Fanfics Brasil - 09 (penúltimo capitulo) Laços de Vingança [Adaptado] -FINALIZADA-

Fanfic: Laços de Vingança [Adaptado] -FINALIZADA- | Tema: Portiñon


Capítulo: 09 (penúltimo capitulo)

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- Você conviveu com o canalha durante vinte anos! Por que não o envenenou? – Anahí perguntou entre um gole e outro de champanhe. - Por que não usou um chicote e uma cadeira para obrigá-lo a aceitar alguns princípios morais básicos? - Vivien parecia devorada pela culpa.
- Nunca pensei que Dulce pudesse comportar-se assim. Alex sempre foi o mais rebelde.
- Dulce obtinha segurança na quantidade de mulheres... E naquela insuportável - Anahí fez uma careta, referindo-se a Elise.
- E pensar que teve a coragem de colocá-la para fora!
- Ela teve seus cinco minutos de fama antes disso, e garanto que soube aproveitá-los – ela recordou, enchendo novamente o copo e ignorando a comida em seu prato.
- Nicky não é seu filho - a loira disse de repente. - E também não é filho de Dulce, é?

Anahí encarou-a com um misto de pânico e surpresa.

- Andy deixou escapar... Sem sequer perceber - Vivien suspirou. - Essa criança é um pequeno acidente na vida de Alex, certo?
- Não posso discutir esse assunto.
- Escute, eu já sei. Gostaria muito de acreditar que minhas suspeitas eram infundadas, mas Dulce... Não fazia sentido. Se não é a mãe de Nicky, quem...?
- Minha irmã. Ela está morta - e Anahí revelou toda a história.
- O casamento deles enfrentou problemas sérios no ano passado - Vivien comentou, afagando a mão de Anahí com gratidão. - Obrigada por não me tratar como uma idiota. Mais cedo ou mais tarde Andy acabará me contando, e estarei preparada. Prometo não dizer nada a ninguém, está bem? E agora, vamos mudar de assunto.


- Como posso conseguir um divórcio sem perder Nicky? - Anahí disparou, aceitando a sugestão.
- Está pensando em divorciar-se?
- E em que mais eu poderia pensar?
- Estratégias...
- Não tenho vontade de lutar por Dulce. Esse é um casamento de conveniência que já começou fracassado, não um romance que saiu do curso por algum golpe trágico.
- Vamos a uma boate relaxar um pouco - Vivien sugeriu repentinamente depois de consultar o relógio. - Dançar até o amanhecer, ficar fora a noite toda.
- Se quiser...

Anahí acompanhou a sogra e as duas entraram na limusine que as esperava na porta. Vivien insistia em sugerir diversos truques para salvar seu casamento, mas Anahí sabia que não havia nada a ser salvo. Depois de cometer o maior erro de sua vida, só queria juntar os próprios pedaços e recomeçar. Mas e quanto a Nicky?
Jamais sentira-se tão infeliz, e sabia que era a única culpada. Apaixonara-se por Dulce, e o amor enfraquecera sua vontade, dizimara seu orgulho e a dividira ao meio. Se não houvesse se deixado envolver pelo encanto da grega, teria conseguido manter-se intocável.

- Retoque o batom e sorria como se estivesse radiante - Vivien instruiu.

A boate era um lugar barulhento e lotado, com uma pista de dança cheia de corpos em movimento. Ao acomodar-se numa das mesas, Anahí notou que um rapaz a observava com insistência, mas ele virou-se de costas ao perceber que ela também o observava.

- Vamos beber alguma coisa - Vivien sugeriu.


E uma garrafa de champanhe logo foi colocada sobre a mesa. Anahí aceitou mais uma taça, certa de que acabaria completamente embriagada.

- Anahí! - Vivien exclamou, agarrando seu braço. - Aquela é Stefani!
- Ste... Quem? - As luzes da pista de dança foram bloqueadas por um corpo e, atordoada, ela encarou a jovem sorridente que a encarava do outro lado da mesa.
- Ela é uma... Acompanhante. Eu a contratei para esta noite.

Anahí riu, incapaz de conter-se. Vivien levantou-se e a moça sentou-se no lugar que ela acabara de vagar.

- Vivien? - Anahí chamou assustada.

Mas ela já havia desaparecido no meio da multidão.
Stefani sorriu. Ela retribuiu, disposta a explicar o mal entendido e ir embora, mas então aconteceu. Um flash, uma câmera... O homem que a observara pouco antes estava tirando fotos.

- Gosta de dançar? - Stefani perguntou.

Impossível. Suas pernas não a sustentariam. Vivien retornou com um sorriso triunfante nos lábios.

- E agora, para onde quer ir?
- Para casa - Anahí respondeu, levantando-se com algum esforço. - E sozinha!
- Mas... Se for para casa tão cedo o jogo estará arruinado!
- Vivien, não devia ter feito isso.
- Eu precisava fazer alguma coisa!
- E eu preciso de ar fresco. Boa noite, Stefani.
- Não gostou dela? - Vivien perguntou num sussurro preocupado enquanto dirigiam-se à porta.


- Também planejou a foto?
- É evidente que sim! Se ninguém sabe como é a esposa de Dulce, como poderiam surpreendê-la em flagrante delito?
- Meu Deus... - Aturdida, Anahí sentou-se na limusine.
- Parece que a aborreci. Só estava tentando ajudar.

Anahí não respondeu. Depois de deixar a sogra em casa, ordenou ao motorista que a levasse para um passeio pela cidade e acabou adormecendo, vencida pela bebida. O ar frio a despertou do estado letárgico. Com esforço, ela apoiou o corpo sobre o cotovelo e, sem levantar-se do banco, virou a cabeça para encarar a mulher que inclinava-se em sua direção.

- Por que não telefonou? - Dulce perguntou ao motorista.
- A culpa não é dele - Anahí explicou, tentando sentar-se apesar da tontura.
- Onde esteve? São três horas da madrugada! Saiu de casa há oito horas!
- Uau! - Anahí riu, lutando com as próprias pernas para sair do automóvel.
- E está bêbada!
- Estou, mas posso caminhar - ela defendeu-se, sentindo que a esposa a amparava.

Dulce estava tão furiosa que mal conseguia falar. Protegida de sua ira por uma espécie de cortina de algodão, Anahí não sentia dor ou tristeza. A canalha, traidora, duas caras, hipócrita...
Cambaleando, conseguiu entrar e aproximar-se da escada. Antes de subir, tirou os sapatos, levantou a barra do vestido e procurou alguma coisa onde pudesse segurar-se, mas Dulce a ergueu do chão antes que pudesse dar um único passo.


- Está me machucando - ela reclamou, sentindo que Terzakis a apertava com força desnecessária.
- Se fizer isso novamente, tomarei providências para que se arrependa.
- O sótão! - ela riu.
- Onde estava? Com quem? - Dulce perguntou, depositando-a sobre a cama.
- Está bancando a possessiva, Dulce?
- Se esteve com outra mulher, juro que vou matá-la. Você é minha esposa!
- Hummm... - ela resmungou sonolenta, incapaz de manter os olhos abertos.

Quando acordou, estava sozinha e a cabeça doía como se fosse explodir. Apesar do mal estar, conseguiu levantar-se e cambalear até o banheiro. Uma ducha a ajudaria a sentir-se melhor.
Estava saindo do chuveiro, enrolada numa toalha, pálida como um fantasma e morta de sede, quando notou a presença de Dulce.

- Oh, não - gemeu. - Agora não. Não devia estar no escritório, ou coisa parecida?
- Hoje é sábado.
- Pensei que trabalhasse todos os dias. - Pelo menos nunca a vira passar um dia todo em casa.
- Quem é ela? - Dulce brandiu um jornal.


Anahí olhou para a foto onde aparecia sorrindo para Stefani com aparente intimidade. Poderia aproveitar a ocasião para colocá-la à prova, mas não era Vivien, e não aprovara a estratégia criada pela sogra. Firme, passou por Dulce e foi sentar-se na beirada da cama, usando as mãos para ajeitar os cabelos despenteados.

- É uma acompanhante que sua madrasta contratou. Ela também pagou o fotógrafo.
- Vivien?
- Escute, não importa se acredita em mim ou não, mas acho que merece a verdade. - E ela relatou os fatos de maneira resumida.
- Não precisava ter dito que a sujeita era uma acompanhante. Podia ter mentido - Dulce comentou depois de um silêncio prolongado.
- Por quê? Não faço esse tipo de jogo. De que serviria?
- Às vezes esse tipo de jogo funciona com mulheres como eu.
- Não é o meu estilo.
- Mas é o de Vivien. Por que disse a verdade?

Quantas mentiras Vivien pregara no marido? Quantas Dulce havia testemunhado? Vivien era uma mulher carinhosa e dedicada, e Dulce nutria um grande afeto por ela, mas era evidente que a última coisa que ela esperava de uma mulher era a verdade. Esperava manipulação e manobras, jogos e fingimentos, nunca a honestidade. Por isso não conseguia entender o procedimento de Anahí.

- Por quê? - ela insistiu. - Ontem, quando telefonei, você disse...
- Disse um monte de bobagens, como você faz quando está zangada - ela cortou, o rosto tingido por um intenso rubor.
- Passei uma noite miserável por sua causa. Pensei que pudesse realmente...
- Fazer papel de idiota só para aborrecê-la? Não. Sou séria demais para isso.
- Não parecia muito séria quando saiu da limusine.
- Nunca havia me embriagado antes. E duvido que volte a beber algum dia - ela confessou, os olhos fixos no tapete.


Dulce suspirou e virou-se de costas. Erguendo a cabeça, Anahí notou a tensão que enrijecia os ombros largos.

- Acho que devo explicações sobre meu comportamento - Terzakis começou. - Quando concordei com esse casamento, não pretendia permanecer casada por muito tempo. Sei que não fui muito honesta, mas estava furiosa. Por favor, entenda que passei a amar Nicky.
- Sim, eu sei - ela respondeu, culpada e envergonhada demais para dizer mais alguma coisa.

Dulce encarou-a novamente.

- Ele veio ao mundo em circunstâncias que eu jamais teria permitido, e no entanto, eu fui chamada a pagar pela ofensa.
- Sinto muito.
- Mas que alternativa havia? Seus motivos não foram inteiramente puros, mas você tinha mais consciência das necessidades de Nicky que eu não poderia criá-la sozinha, e Elise jamais o teria aceitado. Gosto muito de crianças, mas devo confessar que nunca parei para pensar no que significa ser mãe de uma delas. O que estou tentando dizer é que esse bebê precisa de nós duas, e agora aceito esse fato. Entretanto, se houvéssemos mantido a calma depois da morte de sua irmã, não estaríamos casadas... - Sabia que Dulce estava dizendo a verdade, mas a dor era a mesma. - Não estava preparada para deixar Nicky aos seus cuidados, não com a opinião que tinha a seu respeito. Estávamos tão ocupadas trocando ofensas, que nenhuma de nós mostrou o verdadeiro caráter. Decidi que você não ganharia com o casamento. Sabia que era orgulhosa, e me dispus a destruir esse orgulho. Daí meu comportamento após a cerimônia. Não me sentia uma mulher casada, não queria ser casada! Para mim, casamento era algo reservado ao futuro distante. Por isso decidi me casar com você e despachá-la novamente o mais depressa possível, usando todos os meios de que dispunha.

Anahí abaixou a cabeça. Destruíra a organizada vida de Dulce. Que direito tinha de ressentir-se de seus ataques? Como podia exigir fidelidade de uma mulher que jamais a quisera como esposa?


- Está muito quieta.

Era mais fácil gritar e ofender, mas sentia-se incapaz de verbalizar emoções profundas e dolorosas que certamente o embaraçariam.

- Talvez esteja surpresa por você estar falando comigo assim.
- Talvez eu também queira me surpreender.

Ficaria surpresa se dissesse o que realmente sentia por ela.

- Anahí, estou tentando esclarecer as coisas entre nós - ela insistiu, ajoelhando-se diante dela e tomando suas mãos. Lágrimas formavam-se em seus olhos, e ela sentia-se incapaz de contê-las. - Lamento se a magoei, e prometo tentar reparar meus erros. Sei que posso fazer esse casamento dar certo.
- É impossível...
- Temos de nos esforçar, por Nicky.
- Amo meu sobrinho, mas... Não quero continuar casada com você. Essa situação é insuportável para nós duas. Não temos nada em comum.
- Temos Nicky. E existem diversas facetas de seu caráter que aprendi a admirar.

Anahí sentia-se devastada por dentro. A mulher que amava estava dizendo que não a amava, mas que pretendia permanecer casada com ela por causa de seu instinto maternal. Desprezando-se por deixar-se envolver pelo calor provocado por aquelas mãos, ela rompeu o contato e baixou os olhos.

- Dulce... Eu criei toda essa confusão. Ontem estava furiosa com você, mas agora entendo que não devia ter ficado aborrecida. Se quer sair com diversas mulheres, não tenho o direito de dizer nada, porque não somos realmente casadas. Nenhuma de nós estava falando sério quando prometeu amor e fidelidade.


- Eu não fiz amor com nenhuma daquelas mulheres. - Dulce revelou, segurando novamente as mãos dela. - Já ouviu falar no conceito da segunda chance? Estou praticamente de joelhos implorando por uma nova oportunidade, e você fica aí sentada como uma estátua, cheia de compreensão, mas completamente inatingível.

Surpresa com a revelação, Anahí a viu levantar-se e caminhar até o outro lado do quarto. Seria verdade que Dulce não havia feito amor com outra mulher desde o casamento?

- Posso ir onde quiser, quando quiser! - ela explodiu. - Deus, meu pai teria matado para se casar com uma mulher como você! Se disser mais uma vez que posso sair com quantas mulheres quiser, juro que a estrangularei! Como posso me sentir casada, se não estabelece padrões para o meu comportamento?
- Você estabeleceu os padrões em nossa noite de núpcias.
- Mas você não é a mulher que eu julgava ser. Confundiu-me, entende? Se queremos que esse casamento funcione, alguns padrões terão de ser observados. Sei o que estou dizendo.
- Sabe mesmo?
- O relacionamento de Vivien e meu pai foi um verdadeiro inferno nos primeiros anos. A infidelidade gerou desconfiança e insegurança. Mesmo depois dele ter abandonado seus casos extraconjugais, Vivien vivia desconfiada. Os dois se amavam muito, mas esse início tumultuado minou todo o casamento. Por não confiar nele, ela fazia jogos... Acho que seria capaz de matá-la por ter tentado trazer esses mesmos jogos para o nosso casamento. Ela precisava ouvir umas boas verdades.
- Dulce...
- Tenho de conversar com Vivien, Anahí! O máximo que posso fazer é tentar ser gentil.
- Ela sabe sobre Nicky. E sobre Alex e Samantha - Anahí revelou, preparando-se para a explosão.

Dulce parou, franziu as sobrancelhas, mas depois encolheu os ombros.


- E daí? Andy e Alex que cuidem de seus problemas. Nosso casamento é mais importante, e Vivien acabaria descobrindo a verdade.

Anahí sabia que era inútil protestar. Dulce decidira que permaneceriam casadas pelo bem de Nicky, e não havia nada que pudesse fazer senão empenhar-se nessa nova tentativa. Seria capaz de suportar? Seu mundo resumiria-se em Dulce e Nicky, mas não passaria de uma pequena parte do mundo de Dulce. A esposa que ela tentaria suportar, não a que Dulce escolhera ou amava.

- Se quer tentar novamente, eu fico - ela suspirou.
- Pelo menos até Nicky completar dezoito anos.

O comentário casual a feriu profundamente, pois expressava o grau de distanciamento emocional de Dulce.

- Gostaria de me vestir - Anahí indicou, levantando-se com um sorriso forçado.
- Por que não saímos para um passeio com Nicky... Como uma verdadeira família? - ela sugeriu de repente.

Havia sido um dia maravilhoso. Como um primeiro encontro, Anahí refletiu sonolenta quando voltavam para casa. O passeio a deixara exausta, e às dez ela estava na cama, pronta para dormir, Dulce desaparecera depois de receber um telefonema na biblioteca, e já estava quase adormecendo quando ela deitou-se a seu lado e abraçou-a.
Não queria que ela a tocasse, mas sabia que esse era o preço para manter o casamento. Em troca de fidelidade, Dulce buscaria a satisfação de suas necessidades no leito matrimonial.
Nesse novo relacionamento não havia lugar para mentiras, e por isso ela não voltaria a dizer o quanto era atraente e desejável. Talvez pensasse em outra mulher enquanto a tinha nos braços... Um soluço escapou do peito de Anahí.
Dulce a empurrou com violência e levantou-se.


- Dulce... Você não entendeu! Estava pensando em outra coisa! Quero dizer... - ela tentou explicar, sabendo que o futuro de seu casamento estava em jogo. - Eu... Eu quero você.

Dulce encarou-a e um sorriso desenhou-se em seu rosto. Desta vez a sedução lenta e estudada deu lugar à ferocidade do desejo, e Anahí surpreendeu-se com a intensidade da própria satisfação.

- Desculpe - Dulce murmurou enquanto levantava-se. - Preciso de uma ducha.

Gostaria de saber o que fizera de errado, mas tinha medo de perguntar e ser ainda mais ferida pela resposta. Dez minutos mais tarde ela deixava o quarto e ela permanecia sozinha na escuridão.
Quando retornou, horas mais tarde, Dulce trazia o sabor do conhaque nos lábios e o desejo no corpo, e desta vez amou-a devagar, saboreando cada segundo de prazer.
Os dias seguintes transcorreram numa espécie de emaranhado. Os empregados ocupavam-se com a grande festa que Dulce decidira organizar, e Anahí dividia-se entre os cuidados com Nicky e a representação de esposa feliz.
À noite saíam para jantar, mas Dulce evitava assuntos mais pessoais. Durante o dia jamais a tocava, mas a possuía com ardor na escuridão do quarto.
No início da segunda semana Dulce passou a chegar em casa com imensos ramalhetes de flores, e então as conversas mais significativas começaram a acontecer. Ela perguntava tudo sobre a infância da esposa, sobre seus pais e cada emprego que tivera, e Anahí começou a inquietar-se, certa de que seu interesse não era genuíno.

- Precisa mesmo fazer tamanho esforço para viver comigo? - ela perguntou no final da segunda semana durante o jantar.
- O que quer dizer?
- Não precisa fingir para me fazer sentir querida. Prefiro que seja você mesma.
- Não consigo acertar com você, não é? - Dulce irritou-se.


Como explicar que sentia-se humilhada por seus esforços? Seria aproximar-se muito da verdade, e não podia correr esse risco. Sentindo-se injusta e ingrata, Anahí abaixou a cabeça numa luta silenciosa contra as lágrimas.

- Gosta de flores, mas não aprecia as que trago para você. Conversa com os empregados como se fossem velhos amigos, mas é incapaz de me dizer sua cor favorita sem ranger os dentes. O único lugar onde me recebe com alguma disposição é na cama, e por quê?

Porque a amava.

- Está sempre atenta às necessidades de Nicky, e não hesita em deixar a cama para ir atendê-lo, apesar de termos uma excelente babá. Se tem tamanha obsessão por bebês, por que esperar até o ano que vem?
- Não estamos preparados para outra criança - ela respondeu de imediato, sem entender o que acontecia com Dulce.
- Pense bem. Em vez de ficar imóvel como uma estátua, tolerando minhas lamentáveis exigências sexuais, podia desenvolver um pouco mais de entusiasmo, tocar-me, dizer meu nome... Seria por uma grande causa!
- Não havia notado que estava insatisfeita.
- E como poderia, se não consegue pensar em nada mais excitante que a próxima mamadeira de Nicky?


Sem esperar pela resposta, Dulce levantou-se e saiu da sala e Anahí ficou sozinha, lutando contra as lágrimas amargas. Sabia que ela estava certa. Na tentativa de salvar o que lhe restava de orgulho, tornara-se fria e indiferente.
Mas esta noite trataria de mudar seu comportamento. Amava Dulce, e a idéia de viver sem ela a enchia de pavor. Diante da terrível ameaça, suas prioridades alteravam-se imediatamente.
Mais tarde, depois de perfumar-se e vestir a melhor camisola que possuía, Anahí saiu à procura da esposa e encontrou-a na biblioteca, falando ao telefone de costas para a porta.

- Sim, Elise - ela ria. - Seria estranho se viesse até aqui. É tudo muito delicado, entende? Sim, sei que a culpa é toda minha. Não, ela ainda não tocou nesse assunto. Por que não almoçamos juntas amanhã? Um restaurante seria muito arriscado, mas podemos usar meu apartamento em Paris. E por que ela suspeitaria, se nem sabe que tenho um apartamento em Paris?


Mortificada, Anahí fechou a porta com cuidado e voltou para o quarto. A esposa infiel... Atacando-a, quando sempre tivera outra mulher em sua vida! Era evidente que Dulce pretendia o divórcio, mas só quando julgasse oportuno. Enquanto isso, divertia-se com Elise.
Angustiada, Anahí atirou-se na cama e deixou as lágrimas lavarem parte da dor. Vivien teria sugerido uma estratégia, mas a única coisa em que conseguia pensar nesse momento era assassinato.
Se não podia ter Dulce, Elise também não a teria.
Sim, Dulce tinha razão. Era tudo muito delicado... Especialmente o controle que mantinha contidas emoções tão perigosamente primitivas.



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Autor(a): MahSmith

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Dulce anunciou: - Alex e Androula virão para a festa. Anahí encolheu os ombros com indiferença, tentando engolir o café da manhã. Não conseguia deixar de pensar no almoço adúltero da esposa e na própria passividade com relação ao assunto. Na noite anterior ela não fora para a cama. Dormira ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 9



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  • tammyuckermann Postado em 06/09/2015 - 01:56:15

    Plmds vc tem q continuar com essa fanfic, escreve mais capítulos e uma segunda temporada com mais de 10 capítulos pffff ameeeii sua fanfic *-*

  • vverg Postado em 30/03/2014 - 21:41:15

    Gostei..pena que foi curtinho.. =)

  • juhdul7 Postado em 29/03/2014 - 13:53:35

    Estou adorando!! Louca pra saber o q vai acontecer!!

  • vverg Postado em 27/03/2014 - 12:13:02

    Estou adorando sua adaptação Mah.. Envolvente esta estória =)

  • vverg Postado em 25/03/2014 - 09:04:05

    Ei Mah essa adaptação está legal hein, eu li parte do livro..rsrsrs

  • beyonceyrihanna Postado em 23/03/2014 - 22:36:29

    Ameeeeei, posta mais :)

  • vverg Postado em 23/03/2014 - 22:12:46

    Estou adorando a fic.. Poste +++ =)

  • du1c3_m4r14 Postado em 23/03/2014 - 16:58:27

    ta muito bom, continua ....

  • night Postado em 23/03/2014 - 10:40:40

    leitora nova posta mas vai ta muito bom mesmo posta mas hoje


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