você.
- Isso foi antes do casamento. Além do mais, não existe mulher melhor que você, meu amor.
- Nem pense em procurar!
- O que acha de nos casarmos novamente? Assim repetiríamos os votos com sinceridade.
- Ótima idéia - ela riu.
- E já que está tão generosa, será que uma vez por ano poderia...
- Sim.
- Mas eu ainda não fiz o pedido.
- Sei o que vai pedir, sua desavergonhada.
- Apaixonada - ela corrigiu. - Uma vez por ano estarei esperando sua visita.
- Só uma vez por ano? Acho que posso fazer melhor que isso, Dulce. Espere só para ver...


FIM!



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Autor(a): MahSmith

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 9



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  • tammyuckermann Postado em 06/09/2015 - 01:56:15

    Plmds vc tem q continuar com essa fanfic, escreve mais capítulos e uma segunda temporada com mais de 10 capítulos pffff ameeeii sua fanfic *-*

  • vverg Postado em 30/03/2014 - 21:41:15

    Gostei..pena que foi curtinho.. =)

  • juhdul7 Postado em 29/03/2014 - 13:53:35

    Estou adorando!! Louca pra saber o q vai acontecer!!

  • vverg Postado em 27/03/2014 - 12:13:02

    Estou adorando sua adaptação Mah.. Envolvente esta estória =)

  • vverg Postado em 25/03/2014 - 09:04:05

    Ei Mah essa adaptação está legal hein, eu li parte do livro..rsrsrs

  • beyonceyrihanna Postado em 23/03/2014 - 22:36:29

    Ameeeeei, posta mais :)

  • vverg Postado em 23/03/2014 - 22:12:46

    Estou adorando a fic.. Poste +++ =)

  • du1c3_m4r14 Postado em 23/03/2014 - 16:58:27

    ta muito bom, continua ....

  • night Postado em 23/03/2014 - 10:40:40

    leitora nova posta mas vai ta muito bom mesmo posta mas hoje


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